O céu ainda é um grande mistério para o homem que o observa sempre em busca de pistas que possam ajudá-lo a desvendar a principal pergunta que a humanidade se faz: “De onde viemos”. Mesmo que ainda não saibamos muito sobre a origem da Terra conhecemos parte do espaço e também os materiais que vem dele e adentram na nossa atmosfera.
Os meteoróides atraem a atenção das pessoas sempre que cruzam os céus, se você gosta de astronomia precisa conhecer os conceitos de meteoroides, meteoros e meteoritos. Os três conceitos estão intimamente ligados e sempre suscitam e instigam a nossa curiosidade sobre o que tem no espaço.
O Que São Meteoroides?
Os meteoroides são basicamente fragmentos de materiais que estão vagando pelo espaço e que possuem dimensões menores que um asteróide e maiores que uma molécula ou átomo. Essa definição é da International Meteor Organization (Organização Internacional de Meteoros).
Dessa forma os meteoroides se distinguem dos asteroides que são objetos maiores e também da chamada poeira interestelar que é composta por objetos micrométricos ou menores. Esses meteoroides são derivados de corpos celestes como asteroides e cometas e podem ter como origem ejeção de cometas que estão próximos ao sol.
A sua origem também pode ser de uma colisão entre dois asteroides, por exemplo. Pode ainda ser fragmento da sobra da criação do sistema solar, algo realmente fascinante.
Meteoroides – Corpos Celestes Interessantes
Dentre todos os corpos celestes que compõem o Sistema Solar talvez os mais interessantes sejam os meteoroides. Isso porque se imaginarmos um contexto de família do sol teremos os meteoroides como os principais integrantes. Mesmo tendo dimensões reduzidas esses corpos celestes são encontrados em grande quantidade no espaço.
Além disso, os meteoroides são os únicos corpos celestes com os quais o homem pode ter um contato mais próximo e direto. Não precisamos ir ao espaço para ter contato com esses corpos. Nesse ponto entram os conceitos de meteoros e meteoritos que muitos utilizam erroneamente como sinônimos. Saiba que na linguagem popular esses dois conceitos podem ser encarados como a mesma coisa, porém, para a física são coisas completamente diferentes.
Meteoro
Meteoro é o meteoróide que tem contato com a atmosfera da Terra, mas que se desintegram antes de chegar a superfície. Sendo assim o meteoróide que entra na atmosfera da Terra e que se desfaz ainda na atmosfera sem cair da superfície do planeta passa a se chamar meteoro.
Esse nome meteoro foi dado pelos gregos aos fenômenos atmosféricos e a origem da palavra vem de do grego: meteoros = coisas do ar. Seguindo essa lógica a chuva, o vento, um arco-íris entre outros fenômenos poderiam ser chamados de meteoros uma vez que eles acontecem dentro da atmosfera da Terra.
É dessa ideia que vem o nome meteorologia que é dado a ciência que faz o estudo dos fenômenos atmosféricos.
Meteoritos
Já os meteoroides que caem na superfície da Terra recebem o nome de meteoritos. Para que um meteoroide seja um meteorito é necessário que ele encoste na superfície da Terra. Vale ressaltar que a frase “Caiu um meteoro” é totalmente errada uma vez que o que cai é meteorito e meteoros nunca caem.
Uma curiosidade é que é difícil que um meteoroide chegue a superfície da Terra inteiro para que possa ser chamado de meteorito. Porém, alguns meteoroides são bem grandes e podem chegar a causar danos bastante significativos.
Para se ter uma ideia alguns já caíram sobre casas e automóveis, sem contar aqueles que atingiram aviões em pleno voo. Exatamente por isso os grandes meteoritos são uma preocupação dos astrônomos.
Porém, nem só de coisas ruins um meteorito é feito, pois ele nos permite observar mais de perto um corpo celeste do espaço. Os meteoritos grandes são raros, mas quando encontrados são analisados e depois expostos em museus. Podemos nem nos dar contas, mas uma grande quantidade de meteoritos caem na Terra todos os dias.
Somente dirigimos a nossa atenção para aqueles que são grandes e causam estragos. Os meteoritos são uma conexão que temos com o espaço, pois vieram de lá e nos ajudam a entender um pouco mais do que existe além do que os nossos olhos podem enxergar. Um corpo celeste que já nos ajudou e ainda pode ajudar mais a compreender o que existe no espaço.
Qual É a Origem dos Meteoroides?
Os meteoroides despertam muita curiosidade e são motivo de muitas pesquisas dessa forma a humanidade conseguiu compilar algumas informações sobre esses corpos celestes. Para começar cerca de 70% dos meteoroides que entram na atmosfera da Terra vem do espaço interestelar.
Essa determinação foi possível depois de estudos acerca da velocidade e da direção dos meteoroides. Há ainda a possibilidade de que esses corpos celestes tenham a sua origem do Cinturão de Asteróides, uma região que fica localizada entre Marte e Júpiter. Nessa região existem fragmentos de rochas que estão em volta do sol.
O Cinturão de Asteróides
O Cinturão de Asteróides considerado o principal tem asteroides com semi-eixo maior de 2,2 a 3,3 Unidades Astronômicas (UA) e correspondem a períodos orbitais de 3,3 a 6 anos. Sendo assim é bem provável que cerca de 90% de todos os asteroides que existem estejam nesse Cinturão.
Os asteroides grandes têm densidade de ordem de 2,5, pesquisas apontam que existem mais ou menos 200 asteroides com um diâmetro maior que 1 km que estão se aproximando da Terra. As estimativas apontam que esses asteroides colidem com a Terra numa taxa de aproximadamente 1 milhão de anos.
A média anual de descoberta de asteroides é de 2 a 3 novos, em geral as suas órbitas são instáveis.
Luz Zodiacal
Diversos meteoroides acompanham os planetas nas suas órbitas e os que estão presentes na órbita da Terra criam a chamada Luz Zodiacal. Essa luz é uma fraca luminosidade que começa na região do zodíaco, após o pôr-do-sol e antes do seu nascer, é o resultado da reflexão de luz solar em partículas meteoríticas que se encontram próximas ao plano da eclíptica.
Uma curiosidade é que os astrônomos descobriram verdadeiros cinturões acompanhando cometas como o Halley entre outros. Com certeza esses corpos celestes ainda tem muito a nos surpreender.