Quando falamos em concentração de gases na atmosfera estamos fazendo referência ao tão falado “efeito estuda na atmosfera”. A péssima notícia em relação ao assunto é que em 2013, segundo dados que foram divulgados em meados de 2014, a concentração de gases na atmosfera atingiu níveis recordes.
Dentre os gases o que mais contribuiu para esse aumento foi justamente o mais nocivo deles, o gás carbônico. Esses são dados que foram publicados em setembro de 2014, pela Organização Meteorológica Mundial, a OMM, que tem sede em Genebra.
Sobre o Aumento na Concentração de Gases na Atmosfera
Os dados podem se tornar ainda mais alarmantes se verificarmos que o aumento da concentração de gases na atmosfera, neste caso, o que subiu mais, o gás carbônico foi 142% maior do que aquele observado na época da revolução industrial. O que obviamente, naquela época, teve um número altamente significativo.
Não foi só o gás carbônico que registrou altos níveis, o óxido nitroso subiu em 253% e o metano em 121%, esse dados são da agência de Meio Ambiente das Nações Unidas.
Esse aumento na concentração de gases na atmosfera representa um problema que pode se tornar cada dia maior, que são as mudanças bruscas nas condições meteorológicas, que já observamos nos dias atuais. Segundo especialistas, elas vão se tornando em grande escala principalmente, por causa do uso de combustíveis fósseis.
Desde 1984, o aumento de gás carbônico não era tão grande como entre 2012 e 2013, diz o relatório. Enquanto na verdade, deveríamos estar fazendo o contrário, reduzindo ao máximo, os gases para não aumentar o efeito estufa.
Os números negativos e as conclusões não param por aí, ainda de acordo com o documento, entre os anos de 1990 e 2013, a força radioativa aumentou em 34%, aumentado o clima sobre os gases que provocam o efeito estufa. São eles: o óxido nitroso, o metano e o dióxido de carbono.
A Concentração de Gases na Atmosfera e a Vida Marinha
Não é mais novidade para ninguém o grande problema que essa concentração de gases nocivos na atmosfera provocam. Além disso, os responsáveis pela pesquisa apontam um fator que faz do problema ainda maior, o efeito acumulativo. Quanto maior a concentração, maior o aquecimento global e isso influi diretamente na vida marinha, porque os oceanos acabam acidificados.
Para se ter uma ideia de quanto a concentração de gases na atmosfera prejudica a vida no mar, o oceano fica com 25% de tudo o que é emitido de dióxido de carbono. O que gera impacto direto na vida do mar.
Todo esse percentual acaba modificando o ciclo natural dos carbonatos marinhos e com isso a água torna-se ácida. Para se ter uma ideia, diariamente, os oceanos ficam com 4 quilos de dióxido de carbono que é emitido no planeta.
Uma vez nas águas, ele durá centenas de anos, mais até do que o que dura na atmosfera. No relatório, concluiu-se que o nível de acidez atual dos oceanos é maior do que em 300 milhões de anos atrás. Todos os organismos marinhos sofrem com essa mudança na qualidade da água, especialmente, as algas e os corais.
Claro, sem esquecer o que os seres humanos vem sofrendo com as mudanças inesperadas do clima. O que se vê nos últimos anos é um contínuo registro de fenômenos naturais que devastam cidades, deixando um rastro de destruição e mortes. Sem falar na qualidade de vida das pessoas e nas doenças que são provocadas por um ar não puro.
Alemanha: Um dos Maiores Poluidores do Mundo Não Cumprirá Acordo
Os países desenvolvidos estão na lista dos maiores poluidores do mundo e para conter esse problema, uma série de acordos são criados ao longo do tempo. Porém, a Alemanha, que deveria reduzir os gases que provocam o efeito estufa até 2020, avisou, através do seu Ministério do Meio Ambiente, em 2014, que certamente não conseguirá cumprir a meta.
O acordo previa que o país europeu até 2020 conseguisse reduzir em 40% a emissão de gases poluentes, com base nos dados de 1990. Porém, a estimativa é que ela mal conseguirá chegar a redução de 33%.
Para alemãs ligados diretamente às questões ambientais, o país só não vai conseguir atingir a meta porque não está verdadeiramente comprometido com as questões climáticas. Segundo os críticos, quando era somente chanceler federal, Angela Merkel era uma grande defensora do assunto na Europa, mas depois que assumiu a presidência do Conselho da União Europeia, o que aconteceu em 2007, não lutou pelo o que defendia.
Para alguns deputados da Alemanha não só não houve avanço, como se retrocedeu, como no caso da matriz energética. O país ainda tem em pleno funcionamento termelétricas movidas a carvão. O pior que isso é que não existe nenhum prazo para desativá-las.
O crescimento da Alemanha, que foi de 2% em 2013 e a previsão de crescimento nos anos seguintes seria uma sinal de que a situação ainda pode piorar, no que diz respeito a emissão de gases poluentes.
O Que Diz a WWF Sobre a Alemanha
A organização ambientalista WWF ainda é mais pessimista do que os alemãs. Segundo eles, em 2020 é provável que o país fique pelo menos a 10,7% da meta que foi estipulada para diminuir as emissões de gases na atmosfera.
A Europa como um todo, por sua vez, pensa em reduzir somente 20% até o fim da década, enquanto a Alemanha tinha metas mais ambiciosas, de chegar a 40% de redução e para 2030, 55%.
A má notícia de que a meta não seria atingida foi anunciada no mesmo dia que saiu o relatório da WWF sobre as termelétricas de carvão. As cinco maiores poluidoras da Europa tem um único endereço, a Alemanha.
Ambientalistas que comentaram os relatórios afirmam que o carvão é um grande problema para uma mudança de matriz energética. Apesar de esforços para redução dos níveis de gases poluentes, o problema está longe de ser resolvido.
Uma dessas termelétricas que aparecem no topo da lista das mais poluentes, por exemplo, conseguiu reduzir em um ano, a produção de 9 milhões de toneladas de carbono nas suas instalações, mesmo assim, o problema persiste.