O Continente Asiático
O continente asiático é o maior continente do mundo com mais ou menos 44 milhões de quilômetros quadrados, algo que corresponde a quase um terço de todas as terras emersas do nosso planeta. Esse continente gigantesco está limitado com ao Norte com o Oceano Glacial Ártico, a Leste com o Oceano Pacífico, a Sul com o Oceano Índico e a Oeste com o Mar Vermelho.
Localizado a Leste do Meridiano de Greenwich está quase que totalmente no hemisfério Norte. Apenas uma parte das ilhas meridionais da Indonésia ocupam o hemisfério Sul. O continente se estende de 10° de latitude Sul a 80° de latitude Norte e é cortado por 11 fusos horários.
Em relação as suas zonas climáticas a Ásia ocupa todas as áreas do hemisfério Norte que são polar, tropical, equatorial e temperado. Um dos elementos que mais chamam a atenção no que diz respeito a esse continente são os seus desertos. Conheça os principais desertos asiáticos agora.
O Deserto de Thar
Esse deserto está situado mais ou menos entre os 22° e 32° graus de latitude norte e ocupa a parte da região noroeste da Índia, estende-se um pouco pela região oriental do Paquistão. Um deserto quente e que tem baixa latitude, uma curiosidade é que ele apresenta grandes semelhanças aos desertos que ficam no norte da África e da península árabe.
A sua área se estende por cerca de 805 km de comprimento e por mais de 485 km de largura. Um terreno formado por colinas de areia onduladas dentre as quais emerge uma vegetação dispersa que é acompanhada por elevações rochosas. O Deserto de Thar é o das monções.
O seu sistema de ventos muda bem frequentemente entre as estações devido as suas grandes variações de temperatura entre os oceanos e o continente. Devido a essa condição o índice pluviométrico varia entre 127 e 254 mm / ano. Essa quantidade de chuvas é distribuída durante a estação das monções e a sua temperatura pode alcançar os 52°C em meados do mês de julho.
Os Desertos Frios Asiáticos
Os desertos conhecidos como desertos frios asiáticos abrangem quatro regiões principais e cada uma possui quatro subdivisões que cobrem coletivamente uma área extensa.
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Kara Kum (Ásia Central)
O deserto que é chamado “areias negras” se estende por uma área imensa de 471.250 quilômetros quadrados que fica entre o Mar Cáspio e o Amu Darya.Ocupa mais de 70% da área do Turcomenistão. Três quartos do seu território são constituídos por areia que pode ser encontrada solta, aos montes ou em dunas migrantes.
Essa areia foi trazida das montanhas pelos rios durante a era glacial quando o índice pluviométrico era maior e a sua evaporação menor favoreceu a formação de rios mais volumosos.
Kyzyl Kum (Casaquistão e Uzbequistão)
O deserto de “areias vermelhas” fica situado no nordeste do rio Amu Darya e apresenta uma extensão de mais ou menos 298.000 quilômetros quadrados. A sua área é composta por um grande mosaico complexo e variado de paisagens dentre as quais estão alguns oásis, platôs cobertos por uma mistura de cascalho e areia e também planícies cobertas de areia vermelha que foram a origem do seu nome em turquestano.
O Deserto de Gobi (Taklamakan (na China))
Desde a pré-história o Deserto de Gobi tem sido a terra dos povos nômades, um lugar um tanto inóspito que varrido pelo vento, muito frio no inverno e muito quente e seco durante o período de verão. Os nômades que vivem nessa região percorrem a região com seus rebanhos de carneiros e cabras.
A área aproximada desse deserto é de 1.295.000 quilômetros quadrados e forma uma região de serras e bacias que é pontilhada cm alguns vales e serras intercalados nelas. O extremo leste desse deserto vai até o Mar Cáspio e estende-se numa região que é vasta e interrompida em certos pontos por alguns dos seus maiores espinhaços de montanha.
Negev (Sul de Israel)
O Deserto de Negev ocupa cerca de 60% do território de Israel. Localizado no Sul de Israel tem como maior cidade Berseba. A população do Negev é composta em grande parte por judeus e por uma minoria de beduínos nômades e sésseis. Nesse deserto está localizado o Centro de Pesquisas Nucleares de Neguev.
Deserto da Judéia (Leste de Israel e da Palestina)
Fazendo fronteira com a Montanhas da Judeia no oeste e com o Mar Morto no leste o Deserto da Judeia é um dos mais conhecidos da Ásia. Considerado um deserto relativamente pequeno, para se ter uma ideia ele conta com apenas 1500 quilômetros quadrados.
Porém, ele contêm muitas reservas naturais, sítios históricos, monastérios e outros atrativos que o transformaram num dos desertos mais interessantes de visitar. Um lugar com muitas paisagens inspiradoras e que está mudando constantemente. Os penhascos, montanhas e montes estão lado a lado de planaltos, canais profundos e leitos de rios.
Em toda a sua largura o deserto da Judeia é cortado por muitos rios que criam canais de até 500 metros de profundidade. Alguns desses rios têm água o ano todo e acabam criando oásis como Nahal Prat, Nahal Arugot e Nahal David. Os penhascos antigos ficam na extremidade oriental do deserto e se elevam numa altura de 300 metros acima da praia do Mar Morto.
O Deserto da Judeia é relativamente pouco habitado e está localizado próximo a Jerusalém. Esse deserto é conhecido pela sua paisagem dura que forneceu um bom refúgio e esconderijo para rebeldes e zelotes no decorrer da história. Também foi o cenário do isolamento e solidão dos monges eremitas.
Durante os dias do macabeus (cerca de 2000 anos atrás) foram estabelecidas grandes fortalezas no deserto como Massada e Horkenya. No período da grande rebelião judaica contra Roma a última batalha dos zelotes judeus foi disputada em Massada. Durante o período do Segundo Templo os membros desse grupo viveram ali.
Há algumas décadas foram encontrados os Pergaminhos do Mar Morto que estavam escondidos numa caverna em Qumran e esses ensinaram muito sobre o Bíblia e o período durante o qual foram escritos. Um deserto que tem um grande valor histórico além de contar com lindas e inspiradoras paisagens.