O DDT – com o nome científico de Diclorodifeniltricloretano – é um conhecido pesticida que, primariamente, é utilizado no controle de pragas e insetos em lavouras e plantações. No entanto, este tipo de pesticida vem sendo causa de debate entre ambientalistas, cientistas e entidades médicas em todo o mundo há muitos anos. No Brasil, seu uso foi proibido em 1985, e em outros países ele tem o uso proibido há quase um século. Alguns especialistas defendem que o verdadeiro problema com o DDT não é o seu uso, mas sim o seu uso indiscriminado e sem fiscalização, o que poderia causar problemas para o meio ambiente.
A verdade é que o DDT, uma vez utilizado na natureza, não é passível de controle. Ele se espalha facilmente pelo ar, é altamente solúvel em qualquer tipo de água ou gordura, e o pior, pode levar de três a quarenta anos para se dispersar novamente. Isso resulta em um agente químico presente de maneira completamente integral, sem nenhuma parte de sua composição desfeita, por até quarenta anos nas regiões atingidas. Apesar de ser extremamente efetivo no combate a pragas na lavoura, os seus efeitos no ser humano, fauna e flora dos locais onde ele se acumula ainda não pode ser completamente medido. O DDT tem a capacidade de contaminar a pele das pessoas com as quais entra em contato, ficando acumulado ali durante décadas.
A princípio, era argumentando pelos produtores que utilizavam este produto, que ele ficava acumulado, mas, no entanto, não causava nenhum mal visível ao corpo humano. Com o decorrer dos anos, foi comprovado que o DDT pode causar câncer, além de outras doenças graves, ou então causar complicações em doenças já desenvolvidas, ou que venham a se desenvolver depois do contato da pessoa doente com este produto. Houve prova de que o DDT pode se espalhar de maneira preocupadoramente rápida: há alguns anos, foram encontrados resíduos de DDT – que era, até então, ainda usado apenas em alguns países do mundo –, em animais que habitam o Ártico, onde o veneno certamente jamais fora utilizado.
Esse fator causou a maior preocupação já vista até então nesta questão: se o veneno havia chegado até lá, todo o planeta poderia ter sido contaminado. Há uma campanha, que se iniciou já há alguns anos, que tentava coibir todo o uso de DDT no planeta, até o ano de 2007. Em tese, a campanha foi um sucesso – mas sabe-se que, em alguns países, ele continua sendo usado, sem a fiscalização correta, e com o risco de por todo o planeta em perigo.
Absurdo! A que ponto chega o poder capitalista.