O processo mais comum para a recuperação de pastagens, depois destas terem sido consumidas pelos animais que ali se alimentam, é algo que prejudica o meio ambiente de diversas formas, uma delas é a queimada.
Não apenas pela maneira como o fogo – principalmente em épocas mais quentes – pode se espalhar, e acabar causando incêndios florestais de todos os graus, mas também pelos malefícios que a própria queimada traz ao solo em que ela acontece.
Os minerais e nutrientes são queimados junto com a primeira camada de solo e, a cada queimada – que normalmente acontece pelo menos uma vez ao ano –, o solo fica mais e mais fraco, produzindo pastagens de menor qualidade gradativamente, até que a área sofra um processo completo de desertificação.
A verdade é que as queimadas servem apenas para acelerar o processo de plantio – para que a limpeza do chão ocorra de maneira rápida e eficiente –, mas essa eficiência é falsa, e tem altos custos futuros.
A maneira de recuperação ecológica destas áreas é bem simples, e, além de ser melhor para a natureza, também gera mais empregos.
Ao invés de se queimar uma área, e então replantá-la, são contratados funcionários para que as ervas daninhas e demais males sejam retirados das áreas de plantio de pastagens, à mão, com o auxílio de ferramentas, mas sem produtos químicos, ou queimadas do solo. As ervas daninhas saem, e o pasto permanece.
Uma vez a área limpa, ela deve ser mantida sem gado ou outro animal por um período de cerca de trinta a trinta e cinco dias – período durante o qual a área se recupera do consumo anterior de sua pastagem, e volta a estar apta a receber os animais que ali podem se alimentar mais uma vez.
O período de trinta dias permite que o pasto se recupere, sem a necessidade do replantio, nem tampouco da queimada da área – é um hábito saudável, limpo e lucrativo.
Além disso, a mão de obra necessária para a manutenção da área gera mais empregos no campo, o que diminui, com toda a certeza, o êxodo rural. Apesar de um custo um pouco mais alto, os ganhos são maiores, já que as pastagens não precisam ser replantadas, nem tampouco perdidas em alguns anos.
O uso desta técnica vem crescendo em todo o Brasil, principalmente no Acre, onde a queima havia se tornado uma grave preocupação nos últimos anos.
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