O nosso planeta foi formado há quase cinco bilhões de anos atrás. Tanto tempo assim faz parecer que um milhão de anos foi um período de tempo pequeno. E, para a escala histórica, isso realmente foi um tempo muito recente. Só para ter uma ideia, os seres humanos começaram a aparecer no planeta Terra apenas 200 mil anos atrás. É como se o planeta fosse criado no nascimento de cristo, por exemplo, e os seres humanos só viessem a habitar o planeta na última década do século XX.
Ou seja, a nossa passagem por esse planeta é, sim, muito recente. E, apesar de sermos bastante recentes por aqui, conseguimos causar, em pouco tempo, impactos ambientais que demorarão para ser superados. Quando os nossos ancestrais chegaram por aqui, a única coisas que eles tinham de fazer era sobreviver. E isso era conseguido de forma bastante “fácil”, já que era somente caçar o seu próprio alimento e, a partir daí, ir sobrevivendo até onde dava. Atualmente, isso não está mais em jogo: vivemos em uma sociedade onde o estudo e o trabalho são valorizados, com o propósito de que consigamos nos estabelecer nesse planeta e, a partir disso, sobreviver.
O Progresso Humano
Foi uma coisa boa o ser humano ter se desenvolvido e ter chegado ao ponto de conseguir uma grande gama de possibilidades? Claro, sem dúvida. Mas, o preço que se paga hoje por conta disso faz com que toda essa conquiste se invalide de uma forma. Com os avanços humanos em diversas áreas, conseguimos que a nossa expectativa de vida mais do que dobrasse, não é mesmo? Porém, com esse mesmo avanço, nós não conseguimos conciliar o meio ambiente com tais melhorias, o que criou uma grande avalanche de problemas ambientais que nos perseguem e pode acabar decretando, até mesmo, a nossa extinção completa.
Porém, em alguns casos, os problemas ambientais não são causados pela ação do homem, mas sim, por fenômenos naturais, como é o caso dos terremotos. Mas você sabe como isso acontece? No nosso artigo, iremos detalhar o que é o terremoto, bem como as causas que precedem esses fenômenos que, apesar de serem incríveis, tem o poder de arrasar com a população de várias cidades. Confira:
A História Geológica da Terra
Quando a Terra se formou, ela era apenas uma bola incandescente que estava orbitando o Sol. A instabilidade do Sistema Solar naquela época era evidente. Por isso, durante muito e muito tempo, era comum que vários corpos celestes chocassem entre si, liberando energia (muita energia, no caso) e outros elementos químicos. Supõem -se que, com essa instabilidade no Sistema Solar, cometas que ficavam vagando nos confins do Sistema começaram a ser puxados para o seu interior, por força da gravidade do próprio Sol. Esses cometas, vindos da nuvem de Oort, eram frios e carregavam consigo vários trilhões de litros de água. E, ao se encontrarem com a Terra, começaram a bombardeá-la. Claro que o processo levou milhares de anos para se concretizar: durante todo esse tempo, vários cometas ricos em água atingiram em cheio a Terra, até que ela conseguisse diminuir suas temperaturas e a sua superfície se “cicatrizar”.
Hoje, o planeta tem uma crosta terrestre de 25 quilômetros de profundidade. Abaixo dessa crosta, há uma intensa atividade vulcânica, o que indica que o planeta não se esfriou por completo. E, quando o planeta fez com que essa crosta se formasse, e com a seguinte formação dos oceanos, uma superfície se destacou em meio aos oceanos: era a Pangeia.
A Pangeia nada mais era do que um enorme continente, que respondia por todas as superfícies secas do planeta Terra. E assim permaneceu por milhares de anos, até que as atividades magmáticas abaixo da crosta começaram a desenhar a superfície do planeta, partindo a crosta em várias placas continentais.
Ou seja, é bem correto dizer que estamos “boiando” sob magma quente, numa profundidade não muito alta. Existem várias dessas placas na superfície, cada uma com uma extensão e com uma fronteira específica. E é basicamente nessas fronteiras que mora o problema.
Os Terremotos: Como Acontecem
Basicamente, estamos boiando sob o magma e não estamos fixos em um local: as placas estão se movimentando livremente pelo magma. Só que, como sabemos, existem várias dessas placas: colisões entre elas, portanto, são comuns, por conta do movimento. Só que quando uma placa se choca contra a outra, a energia que se libera nesse choque é imensa. Se a fronteira de placa se encontrar dentro de nações, é bem provável que tragédias ocorram, como a queda de edifícios e a consequente morte de pessoas.
Agora, quando essa falha se encontra no mar e uma placa encontra a outra, a energia liberada nesse encontro é tão forte que causa uma movimentação atípica no epicentro do evento, o que faz com que o mar se revolte e crie ondas gigantescas, que são conhecidos como “tsunamis”. O maior tsunami registrado até agora foi o que aconteceu na Indonésia, no ano de 2004: as ondas foram tão grandes e fortes que milhares de pessoas perderam suas vidas, e cidades inteiras foram devastadas.
Em grande parte, os terremotos acontecessem justamente pela movimentação dessas placas. Mas pode acontecer, por exemplo, algum outro tipo de evento que possa resultar em terremotos, como é o caso da queda de meteoros. Acredita-se que o meteoro que caiu aqui no planeta há mais de sessenta milhões de anos atrás foi o grande responsável pela extinção dos dinossauros. Com a queda deste meteoro, o local e arredores com certeza sofreu um impacto inimaginável, já que o meteoro liberou energia comparável com milhares de bombas nucleares da Segunda Guerra Mundial.
Terremoto no Japão
No Japão, em 2011, um terremoto registrado por conta de movimentações na placa tectônica onde a ilha está instalada fez com que o país “tremesse” e ainda contribuiu para formar tsunamis e, assim, danificar a Usina Nuclear de Fukushima, sendo o acidente nuclear mais traumático desde o que arrasou a cidade ucraniana de Chernobyl, em 1986.
As nações, principalmente aquelas que se encontram em área de risco, estão cada vez mais atentas com o desenvolvimento de tecnologias que visam fazer com que os terremotos sejam menos danosos.