Nos últimos 25 anos observou-se que o Brasil está avançando quando o assunto é desmatamento da Floresta Amazônica. Os dados foram possíveis graças ao monitoramento constante e mostram que esse perda é na maioria dos casos, consequência das ações como a implementação do Programa Cálculo do Deflorestamento da Amazônia, que foi lançado em 1988. Outro responsável por essa degradação da Floresta Amazônica foi observado através do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real, que começou a ser monitorado em 2004.
Porém, além do desmatamento, outro problema apontado como grave é a degradação florestal, que não atinge somente a floresta Amazônica, mas muitas outras áreas do Brasil.
Pesquisa Revela Dados Alarmantes Sobre a Degradação Florestal
Segundo pesquisadores de várias empresas que observam e analisam o meio ambiente no Brasil, como Embrapa, Inpe e com a ajuda da Nasa e do Instituto Max Planck da Alemanha, entre outros, é necessário “interpretar” o desmatamento na Amazônia, porém, não se pode perder de vista a degradação das florestas. Segundo eles, esse segundo problema também causa grandes problemas ecológicos, tanto na conservação da biodiversidade quanto no armazenamento de carbono.
Os estudiosos mostram a diferença entre a degradação florestal e o desmatamento, que eles observam que esse segundo é caracterizado pela o corte raso de árvores, o que afeta diretamente a paisagem da região Amazônica.
No caso da degradação florestal o que se tem é que uma floresta perde a sua capacidade de fazer o que está no seu DNA, como por exemplo, ajudar no equilíbrio do clima. Esse seria somente um dos problemas causados pela degradação florestal.
Para os pesquisadores, a degradação florestal está entre a floresta intacta e aquela que se transformou em lugar para pastagem. Necessariamente, não precisa ter sido desmatada por completo, porém, já representa um problema.
Quando estamos diante de uma floresta degradada, ela não possui a biodiversidade que deveria e nesm mesmo o carbono, pois de certa forma foi atingida. Para que ela se recupere e volte a ser o que era são necessários entre 20 e 30 anos.
Diferenças Entre os Processos de Desmatamento e Degradação
Os pesquisadores destacam o fato de que o desmatamento é mais evidente, fácil de identificar, principalmente, graças as novas tecnologias, os satélites que são usados. Porém, no caso da degradação é mais complexo, pois é um processo sutil, que vai acontecendo a longo prazo e para identificá-lo é necessário está acompanhando de perto.
Sem essa análise contínua, segundo os estudiosos, fica impossível estimar quantas florestas estão degradadas. Seria importante ter esses dados para avaliar e começar a agir no sentido de regenerar essas áreas.
A Degradação Florestal na Amazônia
Pela primeira vez em agosto de 2014, o Inpe divulgou o mapeamento que foi feito de degradação florestal na floresta Amazônica. São dados que foram obtidos nos anos de 2011, 2012 e 2013, graças ao projeto Mapeamento da Degradação Florestal na Amazônia Brasileira.
Eles conseguiram, usando as imagens de satélite, identificar áreas que a degração florestal estava em progresso, neste caso, foi possível porque a análise era da exploração seletiva de madeira. Em alguns casos, eles usam fogo e em outros não, mas o corte raso não é feito.
Segundo os dados divulgados em agosto de 2014, felizmente a degradação nesse período foi a menira desde que deram início ao trabalho de monitoramento. Porém, os pesquisadores reafirmam a necessidade de fazer o trabalho em toda área brasileira.
Eles ainda ressaltam a dificuldade de realizar o mesmo trabalho em outras áreas brasileira, como por exemplo, no cerrado, cuja vegetação é mais aberta e arbustos e árvores apresentam maior sazonalidade. Neste caso, o trabalho de identificação da degradação fica muito mais complicado.
A boa notícia é que já existem alguns trabalhos no sentido de melhorar o monitoramento dessas áreas de degradação florestal em outros lugares e não só na floresta Amazônica.
Os Avanços Para Evitar a Degradação Florestal no Brasil
Somente com um trabalho sério e principalmente com monitoramento que será possível evitar que mais áreas tenham as suas florestas degradadas no Brasil. Neste sentido, a boa notícia é que o SFN, Serviço Florestal Brasileiro, está conseguindo avançar no que diz respeito a esse trabalho. Está sendo feito um inventário e os resultado serão agregados ao sensoriamento remoto, dessa forma se conseguirá monitorar a degradação florestal em vários pontos do Brasil.
O monitoramento integrado é uma realidade, os Estados Unidos é um dos países a usar esse tipo de sistema e é justamente seguindo esse exemplo, que o Brasil pretende desenvolver a técnica.
Segundo os pesquisadores brasileiros, monitorar a degradação florestal com dados integrados torna o trabalho muito mais eficiente do que usando apenas as informações coletadas pelo satélite ou através do inventário de florestas.
Além de servir para evitar que esse processo nocivo para o país e o mundo continue, os dados do monitoramento servirão para que o Brasil junto com outros países em desenvolvimento criem estratégias para ter de volta um boa área coberta pelas florestas. Além de pedir compensações financeiras aos responsáveis pela degradação florestal.
Ainda não é possível falar como será feito o controle da degradação florestal no que diz respeito ao respasse das informações e como usar o que se coleta para evitar as causas. Pois, a degradação florestal pode ser consequência da ação humana, do período de seca ou até mesmo de uma pertubação natural.
Para alguns cientistas a degradação florestal fará com que em um ponto as florestas não sejam mais capazes de continuar exercendo as suas funções. O que representará um sério dano ao meio ambiente e para as pessoas. Isso aconteceria a longo prazo. Porém, outros cientistas otimistas dizem que é possível recuperar as funções completamente das florestas. Isto é, reverter a degradação florestal.
Os estudiosos alertam ainda que não se falará sobre as negociações voltadas para o tema do clima que tomam conat do cenário internacional. Segundo eles, colocar o assunto em pauta pode fazer com que o processo de monitoramento da degradação florestal se complique, se dificulte. Porém, somente aqueles países que concordarem que fazem parte dos que sofrem com a degradação florestal é que poderão entrar em um consenso para reverter a situação.