Um dos principais problemas ambientais que enfrentamos atualmente é o desmatamento ilegal da Amazônia. Um dos biomas com maior biodiversidade do planeta, a Amazônia, sofre com a ação de pessoas que atuam ilegalmente desmatando e destruindo a vida. Para tentar conter a ação dessas pessoas existe uma fiscalização, que para muitos ambientalistas não se mostra verdadeiramente eficaz.
Saiba mais sobre a fiscalização realizada para combater o desmatamento na Amazônia e como ela está sendo ou não eficiente. Precisamos cuidar do que é nosso e compreender que manter a natureza intacta é a melhor forma de conseguir um planeta prospero e capaz de nos abrigar.
Fiscalização Para Combater Desmatamento Na Amazônia
Combate Ao Desmatamento – Questão Do Exército
Para combater o desmatamento ilegal o Brasil conta com um destacamento de agentes do exército. São mais de 1,5 mil agentes ambientais e militares do exército envolvidos na proteção da Amazônia Legal com o objetivo de combater o desmatamento. Para fazer esse trabalho as equipes contam com seis helicópteros e ainda mais de 100 veículos adaptados para atuar nas operações.
Dentre as principais ações realizadas por esses agentes estão as operações Onda Verde e Hileia Pátria que são de responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Combate Ao Desmatamento – Questão Do Exército
Resultados
As operações de fiscalização e combate ao desmatamento ilegal da Amazônia já deram alguns resultados como, por exemplo, o embargo de 252 mil hectares bem como a apreensão de milhares de metros cúbicos de madeira serrada e madeira em tora. Além disso, esses profissionais emitem autos de infração com multas que podem chegar a R$ 1,9 bilhão.
Materiais como armas de fogo, caminhões, tratores, motosserras entre outros que podem ser usados para desmatar são apreendidos.
Operação Onda Verde
A operação chamada de Onda Verde tem caráter preventivo e está sendo realizada desde fevereiro de 2013. Para tentar reduzir os números elevados de desmatamento da Floresta Amazônica essa operação atua em seis frentes em áreas críticas. Nessas áreas foi identificado cerca de 70% do desmatamento ilegal da floresta.
A concentração dos fiscais ambientais se dá no norte de Rondônia, eles ficam próximos a capital do estado Porto Velho. Também é possível encontrar uma quantidade grande de profissionais no sul do Amazonas e no eixo da Transamazônica. Nessas regiões o desmatamento e a degradação do meio ambiente acontecem principalmente em decorrência da pressão agropecuária, grilagem e assentamentos.
Extensão Da Onda Verde
A operação que foi pensado para o ano todo de 2013 possui ainda duas bases no estado do Mato Grosso nas cidades de Sinop e Juína, municípios em que existe grande influência da agropecuária. A operação conta ainda com três bases no Pará nas cidades de Novo Progresso (devido a grande quantidade de casos de grilagem e a forte pecuária), Anapu e Uruará na qual a pressão dos assentamentos e da pecuária é grande.
Hileia Pátria
No mês de maio de 2013 foi criada uma nova frente de trabalho para a fiscalização do desmatamento, a Hileia Pátria. Essa operação tem o apoio, tanto em logística como em inteligência, do Exército. A diferença entre essa operação e a Onda Verde é que a primeira tem um caráter mais repressivo pensando em coibir diretamente a extração ilegal de madeira nas terra indígenas e nas unidades de conservação.
Agentes ambientais estão espalhados percorrendo áreas indígenas no estado do Maranhão como a do Alto Turiaçu, Arariboia, Caru e Awá bem como a Reserva Biológica do Gurupi. Um dos tipos de estabelecimento que mais tem sido fechado nessa operação são as serrarias ilegais. São apreendidos ainda milhares de metros cúbicos de madeira beneficiada e em toras. O valor das multas pode chegar a até R$ 4,5 milhões.
Extensão Da Hileia Pátria
A operação conhecida como Hileia Pátria tem ações acontecendo em Rondônia, no Amazonas, no Pará e também no Mato Grosso. Os fiscais ambientais destacam que existem algumas tentativas de burlar a fiscalização por parte dos criminosos que pintam equipamentos como tratores, por exemplo, de verde e os escondem no meio da floresta.
Alertas Na Amazônia – Sistema De Detecção De Desmatamentos Em Tempo Real (Deter)
A tecnologia tem um papel importante no trabalho de fiscalização da Amazônia e do desmatamento ilegal. Com a ajuda das imagens de satélite do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) é possível orientar as equipes de fiscais para que eles saibam exatamente até onde precisam ir.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Ibama informaram que entre agosto de 2012 e julho de 2013 cresceu muito o número de alertas sobre desmatamento e degradação da floresta. Através das imagens de satélite é possível saber onde estão concentrados os alertas e assim ter uma atenção especial para essas regiões.
Degradação Por Uso De Fogo
Um dos tipos de degradação e desmatamento mais perigosos para a floresta amazônica é aquela feita por uso de fogo. Os fiscais devem evitar que esse tipo de degradação aconteça para que essas áreas não acabem se tornando áreas de corte raso, ou seja, em que houve a total remoção da floresta nativa. Também é muito importante se certificar de que não existirá nenhum tipo de produção ilegal nessas áreas.
A mudança mais positiva que se pode observar devido a ação dos fiscais ambientais é que os criminosos estão se tornando mais inibidos e assim tem se arriscado menos o que acarreta em menos danos ao meio ambiente. Por exemplo, os casos de corte raso estão se tornando mais raros uma vez que é mais fácil para os satélites detectar esse tipo de ação.
Além disso, o infrator que começa com uma degradação por meio do fogo logo é descoberto pelo Ibama e assim é possível evitar que outras atividades ilegais e mais perigosas se desenvolvam. Porém, ainda assim é difícil monitorar toda a floresta amazônica que é gigantesca.
O trabalho precisa ser intensificado e novas operações como a Onda Verde e a Hileia Pátria precisam ser realizadas com o objetivo de coibir o desmatamento ilegal. A Amazônia é um dos principais bens que temos e por isso não podemos descuidar é fundamental estar atento. A floresta precisa do todos nós.
