Compostos Orgânicos Voláteis

A sigla VOC’s representa os chamados compostos orgânicos voláteis, que significa que na sua composição, eles possuem carbono e para a ebulição precisam chegar na temperatura que varia entre 50 a 260 graus. Podemos citar como exemplo de um composto orgânico volátil o diclorometano, que tem a seguintes sigla: T.E. 41 graus.

Os compostos orgânicos voláteis ou VOC’s estão na lista dos poluentes mais perigosos, alguns dessa categoria não só representam perigo porque são tóxicos como podem ser carcinogênicos. Por isso, é importante que fique claro o quanto é perigoso a inalação desse tipo de composto orgânico. O fato de ficar exposto por um longo tempo a esse tipo de produto pode causar sérios riscos de malefícios a saúde aos seres humanos.

As Principais Fontes de VOC’s

Entre os acabamentos de casa é muito fácil encontrar esse tipo de material, são aqueles sintéticos, tipo vernizes, aditivos de pintura e solventes de tintas. Também podem ser encontrados em produtos usados na limpeza seca, revestimentos, como papéis de parede e carpetes, entre outros materiais decorativos.

O problema piora quando os compostos orgânicos são liberados em ambientes fechados, pois a concentração faz com que o efeito nocivo se intensifique. Lugares como escritórios, escolas e até mesmo dentro de casa, podem fazer com que as pessoas acabem inalando mais do que deveriam desse tipo de material, que voltamos a dizer, é altamente poluente.

Os danos à saúde que os campostos orgânicos voláteis podem causar são muitos, como por exemplo, irritação da garganta, nariz e dos olhos em casos menos grave, com pouca exposição ao composto. Em casos de maior tempo de exposição, pode ocorrer vertigens, náuseas e diminuição da força física.

Na atmosfera, esse tipo de composto chega, através da queima de combustíveis fósseis, como exemplo, do queresone, diesel e da gasolina, entre outros e também são responsáveis pelo surgimento do Smog, que é a chamada neblina de poluição.

A Tinta Uma das Grandes “Detentoras” dos Compostos Orgânicos Voláteis

Você sabia que as tintas usadas para a construção de casas e escritórios representa 80% do volume total do produto vendido no Brasil? Não é só isso, para você ter uma ideia de quanto somos consumidores desse produto, estamos entre os 5 maiores mercados do setor no mundo, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas.

E porque estamos falando de tintas quando o assunto é compostos orgânicos voláteis? Porque eles estão bem dentro dos galões de tinta que compramos para pintar nossa casa. As substâncias nocivas à saúde são levadas para dentro da nossa casa para deixá-la mais bonitinha.

Então, nada de ficar mudando a cor da parede toda hora e levar o perigo de saúde para perto da sua família. Os compostos orgânicos têm pelo menos 1 átomo de hidrogênio e mais 1 de carbono na sua estrutura de molécula e são voláteis por causa do baixo ponto de ebulição. Óbvio, que somado a esses dois se agregam outros compostos, mas saber sobre esses dois é o suficiente para se ter certeza de que se trata de um produto tóxico que faz mal à saúde.

Os Problemas Que a Exposição aos Compostos Orgânicos Podem Causar

Quando uma pessoa fica muito tempo exposta a produtos com compostos orgânicos voláteis ela está sujeira a ter alguns problemas imediatos, como por exemplo, fadiga, cefaleia, irritação nos olhos, depressão, problemas de respiração, danos ao fígado e aos rins, essa pessoa pode chegar a sofrer com câncer.

Falamos das tintas, mas não somente elas podem causar esse problema, porque os compostos orgânicos voláteis estão em outros produtos, como na fumação do cigarro, em muitos artigos de limpeza, em adesivos e muito mais.

No Brasil, uma lei que entrou em vigor em 2008, de número 11.762, determina um máximo para o uso de metis pesados e chumbo nos produtos, que não pode ser superior a 0,06%, para tintas e vernizes.

Os compostos orgânicos voláteis por sua vez são autorregulados pela indústria mesmo, que faz isso, através da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas. Todo esse controle é feito usando como base o que determina as leis que vigoram hoje na Europa. Além disso, foi implantado pela associação, o “Coatings Care”, algumas regras para garantir um produto menos nocivo para o consumidor, respeitando não só a qualidade, mas também o meio ambiente e principalmente a saúde.

Você pode procurar na internet quais são os fabricantes que respeitam esses acordos e as leis. Ou mesmo no site da sua marca preferida, como no caso da Suvinil, que disponibiliza a composição de cada um dos seus produtos na descrição. Normalmente, é escrito “não contém benzeno e metais pesados”.

No caso da Coral, outra fabricante de tintas muito popular no Brasil, também é possível confirar a composição de cada um dos produtos lendo as fichas técnicas, porém, cuidado com as informações genéricas, quando se diz “outros aditivos”, por exemplo.

Nas informações que os fabricantes de tinta disponibilizam no site ao lado de cada um dos seus produtos você pode verificar também qual quantidade de composto orgânico volátil. Um exemplo, Coralar Látex da Coral coloca que o produto tem 1,77 g por litro, mas se você escolher a Coralar Tinta Acrílica, essa quantidade sobe para 7,14 g por litro. Considerando que elas serão diluídas em casa. O pior ainda é a Coral Sol Brilhante que por litro tem 437,09 g e ainda tem solventes.

A dica para quem precisa comprar tinta e está tentando buscar um produto o menos poluente possível é fazer a escolha pelas tintas que são a base de água e jamais de solventes. Além disso, antes de ir até a loja comprar o produto, faça uma pesquisa no site. Fica bem mais fácil escolher em casa, primeiro, usando o critério de menos poluente, menos nociva a saúde da sua família. Outra dica é não comprar tinta além do necessário e também não pintar a parede novamente por causa de uma manchinha. Sempre que der, limpe, para não ter que fazer uma nova pintura.

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Categoria(s) do artigo:
Poluição

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