A região do Xingu fica localizada no estado do Mato Grosso. O Rio Xingu atravessa o leste do estado e corta a região do Pará, até ir de encontro ao Rio Amazonas. A Bacia do Xingu é povoada há séculos por povos indígenas, somando cerca de 10 mil dentro das 20 etnias diferentes. Na cabeceira do Rio está localizado o Parque Indígena do Xingu, sua história está relacionada com as marchas para a exploração da região centro oeste do país. Criada durante o governo Jânio Quadros, os principais idealizadores foram os sertanistas irmãos Villas Bôas e o antropólogo Darcy Ribeiro. O objetivo era garantir a preservação da natureza, bem como proteger e manter a cultura indígena. O Parque, considerado uma das maiores reservas indígenas do mundo, abriga mais de 5 mil índios, entre 14 etnias diferentes como os Waurá, Kayabi, Ikpeng, Yudja, Trumai, Suiá, Matipu, Nahukwa, Kamaiurás, Yawalapitis, Mehinakos, Kalapalos, Aweti e Kuikuro.
Explorações
O Rio Xingu é extremamente ameaçado pelo alastramento das plantações agrícola, que causa um extenso desmatamento acerca das nascentes do Xingu, o que interfere diretamente na manutenção e crescimento das populações indígenas dentro e fora do Parque. Com o avanço do desmatamento das áreas em torno da reserva, pode ocorrer a contaminação das águas que abastecem todas as aldeias do Parque através de agrotóxicos e metais pesados. Além disso, a alimentação indígena é baseada no peixe, sendo outro fator de extrema preocupação para a região.
A exploração agrícola começou por volta dos anos 60, quando o governo federal estimulou a desenvolvimento da pecuária na região. A partir dos anos 80, a agricultura começou a ser amplamente instalada, principalmente através da soja.
A forte valorização do produto nos anos 90 intensificou o processo de desmatamento. A falta de planejamento gerou um crescimento altamente insustentável e seus danos começam a ser sentidos ano após ano. Calcula-se que o desmatamento já suprimiu cerca de um terço da região original, que provoca o conhecido assoreamento dos rios e compromete os canais. Na porção leste da Bacia do Xingu, os rios Curisevo, Culuene e o Suyá-Miçu já apresentam problemas no volume das águas. Do lado oeste, várias nascentes já foram comprometidas.
Usina De Belo Monte
A partir de 2011, a população geral do Brasil entrou em contato com a construção de uma central hidrelétrica no Rio Xingu.
A obra, que está em andamento, está localizada mais precisamente no estado do Pará, nas proximidades da cidade de Altamira. Com potência total estabelecida para 11.233 MW (megawatts), sua produção efetiva será de pouco mais que um terço desse número, por conta de operar com um reservatório muito reduzido. A construção da usina é cercada de polêmicas, pois somado ao fator da produção reduzida, existem os prováveis impactos ambientes. Por exemplo, a redução do fluxo de água no rio, bem como o alagamento de igarapés de Altamira e Ambé. Além disso, por conta dos barramentos, o transporte fluvial até o Rio Bacajá será interrompido, privando a população da região de chegar ao único local para ter acesso médico e realizar a venda de mercadorias, a cidade de Altamira.
É muito triste ver como o homem onde po~e a mão, destroí inrremediavelmente o meio ambiente.