A caça e o desmatamento ilegal consistem em atividades humanas que afetam de forma direta a vida dos animais. Desmatar significa o mesmo que perder o habitat, ao passo que caçadores atacam para extrair matéria prima para produzir cosméticos, conforme afirma informações colhidas no site do IBAHIA.
O estudo londrino aponta que parte das espécies que vivem no que restou na Mata Atlântica pode sumir. Os campeões de ameaça são os preguiça-de-coleira e as baleias. Na segunda posição da demanda dos caçadores está o peixe-boi por causa do consumo de carne da população ribeirinha. A espécie tem papel importante no desenvolvimento da qualidade solo aquático. Na sétima posição está a Cachalote, procurada para ser induzido o vômito e por consequência retirar o âmbar.
O indicador da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) demonstra que o Brasil consiste na nação do mundo com maior devastação de áreas verdes, o que pode resultar em danos às espécies de animais mamíferos que ainda não foram descobertos por cientistas. Entre os anos de 1999 e 2010 foram desmatados do país números acima dos 55 milhões de hectares. Resta apenas sete por cento da constituição original da Mata Atlântica.
Existem séries de animais mamíferos que correm sério risco de extinção e merecem a atenção de toda sociedade brasileira. De acordo com pesquisa realizada em Londres pelos Pesquisadores da Sociedade Zoológica existem espécies brasileiras que se sumirem podem prejudicar a diversidade mundial em níveis consideráveis.
Preguiça de Coleira
Se na lista mundial está na 61° posição, lidera o ranking brasileiro. Durante o período de evolução as preguiças não conquistaram a capacidade de serem velozes e ágeis no sentido de escapar dos ataques dos predadores. A principal estratégia para se defender consiste na camuflagem. Gavião penacho, harpia e certos felinos são os principais predadores da natureza.
Por causa dos tons da pelagem as espécies se escondem nos galhos e se tornam quase invisíveis. Outro aspecto de defesa está na capacidade de girar o tronco em no máximo 270 graus e por consequência ter visão panorâmica dos arredores. Na prática a estratégia de observação se mostra ineficiente contra o principal predador da atualidade, o ser-humano, seja por atitudes diretas (caça) ou indiretas (queimadas e florestas fragmentadas).
Em virtude das poucas armas de defesa e liderança nas listas de espécies ameaçadas no Brasil existe alta pressão por parte dos ambientalistas para o governo aumentar o poder de proteção à espécie.
No Brasil ou ao redor do mundo, todas as espécies de bichos-preguiça estão em risco de extinção por que diminui o número de florestas. A Mata Atlântica está repleta de exploração que acontece com alta velocidade em busca da extração de madeira, celulose, carvão vegetal e pasto para gatos.
O avanço das fronteiras agrícolas traz alterações ambientais que determinam os fragmentos do ambiente por reflexos de extinção local e degradação das populações de fauna e flora.
Sob a ótica dos bichos-preguiças vale dizer que o fato de andarem de modo lento na mata para buscar alimento facilita a captura e predação. Com o fim das florestas a alimentação fica escassa e por consequência traz lesões no aparelho digestivo, o que pode levar à morte com frequência.
Mesmo com a espécie presente em menos de oito áreas protegidas de modo oficial, existe a probabilidade de parte de a população continuar viva por causa do alto nível dos esforços em preservar o Bioma da Mata Atlântica.
Diversos críticos discutem os planos para preservar, com parte da crítica contra as ações que visão pouco esforço. Porém, também há esforços para conservar que são patrocinados por Núcleo Mata Atlântica, a Fundação SOS Mata Atlântica, Ministério Público do Estado da Bahia, entre outros.
Existem também projetos da WWF que atua em conjunto com as comunidades para sensibilizar a população da importância em investir e proteger o rico bioma que não possui nem mesmo a décima parte do que já foi antes da colonização dos portugueses.
A CI (Conservation International) também apresenta esforços para conservar ao explorar o ecoturismo como uso de educar os visitantes e fornecer renda alternativa aos moradores para transformar as áreas das florestas e regiões agropecuárias.
Próxima à Reserva Biológica da UNA foi construída a paragem sob o dossel desenvolvido aos bichos-preguiça no ano de 1998. A Reserva possui objetivo de defender e vigiar 4,5 mil hectares para a translocação de espécies que vivem em zonas agrícolas ou urbanas para locais protegidos e com hábitat preparado para se desenvolverem e saírem da lista de risco em extinção.
Monitoramentos extensivos de pós-locação são feitos para prover informações importantes sobre o bicho-preguiça-de-coleira. A população tem a disposição ampla rede de informações sobre as espécies.
Não se pode ignorar o fato de que as tentativas de reproduzir as espécies em cativeiros não se revelaram de forma sucedida. Isso acontece porque os animais não conseguem viver além do que poucas semanas quando regressam ao ambiente natural. Por esse motivo que existem projetos de pesquisa que se direcionam para entender as relações entre diferentes gêneros.
Desde o mês de janeiro de 2003 o “Núcleo de Biodiversidade do Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia” desenvolve o projeto “Ecologia da preguiça-de-coleira no sul da Bahia”, que se enquadra de modo direto em redes de pesquisas nos núcleos de biodiversidade.
Primatas em Perigo!
De 633 espécies e subespécies de primatas do mundo cuja conservação dos estados está conhecida, mais da metade se classifica como ameaçadas de extinção na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN.
As principais ameaças aos primatas incluem a destruição do habitat, o desmatamento e queima de florestas tropicais, bem como a caça para alimentação e do comércio ilegal de animais silvestres.
Ambientalistas esperam que o novo relatório ajude a destacar a situação de alguns dos primatas mais ameaçados de extinção. Por exemplo, uma das espécies da lista, o Tarsier espectral, apenas ficou conhecido a partir de espécimes de museu, quando poucos indivíduos foram capturados em 2008.
As poucas populações remanescentes estão fragmentadas, isoladas e sob a ameaça de invasão humana e conflito armado. O Tarsier espectral é o menor dos primatas menos conhecidos do mundo!
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier