Foi feito no Brasil um levantamento inédito sobre as emissões de gases efeito estufa e este levantamento deu conta de que no ano de 2009, um grupo do qual fazem parte 35 grandes empresas brasileiras, tem a responsabilidade por aproximadamente 89 milhões de toneladas de gás carbônico sendo que isto representa 4% das emissões totais do Brasil. Ainda de acordo com os dados apurados 89% desse total vêm da indústria de transformação enquanto o setor de mineração vem a seguir respondendo com 10% dessas emissões.
Coordenação do Levantamento
São todos dados muito importantes que se originam deste Inventário Registro Público de Emissões de Gases de Efeito Estufa que foi lançado a menos de um mês em São Paulo, ocasião em que se fez presente Isabella Teixeira que é a ministra do Meio Ambiente.
O inventário sobre os gases de efeito estufa no Brasil foi realizado com a coordenação do Centro de Estudos em Sustentabilidade que faz parte da Fundação Getúlio Vargas sendo que este contou com a parceria do Instituto Mundial de Recursos (World Resources Institute) que é uma organização norte-americana que foi pioneira na formulação de ferramentas de gestão para possibilitar a economia de baixo carbono.
Importância da Transparência
De acordo com Mário Monzoni que coordena o Centro de Estudos de Sustentabilidade que é vinculado a Fundação Getúlio Vargas (FGV), é de grande importância a atitude desse grupo de empresas ao mostrarem com transparência a quantidade de emissões de gases efeito estufa, produzido por elas.
Para Monzoni este é sem dúvida um passo de muita relevância que as empresas deram em direção a um grande movimento de sustentabilidade.
Expectativas
Que a cada ano que passa esse número de empresas possa crescer é neste momento, uma das grandes expectativas de Mario Monzoni. Entre as 35 empresas que fizeram parte deste inventário sobre os gases de efeito estufa podemos encontrar:
Petrobras, Ambev, a Alcoa, o Banco do Brasil, a Natura, Souza Cruz e Furnas Centrais Elétricas.
Ações do Centro de Estudos
O Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, tem suas ações ancoradas no GHG Protocol que é um programa internacional sobre normas de gestão ambiental.
Estas ações estão ainda alinhadas com a Política Nacional de Clima e buscando com isso alcançar a meta que ficou estabelecida por ocasião da Conferencia das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) que em dezembro último aconteceu em Copenhague e que tanta polemica causou.
Ajuda ao Processo de Discussão
A ministra do Meio Ambiente acredita que esse tipo de iniciativa vai trazer benefícios na medida em que poderá ser de grande ajuda num momento em que se discute a Política Nacional de Mudança Climática. Segundo Isabella essa política de gestão ambiental com transparência já é adotada pelos países desenvolvidos.