É consenso em praticamente todo o mundo sobre a importância de preservar o nosso meio ambiente, não é mesmo? Pois bem. Seria um consenso unânime se a ganância humana não tivesse a frente de tudo isso. Vários alertas mostram que, se a humanidade continuar nesse ritmo de exploração do meio ambiente, sem um intervalo para que a natureza se recupere, a tendência é que os recursos se esgotem e a humanidade passe por severas crises de abastecimento.
Talvez, um dos principais assuntos relacionados com isso seja, principalmente, o caso do aquecimento global. Esse evento, segundo os pesquisadores e cientistas, está ocorrendo por conta da poluição desenfreada da atmosfera com o terrível gás carbônico, que é proveniente dos escapamento dos veículos e das chaminés das fábricas, bem como, também, das flatulências de diversos ruminantes, como o gado.
Um dos malefícios do aquecimento Global é, justamente, o problema que ele causa na atmosfera: a camada de ozônio, que fica envolta do nosso planeta, nos protegendo dos raios UV que vem do Sol, acaba “perfurado”, o que faz com que a temperatura da superfície do nosso planeta aumente a níveis muito preocupantes.
Além disso, as mudanças climáticas também causam desequilíbrios em locais que nunca se imaginaram acontecer isso: as nossas geleiras, que estão nos polos Sul e Norte, estão começando a apresentar um princípio de derretimento que não se via há muitos e muitos anos. Um outro problema que vêm assolando os mares e lagos naturais é, justamente, a falta de chuvas que possa repor a água que se perde por conta da evaporação da água. Um desses mares é o Mar Morto.
E, aqui nesse artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre esse lugar que é histórico, bem como, também, vai saber sobre as bolaines e os problemas que estão juntos com elas. Confira:
O Mar Morto
O Mar Morto é um dos principais mares do Oriente Médio. Conhecido por ser um lago salgado, ele possuí mais de 650 quilômetros quadrados de área, com um comprimento que atinge os 50 quilômetros de comprimento e uma largura de quase 20 quilômetros, o lago já foi muito maior: em 1930, quando as monitorações sobre o lago começaram, de fato, ele tinha mais de mil quilômetros quadrados de extensão.
O nome “Mar Morto” se dá por conta da sua alta salinidade, que contribui para a inexistência quase que completa da vida aquática por lá, tendo lugar para sobreviver apenas alguns tipos de bactérias e de algas. É uma atração turística, onde as pessoas conseguem boiar sem fazer muito esforço, devido à grande concentração salina deste lago.
Tendo como principal rio que deságua em suas águas o Rio Jordão, para se ter noção do tanto que a água é salgada, qualquer peixe que for desaguado no leito do Mar Morto morre quase que instantaneamente. Outra comparação: nos oceanos, há uma concentração de 3g por 100 ml de água. No Mar Morto, essa concentração sobe mais de 10 vezes: 35g por cada 100 ml de água.
De acordo com pesquisas, entre os anos de 1954 e 2014 o Mar Morto perdeu mais de 35% de sua área, e isso se deve, em sua maioria, por conta do Rio Jordão. Mas, calma, não é culpa dele: por ser a única fonte de água doce da região, a sua extração desmedida pelos seres humanos, contribuída pela natural evaporação de água do Mar Morto fez com que o cenário atual se instalasse. Além disso, empresas que são especialistas em retirar vários tipos de minerais do rio, como potássio, também estão contribuindo para o desaparecimento do mítico lago.
Recuperação
Em 2013, autoridades de vários países ao entorno do Lago, como Jordânia, Autoridade Palestina e Israel tentaram traçar um plano para que o lago pudesse resgata a sua imponência de outrora: o plano consistia na transferência de água do Mar Vermelho, um dos principais do Oriente Médio, para abastecer o Mar Morto. Porém, ambientalistas já estão divergindo do fato: muitos acreditam que essa medida, feita às pressas, pode acabar com o ecossistema do Mar Morto, já que ele recebe água apenas do Rio Jordão, e não de um mar aberto, como é o caso do Mar Morto.
A formação do Mar Morto se dá com diversas teorias. A mais aceita diz que o Mar Morto se formou há mais de 18 mil anos, quando a ligação mantida com o Mar Mediterrâneo secou, fazendo com que o sal presente se depositasse em uma enorme bacia. Esse é, portanto, o início do Mar Morto.
O Mar Morto Na Bíblia
O Mar Morto sempre foi retratado como um dos principais cenários da Bíblia, que é o livro mais vendido de todo o planeta. Além de fazer referências a diversos fatos históricos, como, por exemplo, a existência de cavernas com moradores no entorno do lago milhares de anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Além disso, a bíblia mostra que houve um certo cultivo de diversos tipos de alimentos ao entorno, como é o caso do Caqui e de outros itens agrários.
O Que São Bolaines?
Os bolaines nada mais são do que o resultado do “secamento” do Mar Morto: durante muito tempo, com a exploração mineral no entorno do lago, bem como na extração de água do Rio Jordão e de afluentes menores do Mar Morto, a água passou a rarear em alguns locais, formando verdadeiros lagos secundários, que passaram a ser chamados por bolaines.
Eles, apesar de ser fruto de um trágico desabamento ecológico, estão sendo estudados para se tornarem reservas de visitação turística, pois, geralmente, as águas que ficam em seus interiores geralmente tem uma coloração bastante agradável, fazendo com que diversas pessoas tenham vontade de visitação. Por conta disso, muitas pessoas estão reivindicando o direito de explorar economicamente esses locais.
O problema é que, quando os bolaines são expostos, camadas de sal protegidas a milhares de anos vêm a tona e, com sua exposição e sua extração, pode acabar fazendo com que grandes desabamentos de terra aconteçam, abrindo crateras cada vez maiores, expondo, assim, mais camadas de sal que foram pacientemente depositados com o passar dos anos.