Em estudos realizados pelos Nações Unidas ficou provado que as técnicas de agroecologia podem dobrar a produção de alimentos em dez anos, enquanto o clima se ajusta às mudanças que estão acontecendo e a pobreza mundial diminui. As técnicas de agroecologia não apenas aumentam a produtividade em cada fazenda, mas também ajudam os próprios fazendeiros a de adaptarem às mudanças climáticas, a diminuírem os efeitos dessas mudanças, e até mesmo as próprias mudanças, em algumas regiões, conservando a biodiversidade, a qualidade e saúde do solo. Além disso, as técnicas de agroecologia também criam trabalho e empregos, aumentam a renda familiar desses empregados, diversifica a dieta destas pessoas, melhora a nutrição e ainda faz com que a comunidade e a fazenda formem laços.
Sabendo destes dados, tudo aponta para uma diminuição em grande escala da agricultura industrial, que é extrativista e acaba com os recursos naturais das áreas onde existe. Esse tipo de técnica de agricultura em fazendas requer grandes investimentos financeiros e faz com que as mudanças climáticas acelerem e ainda não é resistente a essas mesmas mudanças. Colocando tudo na balança, as técnicas de agricultura industrial simplesmente já não fazem mais sentido, nem valem à pena.
Por outro lado, a evidência a favor das técnicas de agricultura ecológica são grandes e sólidas. Não é apenas uma questão de parecer politicamente correto: um grande segmento da comunidade científica já retifica a informação que a agroecologia tem impactos positivos na produção de alimentos, na diminuição da pobreza e na mitigação das mudanças climáticas. As técnicas agroecológicas também não são de difícil implementação, nem tampouco são inviáveis em relação a custos, na verdade é uma questão de simplificação e naturalização das culturas, que acabam por se tornar mais saudáveis e mais naturais.
Práticas, por exemplo, como o replantio e retirada dos excessos da colheita ao invés de queimar o solo onde a colheita havia sido feita, o não uso de pesticidas químicos e tratamento das plantas por meios naturais e a prática de não se utilizar de fertilizantes sintéticos ou industrializados são ações e métodos que contribuem para a melhoria do solo, a manutenção da saúde do terreno onde é realizado o plantio, além da garantia de que esse mesmo solo ainda servirá por muitos anos. A agricultura industrial, embora tenha resultados mais rápidos, também tem algo de destrutivo, pois ao queimar o solo depois de cada colheita, queima-se também muito nutrientes necessários para que cresçam ali plantas de qualidade. Ao se utilizar de substâncias químicas para garantir o controle das pestes, contamina-se o solo, que já está enfraquecido pelas queimas. É contra produtivo e está, finalmente, chegando ao fim.