A cada vez que o assunto poluição – não importa qual tipo – aparece nas televisões, a primeira imagem que a maioria das pessoas tem é o lixo que corre nas ruas em dias de chuva, ou mesmo desabamentos e desastres naturais. O que poucas pessoas sabem, no entanto, é que tal poluição pode contaminar também as fontes de água potável que abastecem cidades e regiões inteiras, e que esta água contaminada pode ir parar na torneira de sua casa, no copo onde você bebe água todos os dias.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgou que pelo menos 2 milhões de pessoas, principalmente crianças menores de 5 anos de idade, morrem todos os anos devido à água contaminada. Esse tipo de contaminação, que pode ser fatal, originando doenças que tanto podem se manifestar na forma de infecções e doenças que atingem suas vítimas rapidamente, ou então, que se prolongam em doenças silenciosas que levam anos para ser notadas, pode acontecer pelas mais diversas razões, e nem todas elas são facilmente prevenidas – é preciso um controle maior sobre as políticas públicas, não apenas no tratamento da água que vai parar nas torneiras, em tese própria para o consumo humano, mas também na poluição que cerca grandes fábricas, ou mesmo depósitos de lixo hospitalar ou biológico: o que pode, de maneira fácil e silenciosa, se tornar em um foco de doenças e contaminação.
Não é incomum que, principalmente em grandes cidades, os habitantes saibam que a água que sai de suas torneiras não é própria para o consumo humano – não sem antes ser fervida ou filtrada. No entanto, evitar tomar este tipo de água – seja pela filtração, ou então com a compra de água engarrafada, é algo que não acontece em todas as casas: em lugares onde a preocupação muitas vezes está em como conseguir a próxima refeição, tentar eliminar poluentes da água acaba por parecer supérfluo, e isso, é claro, atinge muito mais a população menos favorecida financeiramente, como sempre acontece nestes casos.
A água, em tese, já deveria sair da torneira tratada e pronta para o consumo, isso, no entanto, não é sempre o caso. A política pública de saneamento básico mundial precisa ser questionada em breve, e melhor tratada para que o problema de boa parte da população mundial – que ainda vive abaixo da linha da pobreza – não piore a cada vez mais: além de se preocupar com os gastos normais, há a preocupação e gastos com doenças que poderiam ser evitados se os governos fizessem bem feito, serviços que os cidadãos pagam através dos impostos como, tratamento da água que será consumida por eles. Como é seu direito.