Um papel de bala jogado no chão. Não parece muito e, no fim das contas, a pessoa que o joga deve pensar que uns poucos centímetros de plástico na rua de uma grande cidade não fará diferença: acumule algumas centenas desses papéis, litros, garrafas PET, embalagens, latas, jornais, caixas – e tudo isso resulta em cidades inundadas devido à poluição.
O hábito de não perceber o mal que cada dejeto jogado na rua causa é, com toda a certeza, o mais prejudicial de toda a população mundial. Há países em que jogar tais lixos no chão á causa para multa, mas aqui no Brasil isso não aconteceu.
O lixo jogado no chão das cidades toma diversos rumos uma vez que é despejado na natureza. O mais comum é que se acumule e entupa bueiros, causando engarrafamentos, inundações e problemas sem fim em dias de chuva. Em cidades próximas do litoral, este lixo vai parar no mar, sendo então carregado para o oceano, onde não apenas suja a água, como pode provocar a morte de animais marinhos – tartarugas, baleias e outros animais que migram para o sul passando pelo Brasil já tiveram mortes causadas dessa maneira, seja por se enrolarem no lixo, ou o engolirem por engano.
É preciso tomar consciência de que tudo no meio ambiente é cíclico. O pequeno papel de bala torna-se um problema muito maior que prejudica não só a pessoa que o jogou, mas todos à sua volta. Medidas efetivas para desencorajar este tipo de comportamento ainda não foram tomadas legalmente, embora haja leis de fiscalização e punição para a poluição em áreas de preservação – mesmo que até essas leias sejam relativas: há a lei, mas falta força de fiscalização.
ONGs e ambientalistas travam uma luta diária contra a poluição, mas é preciso conscientizar a população massivamente, e não apenas indivíduos. No entanto, certas atitudes acabam por não apenas desacreditar estes movimentos, como também desencorajar o envolvimento da população com eles: como foi o caso da pretensa ambientalista Beatriz Rondon, na fazenda de quem se descobriu que eram realizadas caças ilegais a animais por valores de 30 a 40 mil dólares.
Atitudes assim mancham a reputação das pessoas envolvidas em movimentos contra a poluição e pró meio ambiente, dificultando a conscientização coletiva.
Apesar da dificuldade em passar a mensagem para um grande número de pessoas, a conscientização individual é de extrema importância. Basta pensar, a cada vez que considerar jogar um papelzinho de bala no chão, que aquele mesmo papel pode ser a última gota no bueiro da sua rua. Fale com seus amigos, seus vizinhos, colegas de trabalho, seus filhos – faça-os entender que, enquanto não houver uma política contra a poluição realmente forte no país, cabe à população evitá-la, para o bem do meio ambiente, do qual todos fazemos parte.