Dispersão Biológica: Características Gerais

Dispersão biológica se refere tanto ao movimento de indivíduos (animais, plantas, fungos, bactérias, entre outros) do nascimento até o local de reprodução, como para o local de criação para outra espécie.

Também é usada para descrever o movimento dos propágulos, tais como sementes e esporos. A dispersão está definida como qualquer movimento que tem o potencial de levar a fluxo gênico. O ato de dispersar envolve três fases: Partida, transferência e liquidação, com diferentes custos de fitness e benefícios associados a cada fase.

Através do simples movimento de um habitat para o outro a dispersão do indivíduo tem consequências não apenas para uma espécie, mas também para a dinâmica populacional, genética e distribuição coletiva.

Entendimento de dispersão e as consequências tanto para as estratégias evolutivas como ao nível de espécies requer a necessidade de compreender o tipo de dispersão e os mecanismos de dada espécie.

Dispersão biológica se contrasta com a mistura de populações isoladas na sequência da erosão das barreiras geográficas ao fluxo de dispersão ou gene. Não se confunde com o ato de migrar de animais, embora dentro da genética de populações os termos “migração” e “dispersão” sejam usados como sinônimos de modo frequente.

Dispersão Biológica: Características Gerais

Dispersão Biológica: Características Gerais

Tipos De Dispersão

Alguns organismos são móveis ao longo das suas vidas, mas os outros ficam adaptados para se mover em fases precisas e limitadas nos ciclos de vida. Isto é chamado de fase de dispersão do ciclo de vida. As estratégias dos organismos por vezes se baseiam na natureza e nas circunstâncias de fases dispersivas. Em geral, existem dois tipos básicos:

  1. Densidade e Dispersão Independente Organismos evoluíram de adaptações e se aproveitam de várias formas de energia cinética que ocorre no meio ambiente. Isso é conhecido como a densidade de dispersão independente ou passiva e opera em grupos de organismos (invertebrados, peixes, insetos e outros organismos, como plantas) que dependem de animais vetores, vento ou gravidade para dispersar.
  2. Densidade e Dispersão Dependente Densidade da dispersão depende de fatores como o tamanho da população local, recursos, competição e habitat de qualidade. Devido à densidade populacional, a ato de dispensar alivia a pressão por recursos na ecossistema e a competição representa fator de seleção. Dispersão de organismos é processo fundamental para compreender tanto o isolamento geográfico na evolução através de fluxo gênico como os padrões gerais de distribuição geográfica atual (biogeografia). A distinção é feita de modo frequente entre dispersão natal na qual o indivíduo se afasta do lugar em que nasceu para se reproduzir em outros lugares. Há certo número de benefícios para a dispersão, tais como localizar novos recursos, escapar das condições desfavoráveis, evitar competir com irmãos, entre outros. Há também uma série de custos associados com a dispersão, o que pode ser pensado em termos de quatro principais sistemas: Energia, risco, tempo e oportunidade. Custos energéticos trazem a energia-extra necessária para mover. Os riscos incluem o aumento da lesão e mortalidade durante a dispersão e a possibilidade de se estabelecer em ambiente desfavorável. Tempo gasto na dispersão não pode existir em outras atividades, como o crescimento e a reprodução. Não se pode ignorar o fato de que a dispersão também pode levar à depressão ao indivíduo melhor adaptado ao ambiente natal. Em animais sociais (como certas aves e mamíferos) um indivíduo de dispersão deve encontrar e participar do novo grupo, o que pode levar à perda de posição social.
Tipos De Dispersão

Tipos De Dispersão

Faixa De Dispersão Biológica

“Dispersão gama” se refere à distância de uma espécie que se move a partir de população existente ou do organismo de origem. O ecossistema depende da capacidade dos indivíduos em dispersar a partir do habitat. Portanto, a dispersão biológica representa ponto fundamental para a estabilidade do ciclo ecológico.

Restrições Ambientais: Dispersão Biológica

Poucas espécies estão sempre de maneira uniforme ou distribuídas dentro ou entre paisagens. Em geral, as espécies variam de forma significativa em toda a paisagem que se associa com características ambientais que influenciam no sucesso reprodutivo e na persistência da população.

Os padrões espaciais nas características ambientais (por exemplo, recursos naturais) permitem que os indivíduos escapem de condições desfavoráveis e busquem novos locais. Isso faz com que o organismo “teste” os novos ambientes para se adequar, desde que estejam dentro da área geográfica do animal. Além disso, a capacidade da espécie para dispersar ao longo do ambiente em mudança pode permitir com que a  população sobreviva em condições quantitativas.

Barreiras De Dispersão: Dispersão Biológica

Uma barreira de dispersão pode significar que a gama de dispersão da espécie é menor do que a distribuição. Um exemplo artificial está na fragmentação do habitat devido ao uso da terra humana. Barreiras naturais incluem cadeias de montanhas e rios.

Por outro lado, as atividades humanas podem também alargar o leque de dispersão de uma espécie pelo fornecimento de novos métodos para dispersar. Muitos deles se tornam invasivos aos ratos e percevejos, mas em outras espécies têm efeito positivo, como as abelhas e minhocas, por exemplo.

Mecanismos De Dispersão: Dispersão Biológica

A maioria dos animais é suscetível de locomoção e o mecanismo básico está no movimento de um lugar para outro. Dispersar permite ao organismo testar novos ambientes para se adequar, desde que esteja dentro do alcance em termos geográficos. Os movimentos são guiados e herdados por padrões comportamentais.

A presença de barreiras com fluxo de dispersão ou genes entre zonas adjacentes podem isolar populações em ambos os lados da linha de separação emergente. Divisão geográfica e posterior isolamento genético de porções de uma população ancestral resultam em especiação – processo evolutivo pelo qual se formam as espécies vivas.

Mecanismos De Dispersão Das Plantas

As brocas-da-raiz são exemplo de mecanismo de dispersão de sementes que utiliza um vetor biótico, neste caso, os animais com pele que movimentam ou transportam para longe da planta mãe.

As plantas têm mobilidade reduzida e dependem de variedade de vetores de dispersão para o transporte dos propágulos, incluindo tanto vetores abióticos como bióticos. As sementes podem ser dispersas à distância da planta mãe, de modo individual ou coletivo, no espaço e tempo.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Natureza

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