O lixo eletrônico é um problema crescente ao redor do mundo. Afinal, a tecnologia está progredindo de forma cada vez mais rápida, o que faz com que um equipamento que ano passado era de última geração hoje possa estar praticamente obsoleto.
Em alguns países desenvolvidos como o Japão, é comum encontrar eletroeletrônicos jogados por estarem “velhos” e ultrapassados.
O problema é que um aparelho eletrônico também causa poluição ao meio ambiente, e seu descarte deve ser planejado para não provocar impactos na natureza.
Muitos lugares possuem uma política de recolhimento de materiais eletrônicos e conseqüente reaproveitamento de alguns componentes como o cobre e o ouro encontrados em placas mãe por exemplo – o ideal é tentar aproveitar o máximo os componentes, já que alguns são minérios caros.
Assista ao vídeo e veja como o lixo eletrônico é tratado no Brasil, como é realizado o descarte desses componentes em nosso país.
Cada brasileiro produz em torno de 8,3 kg de lixo eletrônico anualmente. Deste total, somente 3% vão para reciclagem.
Um aparelho de Smartphone dura em média 1 ano e meio. E assim, a cada novo aparelho que chega, vários outros são descartados, fazendo com que algo que era indispensável, se torna um grande problema.
E o mesmo destino tem os televisores, computadores, câmeras fotográficas, vídeo games, telefones, impressoras, drones e etc. A maioria destes aparelhos podem ser recondicionados, reutilizados, reciclados, de maneira que possam contribuir na redução do acúmulo de resíduos.
O lixo eletrônico é constituído tanto por “produtos da linha branca” como, por exemplo, máquinas de lavar, refrigeradores, micro-ondas, dentre outros. Como também pelos eletrônicos como: rádios, televisores, telefones, computadores, juntamente com toners e cartuchos. E o resultado final disto é a sobra de toneladas de lixo eletrônico, mais precisamente 44,7 milhões anualmente.
Com a quantidade de lixo eletrônico só aumentando, e com o descarte inadequado, vem surgindo alguns problemas como contaminação do meio ambiente e danos à saúde humana, pois os aparelhos tem em sua composição muito complexa.
Um exemplo recente aconteceu no Brasil, o fato aconteceu envolvendo a empresa Saturnia, uma fábrica que produzia baterias e deixou o solo completamente contaminado. Esta contaminação, devida aos metais pesados que foram depositados na área, ao longo do tempo, pode provocar doenças como: doenças hepáticas, doenças cardiovasculares, e doenças relacionadas com o sistema nervoso.
Estima-se que cada habitante do nosso planeta faça um descarte de, mais ou menos, 6,7 kg de lixo. O problema não é menos preocupante aqui no Brasil. O país está em sétimo lugar em produção de lixo eletrônico, produzindo em torno de 1 milhão e meio de toneladas anualmente, perdendo somente para os Estados Unidos, Índia, Alemanha, China, Japão e Reino Unido.
Mesmo com um estudo feito no ano de 2016, ter simulado que com a reciclagem de material jogado fora no decorrer daquele ano, teria o potencial de um rendimento em real de 240 milhões, somente 20% de todo o lixo eletrônico produzido no planeta vai para reciclagem. Já no Brasil, a porcentagem é bem pequena, apenas 3% tem um destino adequado.
Dá um destino adequado ao e-lixo se tornou um grande desafio mundial. De acordo com um levantamento feito pelo Sistema Nacional de informações Sobre Saneamento, dos 5.570 municípios somente 724 desses possuem alguma forma de coleta de lixo eletrônico. Isso quer dizer que o nº de cidades contempladas pela coleta do e-lixo é de somente 13%.
Por causa do alto risco de contaminação a reciclagem dos aparelhos deve ser feita com muito cuidado e somente por pessoas capacitadas. Para tentar resolver esse problema, foi criada uma lei de regulamentação pelo governo do brasil. A lei (nº 12.305/10) estabelece que comerciantes, distribuidores e fabricantes, devem adotar um meio de diminuir a quantidade de resíduos, e criar uma política de coleta e destino adequado do lixo eletrônico após o consumo.
Com a criação da regulamentação, as companhias do ramo tecnológico, passaram a ter um grande desfio em relação ao meio ambiente, que é o descarte adequado dos resíduos dos aparelhos eletrônicos.
Para tentar resolver o problema, as empresas criaram um canal especifico para tratar deste assunto, direcionando a pessoa para um lugar onde ela possa fazer o descarte adequado.
Outras medida como programas de descarte para o e-lixo pode ser como pontos onde são feitas coletas adequadas desse tipo de material. O eCicle pode auxiliar, mostrando um local mais perto do endereço da pessoa, para que ela possa fazer o descarte adequado.