Os Romanos e Seus Caminhos
Atualmente, encontramos caminhos e possibilidades para chegar a qualquer lugar do mundo. Mas, num tempo mais remoto era comum a expressão: “todos os caminhos levam a Roma”. Isso porque a cidade dos césares era o centro das atenções do mundo e também porque havia a grande tradição de construção de estradas por esse povo.
Para se ter uma ideia no século 1 (o Império Romano ia da Bretanha (a Inglaterra atual) a Pérsia (no atual Irã) nessa época) Roma tinha nada menos do que 80 mil qulimoetros de estradas de acordo com pesquisadores especializados na civilização antiga.
Porém, saiba que as vias romanas não eram como as estradas de hoje em dia e nem mesmo os seus objetivos eram os mesmos. Essas estradas não eram construídas para o transporte de pessoas ou de cargas. As estradas, que eram chamadas de cursus publicus, eram um meio de comunicação pelo qual os mensageiros levavam as ordens de um lado a outro no Império.
O correio do Império Romano era muito eficiente chegando a percorrer até 270 quilômetros em apenas um dia. Essa marca não foi superada na Europa até o século 19.
Os Romanos e Seus Caminhos
Os Romanos e a Engenharia Rodoviária
Se um povo contribuiu para o desenvolvimento da Engenharia Rodoviária no mundo esse povo foi o romano. Os romanos levaram essa engenharia ao seu ápice na antiguidade, eles desenvolveram grande parte da tecnologia empreendida em anos remotos do mundo.
No auge do poder do Império Romano foram construídos cerca de 85.000km de estradas que era usadas para ligar a capital às fronteiras que ficavam mais distantes. De Roma irradiavam 29 grandes estradas de uso militar, podemos destacar a via Ápia que se estendia por incríveis 660km..
Os historiadores ainda encontram certas divergências a respeito dos métodos que os romanos utilizaram para construir as suas estradas. Um consenso a esse respeito é que os principais mestres de obras eram etruscos vindos do norte da Itália.
O trabalho de construção de estradas dos romanos incorporou técnicas aprendidas com muitos outros povos como os fenícios, cartagineses e egípcios.
Os Romanos e a Engenharia Rodoviária
Estradas Prodigiosas
Mesmo tendo sido construídas na antiguidade as estradas dos romanos eram verdadeiros prodígios da engenharia de sua época. A técnica era usar pedras e cimento acomodados sobre os leitos previamente aplainados e aterrados.
Essas estradas eram feitas em linha reta e passavam por cima de vários obstáculos como, por exemplo, rios, pântanos e lagos. As pedras que eram usadas nessas construções tinha a sua superfície curva o que facilitava a drenagem, uma grande novidade para essa época.
Ao longo das estradas romanas era possível encontrar postos de parada e descanso para as guarnições militares.
A Construção Da Estrada Mais Antiga Da Europa
Depois de conhecer a tradição dos romanos na construção de estradas não é nada difícil de imaginar que eles foram os responsáveis pela construção da mais antiga estrada de Europa. Há dois mil anos uma estrada era aberta na Europa pelos romanos.
Essa estrada é a mais antiga via de comunicação que existe na Europa, ela começa em Bruxelas, Bélgica e termina em Novgorod, Rússia. Uma estrada que liga 8 países e que existe há muito tempo.
A criação dessa estrada foi feita por legiões de soldados do exército romano e se estende por cerca de 3 mil quilômetros. Uma curiosidade é que essa estrada teve o seu trânsito suspenso como um todo ou em parte desde a revolução comunista de 1917. Isso durou até a queda do regime soviético no começo da década de 90.
A Decadência Do Sistema Rodoviário
A decadência do sistema rodoviário aconteceu em paralelo a decadência do Império Romano. No auge dos impérios as rodovias ligavam as culturas da Europa, Anatólia, China, norte da África e Índia.
Porém, o sucesso das estradas dependia do sucesso dos impérios e quando o principal deles, o Romano, começou o seu declínio esse sistema também perdeu a sua força. Esse grande declínio começou a partir do século IV da era cristã, pois as rotas antes comerciais passaram a ser caminhos de invasão.
Em geral todas as redes rodoviárias acabaram sofrendo um processo irreversível de decadência. As estradas que foram o símbolo do poder, engenharia e tecnologia dos romanos não resistiram as invasões dos bárbaros que começaram a partir do século 3.
Alguns anos depois da queda definitiva do Império Romano do Ocidente, em 476 as pedras perfeitamente cortadas e polidas passaram a ser usadas para erguer castelos medievais.
O Renascimento Do Interesse Por Estradas
Foi por volta do século XII que o interesse por estradas renasceu, nessa época as estradas passaram por manutenções e foram feitas estradas novas. Porém, não durou muito esse interesse devido o aparecimento da peste negra no século XIV e também as guerras contínuas entre os principados.
Os vestígios de algumas das estradas construídas na antiguidade pelos romanos ainda pode ser vistos na Bretanha, em Roma e outras localidades. A Via Ápia ainda recebe muitos visitantes.
O Império Romano
O nome Império Romano é dado ao estado que existiu entre 27 a.C. e 476 d.C. e que veio a suceder a República Romana. O sistema republicano era bem parecido com a dos países modernos. Porém, ao longo de sua história o Império Romano teve uma fase do poder centralizado na figura do César. Foi nessa fase imperial que Roma conheceu o seu auge de poder.
Esse império da antiguidade se destaca dentre os demais por sua vocação muito mais comercial do que agrária, como a maior parte dos impérios. Um império lembrado até hoje como um grande conquistador de outros povos. Os povos que eram conquistados pelos romanos se tornavam escravos e seus países uma fonte de recursos para Roma.
O Governo Do Império Romano Pode Ser Dividido Em Várias Dinastias:
Confira Abaixo As Dinastias e a Época Em Que Elas Governaram.
- Dinastia Júlio-Claudiana (de 14 a 68)
- Dinastia dos Flávios (de 69 a 96)
- Dinastia do Antoninos (de 96 a 192)
- Dinastia dos Severos (de 193 a 235)
Um Império que deixou vestígios de uma engenharia bastante desenvolvida na antiguidade e que por isso se destaca. A estrada mais antiga da Europa é obra do Império Romano.
