O país oficialmente chamado de República do Sudão passa por um processo de industrialização tardia e sua população enfrenta graves problemas econômicos, uma realidade constante nos países do continente africano em especial naqueles situados na África Subsaariana. O PIB (Produto Interno Bruto) é baixo e gira em torno dos recursos naturais e produção agrícola. Destaque para os poços de petróleo.
A delimitação de fronteiras aleatoriamente feita pelos países europeus no ano de 1885 na Conferência de Berlim (para dividir os territórios para exploração dos colonizadores) resultou numa série de problemas de ordem social e étnica no Sudão que persistem até os dias atuais tendo acarretado na independência do Sudão do Sul. A seguir você poderá conhecer mais detalhadamente aspectos da geografia desse país africano.
A Separação do Sudão e do Sudão do Sul
Em janeiro de 2011 os sudaneses decidiram por meio de um referendo, com 99% de votos favoráveis, pela independência do território do Sudão do Sul. Como mencionamos no começo do artigo as fronteiras africanas, em sua maioria, foram definidas pelos colonizadores europeus sem respeito a tradições étnicas e culturais dos povos que ali residiam.
No Sudão especificamente o problema era que no norte a maior parte da população é muçulmana e fale árabe enquanto que no sul estão concentrados grupos cristãos ou animistas. Pelo fato do governo do país estar concentrado no norte, onde fica a capital Cartum, havia um forte sentimento de discriminação pelos grupos étnicos do sul. Estabeleceu-se uma guerra civil de décadas no país com mais de 2 milhões de mortos.
O Sudão do Sul conseguiu sua independência política, porém, também nasceu com diversos problemas para resolver como a falta de estrutura (afinal, foi desdenhado pelo governo central desde sempre), recursos financeiros escassos, uma população de mais de 8 milhões, um território maior do que a Espanha para gerir e a disputa pelo petróleo na fronteiro com o norte. O Sudão era o maior país do continente africano, mas ao ter o desmembramento do sul passou para o terceiro lugar ficando atrás Argélia e da República Democrática do Congo.
Clima do Sudão
Os desertos da Nubia e da Líbia contribuem significativamente para o clima árido dominante na região noroeste do território. No sul o clima que se destaca é o tropical como consequência torna possível a presença de savanas e os seus subsistemas.
Relevo do Sudão
Na região oeste do Sudão está localizado o maciço vulcânico chamado Jebel Marra que consiste num hotspot adormecido classificado como caldeira. O ponto mais elevado recebe o nome de Deriba com seus 3.042 metros de altitude.
Vegetação do Sudão
No sul do Sudão as paisagens predominantes são florestas tropicais e savanas devido ao clima mais favorável. Já nas regiões norte e centro do país a predominância de paisagens é de deserto com destaque para os desertos da Líbia e Núbia que integram o famoso Deserto do Saara.
Hidrografia do Sudão
O Rio Nilo permite que as engrenagens da economia se mantenham girando, pois é nas margens dele que se desenvolvem as atividades de agricultura de subsistência e criação de gado. No Sudão o Rio Nilo é resultado da junção do Rio Branco (originário no Lago Vitória que vem do Sudão do Sul) e do Rio Nilo Azul (que tem sua origem no leste da Etiópia).
As águas desses rios se juntam próximo a capital do país, Cartum, seguindo na direção do Egito originando então o Lago Nasser. As cataratas e corredeiras no percurso do Rio Nilo contribuíram para a construção de usinas hidrelétricas. Em torno do Nilo se concentra a maior parte da população sudanesa. O Mar Vermelho está na costa nordeste do país.