Fitoterapia é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura de doenças. É curioso saber que essa ciência surgiu de forma espontânea e independente na maioria dos povos, sendo os registros mais antigos da China, de 3 mil anos antes de Cristo, quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as propriedades do Ginseng e da Cânfora.
Medicamentos fitoterápicos são diferenciados da fitoterapia, pois não englobam o uso das plantas, mas sim seus extratos, sendo em geral preparados por técnicos em farmácia, passando por processos da industrialização.
As principais vantagens da fitoterapia são: a facilidade de obtenção das plantas, o baixo custo e a eficiência na prevenção e tratamento de doenças, sendo muitas vezes chamada de medicina popular. Ela também é valorizada, uma vez que utiliza somente produtos naturais não sintetizados, melhorando a qualidade de vida.
É importante ressaltar que muitas pessoas são contra a utilização de fitoterapia, devido ao fato de que as plantas medicinais utilizadas para tratamento possuem muitos princípios ativos que aumentam o risco de toxicidade e alergia. Ainda assim, o uso de plantas medicinais para tratamento de doenças já foi reconhecido oficialmente pela OMS, a Organização Mundial de Saúde.
Algumas práticas fitoterápicas são muito populares, como por exemplo a utilização de infusão, quando algum tipo de chá ou parte de alguma planta é colocado em água fervente para depois beber-se o preparo. Em geral a infusão é feita com plantas aromáticas, cujo cheiro interfere no princípio ativo. Elas podem ser utilizadas também para fazer compressas, cataplasmas e inalação.
Xaropes costumam ser preparados a partir de água, açúcar e tintura de algumas plantas específicas que, após fervidas e esfriadas, compõe uma calda medicinal. Algo muito semelhante acontece também ao preparar um sumo, socando ou triturando alguma planta com água a fim de obter um caldo.
O desejo da população de encontrar uma alternativa nos medicamentos sintéticos, em geral carregados de efeitos colaterais, é amparado pelo próprio avanço tecnológico. Pesquisas na área de engenharia genética, biologia molecular e bioquímica têm explorado as possibilidades dos remédios com base em extratos vegetais, de forma que a comercialização de medicamentos fitoterápicos tem aumentado em uma média de 20% ao ano.
Quem é responsável pelas normas e critérios sobre fitoterápicos no Brasil é a ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. A agência já tem em seus arquivos informações de mais de mil medicamentos fitoterápicos, e seus registros seguem os mesmos critérios recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para remédios sintéticos.