Expressão muito comumente usada para falar de moda e acessórios, para definir as coisas que estão exageradas demais em certos looks, a poluição visual de fato é um problema que cerca as grandes cidades de maneira veloz e, ao que parece, também insuperável.
A cada vez que saímos de casa somos bombardeados com toda a espécie de anúncios e sinais – muitas vezes, sinais de que não precisamos, e anúncios que não farão diferença em nossas vidas. É o que acontece com grandes outdoors em cada esquina, no caso de metrópoles, ou então as mais novas tecnologias aplicadas ao marketing e à propaganda, como as gigantes televisões que aparecem em grandes centros, com luzes que podem atingir um motorista menos cauteloso e até mesmo causar acidentes.
Este tipo de poluição é regulamentada pelo estatuto de cada cidade, mas a sua fiscalização raramente acontece: a única época em que a fiscalização contra a poluição visual parece ter algum efeito é durante campanhas políticas em que um candidato denuncia o outro, e isso gera um bem para a sociedade, que não precisa acordar para ver o muro em frente à sua casa emplastrado de rostos em cartazes.
A população das metrópoles – e cada vez mais de cidades de menor porte também – está sujeita todos os dias a um bombardeio de informações coladas em postes, distribuídas em cartazes, pintadas em faixas neons e brilhando em telas de televisão com mais pixels do que pessoas por metro quadrado habitando naquela área. No entanto, para impedir que essa febre fique ainda pior, é preciso tomar atitudes. Estas atitudes têm de partir daqueles que se sentem prejudicados pelo excesso de material colocado em local visível. A partir disso, as autoridades cabíveis poderão saber onde se encontram os focos de problemas e de que maneira isso pode ser resolvido.
Não apenas pela limpeza visual de cidades mais claras e com menos aspecto de quarto de um adolescente que realmente ama pôsteres, mas também pela quantidade de papel e produtos químicos que são utilizados para fazer cada um desses cartazes, banners, folders e outdoors que parecem simplesmente surgir da noite para o dia, sem muita explicação.
O controle e as regras existem, basta que a sociedade cobre das autoridades responsáveis por atitudes para que a poluição visual não se torne mais um mal permanente com o qual os cidadãos apenas aprendam a conviver.