O lixo plástico é considerado um dos maiores vilões do meio ambiente. É composto geralmente pelas onipresentes sacolas plásticas, que levam centenas de anos para se decompor e degradam o ambiente de forma tão intensa que transformam os mares em lixões, montanhas nos aterros sanitários, bem como acabam com rios e córregos. Ou seja, se transformam em um verdadeiro pesadelo para moradores de grandes cidades como Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), que a cada verão têm sua rotina abalada com terríveis e destruidoras enchentes.
Por provocar tanta degradação no meio ambiente, diversas cidades em todo o Brasil estão criando leis para abolir o uso das sacolinhas plásticas dos supermercados. A maior cidade brasileira, São Paulo, pretende proibir o uso de sacolas plásticas a partir de 2012.
Mas antes da lei entrar em vigor na capital paulista, o texto da lei impede que fabricantes de sacolas plásticas escrevam em seus produtos frases que contenham supostos benefícios no meio ambiente. Isso se deve pelo fato de terem sido desenvolvidas sacolinhas plásticas com base de materiais considerados renováveis, como milho e cana-de-açúcar. Entretanto, existem muitas dúvidas a respeito de eficácia dessas sacolas, pois não é porque um material é renovável que é automaticamente biodegradável.
O que se prega para manter um ambiente ecologicamente equilibrado é restringir o uso de sacolas plásticas, com o objetivo de reduzir a quantidade de lixo plástico exposto no meio. Isso se deve pelo fato da população brasileira não usar essa embalagem de uma forma consciente.
Mesmo sendo elaboradas com materiais recicláveis, calcula-se que de um número total de dez sacolas plásticas fabricadas, oito delas sejam reaproveitadas como sacos de lixo, e depois encaminhadas como lixo comum, em aterros sanitários, colaborando para a formação de imensas montanhas de um material que pode se manter intacto na natureza por centenas de anos, causando a degradação imediata do meio ambiente.
A saída para enfrentar esse problema é estimular a população a usar embalagens duráveis quando vai às compras, usando, por exemplo, as sacolas ecológicas, caixas de papelão, caixas de plástico, carrinhos de lona, carrinhos de feira, entre outros.
Um bom exemplo de adaptação da população foi na cidade de Belo Horizonte (MG), que proibiu o uso de sacolas plásticas na cidade a partir de abril de 2011. Em avaliação divulgada pelo Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, foi constatado que 75% dos consumidores da capital mineira passaram a ir às compras levando seus próprios carrinhos de compras ou sacolas ecológicas.
Mas o lixo plástico não se resume apenas às sacolinhas de compras. Outro grande vilão que colabora muito para a degradação da natureza são as garrafas PET, que surgem aos milhares em rios e córregos durante as enchentes de verão nas grandes cidades. Nessas ocasiões, não é raro assistirmos a reportagens na TV com um mar de garrafas de plástico verde boiando em regiões inundadas.
Essa triste cena denuncia o quanto esse material é descartado de forma irregular, que é o principal problema enfrentado pela reciclagem no Brasil. É uma pena, pois esse material pode ser totalmente reaproveitado, em especial na indústria têxtil.