Supercontinente que existiu durante as Eras Mesozoica e Paleozoica, ambas formadas a mais de 300 milhões de anos. Começou quebrar em torno de 200 milhões de anos. O nome “Pangaea” é derivado do grego “pan” que significa “inteiro”, e Gaia, significado de “terra”. Nome cunhado durante simpósio de 1927, quando foi discutida a Teoria da Deriva Continental de Alfred Wegener.
Evidências Científicas De Pangeia
Evidência fóssil para Pangaea inclui a presença de espécies similares e idênticas em continentes que na atualidade estão distantes. Certos achados foram encontrados na África do Sul, Índia e Austrália, cuja distribuição teria variado entre o círculo polar do equador e os continentes que estão na posição atual.
Evidência adicional para Pangaea é encontrada na geologia dos continentes adjacentes, incluindo tendências geológicas entre a costa leste da América do Sul e a costa ocidental da África.
A calota de gelo polar do Período Carbonífero cobria o extremo sul de Pangaea. Depósitos glaciais da mesma idade e tipos de estrutura são encontrados em vários continentes distintos, juntados no continente.
Estudo paleomagnético de aparentes caminhos errantes polares também apoia a teoria de supercontinente. Geólogos podem determinar o movimento das placas continentais, examinando a orientação de minerais magnéticos nas rochas.
Quando as rochas são formadas elas assumem as propriedades magnéticas da Terra e indicam a direção em que os polos se encontram em relação à rocha. Uma vez que os polos magnéticos derivam sobre os de rotação com período de apenas alguns milhares de anos, as medições de numerosas lavas abrangendo vários milhares de anos são calculadas para dar posição polar aparente.
As amostras de rocha sedimentar e ígnea têm orientações magnéticas que são médias das “variações temporais” na orientação do norte magnético. Isso porque os campos magnéticos não se formaram em um instante, tal como é o caso de uma lava de arrefecimento.
Diferenças magnéticas entre grupos de amostras cuja idade varia de milhões de anos se deve a uma combinação polar e à deriva dos continentes. O verdadeiro componente polar é idêntico às amostras e pode ser removido, deixando geólogos com a parte do movimento que demostra a deriva continental. As análises ajudam a reconstruir posições continentais anteriores compostas no globo terrestre.
A continuidade de cadeias montanhosas fornece evidência adicional para Pangaea. Exemplo está na zona de Apalaches que se estende desde o nordeste dos Estados Unidos à Irlanda, Grã-Bretanha, Groenlândia e Escandinávia.
Quais As Principais Fases Do Pangeia?
01-Período Jurássico: Pangeia começou com a fenda do oceano no leste do Pacífico, dando origem ao supercontinentes Laurásia e Gondwana. As movimentações tiveram lugar entre a América do Norte e África e produziu fendas. Uma brecha resultou em um novo oceano: Atlântico Norte.
O Oceano Atlântico não abriu de modo uniforme. A rachadura começou no centro-norte. Atlântico Sul não tinha aberto até o Cretáceo, quando Laurásia iniciou o giro no sentido horário e se moveu à América do Norte e Eurásia ao sul.
O movimento no sentido horário da Laurásia levou ao fechamento do oceano. Enquanto isso, do outro lado de África e ao longo das margens adjacentes ao leste, Antártida e Madagascar, novas fendas foram formadas à formação da parte sudoeste do Oceano Índico.
02-Período do Cretáceo Inferior: A segunda fase importante na ruptura da Pangeia começou no Cretáceo Inferior (150-140 Ma – Milhões de anos), quando o supercontinente de Gondwana foi separado em vários continentes (África, América do Sul, Índia, Antártida e Austrália).
Cerca de 200 Ma, o continente da Ciméria colidiu com a Eurásia. No entanto, certa zona subducção formou o cume responsável por expandir o oceano. Ao início do Cretáceo o Atlântico se formou na América do Sul e África, separado de Gondwana a Leste (Antártida, Índia e Austrália), provocando a abertura sulista do Oceano Índico.
No Cretáceo Médio, Gondwana se fragmentou a abrir para o Oceano Atlântico Sul. América do Sul começou a se mover para o oeste fora da África. Atlântico Sul não se desenvolveu de maneira uniforme, mas de modo passivo, do sul para norte.
Além disso, ao mesmo tempo, Madagascar e Índia começaram a se separar da Antártica e à mudança ao norte, abrindo o Oceano Índico. As duas nações estavam separadas umas dos outras em 100-90 Ma, no Cretáceo Superior.
Em termos geográficos a Índia continuou a se mover em direção ao Norte da Eurásia, com 15 centímetros fechados ao sul, enquanto Madagascar parou e ficou bloqueada pela placa africana. Nova Zelândia e Nova Caledônia começaram a se separar da Austrália e se moveram ao leste em direção ao Pacífico para abrir o Mar de Coral e Mar da Tasmânia.
A terceira e final grande fase da Pangeia ocorreu no início do Cenozoico (Paleoceno ao Oligoceno). Laurásia se separou quando a América do Norte / Groenlândia (também chamada de Laurentia) se libertou da Eurásia e abriu o Mar da Noruega, em cerca de 60-55 Ma. Os oceanos Atlântico e Índico continuaram a expansão!
A Austrália se separou de Antártida e se moveu de modo rápido para o norte, assim como a Índia tinha feito, quarenta milhões de anos antes. Está em curso de colisão com a Ásia oriental. Austrália e Índia se movem a nordeste em cerca de cinco a seis centímetros por ano.
Antártida ficou próximo ao Polo Sul desde a formação da Pangaea, cerca de 280 Ma. Índia começou a colidir com a Ásia e se formou no Himalaia. A placa africana mudou de direção, de oeste para noroeste, rumo à Europa e América do Sul, que se locomovem em direção norte, se separando do campo antártico e permitindo a circulação oceânica completa em torno da Antártica pela primeira vez na história.
Esse movimento, junto com a diminuição da concentração de dióxido de carbono na atmosfera, causou resfriamento rápido das geleiras da Antártida. A glaciação se fundiu nos lençóis de gelo com extensos quilômetros de espessura, como os vistos no início do século XX. Outros grandes eventos aconteceram durante o Cenozoico, incluindo a abertura do Golfo da Califórnia, elevação dos Alpes e a abertura do Mar do Japão.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier