O nosso planeta Terra é, até agora, o único nesse vasto espaço que pode abrigar vida, sendo que ele esta localizado no Sistema Solar, que, por sua vez, está localizado num aglomerado de estrelas e, por fim, em um dos milhares braços da Via Láctea, que é a nossa galáxia.
Como sempre ouvimos dizer que somos apenas um dos trilhões de sistemas que existem no universo, muitas vezes nos questionamos se, de fato, estamos sozinhos no universo. Claro que as convicções religiosas de cada um devem ser levadas em conta nessa análise (apenas para aqueles que acreditam nessas convicções) Só que, num modo científico, está mais do que provado que é impossível estarmos sozinhos nesse lugar.
Então, o que impede de encontrarmos vida fora do planeta? A questão é puramente técnica: nós só temos ferramentas disponíveis para identificar vida tal qual conhecemos na terra, com suas características orgânicas. Pode ser que, em outro planeta, exista vida com composições orgânicas diferentes a quais estamos acostumados. Por conta disso, a identificação de vida extraterrestre é bem difícil.
Mas, enquanto não encontramos vida inteligente fora da Terra, a nossa batalha continua por aqui, já que nós não medimos, em mais de 200 mil anos de presença humana na Terra, os nossos atos, que culminaram em desastres horríveis tanto para nós quanto para os animais que aqui estão. Muita gente acreditava, inclusive, que essa conta nunca iria chegar. Pois bem: ela chegou, e chegou forte. Muitos são os relatos de animais que estão desaparecendo do planeta, bem como espécie de vegetais que estão entrando em extinção sem nunca terem sido catalogados. Pior ainda a situação dos nossos oceanos, onde 80% da vida marinha sequer foi estudada. Ou seja, precisamos colocar ações sustentáveis em prática antes que seja tarde.
Uma dessas ações consiste no tratamento do esgoto produzido por nós, que chega a índices astronômicos, fazendo com que os nossos solos, rios e mares sejam poluídos por restos industriais, produtos químicos, entre outros malefícios que atingem, diretamente, a vida aquática e também a nós, que fazemos uso dessa água para poder beber, por exemplo.
Já é sabido que grande parte da população brasileira é servida com a coleta de esgoto e o fornecimento de água tratada, embora ainda haja redutos onde a água encanada não chega, precisando os moradores irem buscar água para beber e para realizar as necessidades básicas. Contudo, mesmo aqueles que tem água a disposição, sequer tem ideia se seu esgoto é tratado e mandado novamente para os rios, ou se ele não passa pelo processo de purificação e é jogado diretamente nos leitos aquíferos. E isso é um grande problema.
Em termos técnicos, o tratamento de esgoto nada mais significa que etapas a serem seguidas por uma Estação de Tratamento de Esgoto, que é composta por diversas fases:
Primeiramente, a água suja é transportada por meio de canos para a estação de tratamento. Logo depois, ela é direcionada para o reator anaeróbio de fluxo ascendente, onde essa água passa por um tratamento num reator fechado, com a adição de bactérias que tem por objetivo decompor os materiais orgânicos que, por ventura, estejam vinculados à água. Nessa etapa, a despoluição da água já atinge quase 75%, sendo essa, portanto, uma das fases principais do tratamento.
Logo depois, as bactérias passam a fornecer oxigênio para a água, no qual as bactérias passam a fazer com que os materiais orgânicos passem a ser oxidados. Depois desse processo, a água passa para as baias e velas de infiltração, sendo que a água passa por um filtro subterrâneo no qual é constituído por rochas e areia. A seguir, a água é passada para o processo de flotação, onde uma substância com teor coagulante é adicionado na água, que sofre um processo de pressurização, resultando, nesse processo, bolhas que passam a se unir às partículas tóxicas que ficarão boiando na superfície.
Por fim, a água é levada até o depósito de maturação, onde as bactérias utilizadas para a limpeza da água são eliminadas por um processo de exposição dessa água a raios ultravioleta, que exterminam grande parte dessas bactérias.
Embora seja uma técnica bastante simples de ser executada, muitas pessoas ainda não tem acesso à coleta correta de esgoto: estimativas apontam que mais da metade da população brasileira (algo em torno de cem milhões de pessoas) não tem acesso ao esgoto tratado, o que facilita e muito o aparecimento de doenças, tais como leptospirose, cólera, hepatites, esquistossomose, diarreia, entre vários outros.
Muitos especialistas, porém, acreditam que técnicas mais sustentáveis e baratas, como o uso de plantas, podem ser aplicadas em cidades com menor população. Na cidade de Araruama, no Rio de Janeiro, técnicas utilizando plantas conseguem desinfectar mais de 170 litros de água por segundo.
Quais São Os Riscos Do Esgoto Sem Tratamento?
São diversos. Como já explicitado acima, muitas doenças venéreas podem ser transmitidas pela água contaminada, tais como a leptospirose, hepatite, toxoplasmose, e uma série de outros problemas que podem causar sérios danos à saúde. Outro problema também está relacionado com os animais que podem estar habitando os rios: com o esgoto dentro do rio, os peixes e outros animais podem se contaminar, transmitindo essa doença aos outros e, assim, podendo provocar doenças entre eles e até mortes.
Fora que o esgoto condena todo o rio e um ecossistema, já que, um rio quando é declarado morto, significa que já não reúne mais os requisitos básicos para poder dar suporte à vida como lhe é merecido. Por conta disso, várias espécimes sofrem com os problemas derivados da exposição ao esgoto, bem como alguns problemas relacionados com a falta de estrutura do saneamento.
Um dos rios que mais sofrem com isso no Brasil é o Tietê: mostrado como um rio morto, ele é malcheiroso e inóspito para a presença de vida aquática, condenando não somente os animais, mas os seres humanos em geral a conviver com uma vista feia e de tristeza. Cabe a nós, agora, lutarmos para que mais rios possam ser recuperados e não passem por esse tipo de problema.