Nosso país possui uma riqueza de biomas incríveis e o Cerrado é um deles. Apesar de estar devastado atualmente, o Cerrado ocupa grande parte do centro do Brasil, sendo considerado um dos maiores biomas nacionais. Hoje temos apenas 20% da sua vegetação original devido a diversos problemas pelos quais passa essa zona e um deles, é o desmatamento descontrolado, algo que vamos saber mais logo abaixo.
O que é o Cerrado?
Como citamos logo acima, o cerrado é um dos seis biomas que pertencem ao Brasil, sendo também conhecido como “savana brasileira” juntamente com a caatinga. Ele se estende por oito estados que se localizam mais na parte central de nosso território. São eles:
– Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Mato Groso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí e o Distrito Federal.
Obs: É importante alertar que não devemos confundir a parte central do nosso território com a região centro – oeste que é uma das nossas divisões geográficas.
Sabendo que passa por esses estados, podemos então perceber que o cerrado atravessa três das nossas maiores bacias hidrográficas, que também são as maiores de toda a América do Sul. Isso faz com que a biodiversidade desse bioma seja imensa. Apesar dessa gigantesca biodiversidade, quando o assunto são as paisagens o que predomina no cerrado é a mata atlântica e a floresta amazônica. Que estão em constante ameaça devido o desmatamento como vamos ver mais abaixo.
O clima nessa região é predominantemente quente, mas existem alguns poucos períodos de chuva. Como o calor deixa a região extremamente seca, as chances de queimadas espontâneas é bem grande por toda essa área.
O Desmatamento no Cerrado
Os motivos que levam a existência do desmatamento nessa região são diversos, mas em sua maioria o homem vem desmatando as áreas do cerrado para construções diversas e para o aumento das áreas urbanas que estão em crescimento constante. Existe ainda a mineração e as pastagens que também levam a destruição do nosso cerrado.
De acordo com dados colhidos por pesquisadores da Conservação Internacional Brasil ou a CI – Brasil, se o governo não desenvolver uma política de preservação para o cerrado com extrema urgência, ele pode desaparecer totalmente até o ano de 2030. De fato, entre todos os biomas que pertencem ao nosso território este é o que possui menos atenção dos nossos governantes.
O cerrado é o único bioma que não possui lei de preservação ambiental na Constituição Federal, não sendo assim, considerado um dos nosso patrimônios nacionais que merecem preservação e isso faz com que a exploração seja larga e sem controle, já que não existem leis que cubram esse tipo de prática.
O índice maior de desmatamento de área em nosso país ainda cabe à Floresta Amazônica, mas durante os anos de 2002 e 2008, a exploração do nosso cerrado era tão intensa e descontrolada que ele ganhou esse posto, infelizmente.
Consequências do Desmatamento no Cerrado
Poderíamos passar horas e horas citando os diversos problemas gerados pelo desmatamento do cerrado ou de qualquer outra região do nosso planeta, mas existem alguns que estão em casos tão extremos, que outras consequências não atingem tanto e não oferecem mais tanto perigo.
O Ministério do Meio Ambiente já forneceu alertas sobre o perigo do desmatamento no cerrado e possui dados que já existe quase 50% de todo esse território completamente devastada, não deixando de levar em conta os 20% que citamos logo no inicio da nossa conversa, que é o número que nos resta da paisagem natural desse bioma. Isso só comprova que a situação do cerrado brasileiro já ultrapassou o alerta de fato.
Algumas das consequências causadas pelo desmatamento do cerrado são:
• A erosão do solo que faz com que este fique totalmente ressecado e impossibilitado de gerar novos plantios.
Cerrado
• A redução e/ou exclusão dos nossos lençóis subterrâneos devido a falta de água, já que o líquido fica impossibilitado de penetrar no solo. Este inclusive é um grande alerta feito nos últimos tempos, já que há cerca de 8 anos os técnicos do Ministério do Meio Ambiente afirmara, através de pesquisas e análises do local, que o subsolo do nosso cerrado possuía uma grande reserva de água e com esta era possível abastecer as três bacias hidrográficas que cortam a região. Hoje, temos apenas 14% desse total, o que faz com que ele não ultrapasse os três anos, caso não haja um plano de controle emergencial.
• Períodos de seca mais prolongados na região, o que vai aumentar o índice de queimadas naturais e fazer também com que a agricultura e a pecuária sofra com a escassez de chuva.
• Por último e mais importante, a perda da biodiversidade do Cerrado que representa um terço de toda a nossa biodiversidade nacional e 5% da biodiversidade do planeta Terra.
Plano de Ação Contra o Desmatamento no Cerrado
Claro que com todos esses problemas sendo gerado pelo desmatamento descontrolado no Cerrado, algo teria que ser feito para que os problemas não aumentassem. Existe e vamos conhecer um pouco então sobre o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado, ou simplesmente o PPCerrado como vem sendo popularmente conhecida essa medida contra o desmatamento.
Desmatamento
O PPCerrado foi lançado em 2009 pelo Ministério do Meio Ambiente e tem como fundamento gerar diversas iniciativas próprias para que, juntamente com instituições vinculadas ao meio ambiente, possam combater esse problema. Você vai encontrar planos de ações juntamente com o Ibama, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, a Agência Nacional de Águas – ANA e Serviço Florestal Brasileiro – SFB. Foi assim que surgiu a Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que protege o nosso cerrado contra diversas atividades ilegais.
Qualquer pessoa pode cobrar medidas preventivas ou controladoras sobre problemas com essa região, levando como base essa lei, mesmo sendo apenas uma pequena iniciativa do governo e não sendo totalmente defendida pela Constituição. O decreto de Lei que constitui o Cerrado como área de proteção contra o desmatamento pode ser lido em publicação feita através do diário oficial.
São duas páginas e você pode ler aqui:
Por Monique Belmont
