Organismos Vivos Mais Antigos do Mundo

Você já se perguntou quais são os organismos vivos mais antigos do mundo? A fotógrafa americana Rachel Sussman fez mais do que isso e viajou pelo mundo desde 2004 em busca de fazer registros fotográficos desses organismos. A viagem dela passou pelo Deserto do Atacama no Chile, pela Groenlândia e até pelo Japão.

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A história toda começou pelo Japão, pois Rachel viajou até lá para fotografar uma árvore que teria aproximadamente 2,2 mil anos e que estava na ilha Yokushima. Foi então que ela decidiu começar um projeto de busca por espécies antigas para registrar e mostrar ao mundo.

Os Seres Vivos Mais Antigos do Mundo

A exposição “The Oldest Living Things” (Os seres vivos mais antigos do mundo) é uma exposição itinerante que conta com as fotos feitas por Sussman. As estrelas das fotos, ou seja, os organismos vivos velhinhos foram escolhidos seguindo dois critérios básicos que são ter idade igual ou acima de 2 mil anos e uma vida ininterrupta.

O trabalho da fotógrafa ficou mais sério do que ela esperava, cientistas passaram a fazer contato com ela para lhe dar dicas de quais seres ela poderia fotografar. Dentre as espécies que aparecem nas fotos de Sussman estão a Llareta que é uma planta que parece uma pedra verde que brota do solo e que é encontrada no deserto de Atacama.

Numa viagem a Namíbia a fotógrafa encontrou a welwitschia que é uma árvore que só dá duas folhas e que já teria passado da marca dos 2 mil anos. Pelo fato dessa árvore estar num local em que as tempestades de areia são frequentes as suas folhas são partidas formando o que parece um monte de fitas verdes. A seguir vamos apresentar alguns desses organismos que foram clicados por Sussman.

Organismos Vivos Mais Antigos do Mundo

Organismo: Llareta

Encontrado em: Deserto do Atacama, no Chile.

Organismo Llareta

Organismo Llareta

A planta lembra um amontoado de pedras verdes, um organismo com mais de 3 mil anos de idade. Sussman encontrou a espécie no deserto do Atacama no Chile e se trata de um tipo de vegetação rara. Exemplares de llareta podem ser encontrados em toda a Cordilheira dos Andes em países como Chile, Peru, Argentina e Bolívia.

O visual de musgo que esse organismo possui se deve aos seus milhares de brotos em hastes longas que estão muito próximas criando essa ideia de unidade. Uma curiosidade é que essa planta é capaz de suportar o peso de uma pessoa.

Organismo: Welwitschia mirabilis

Encontrado em: Namíbia

Organismo Welwitschia Mirabilis

Organismo Welwitschia Mirabilis

O arbusto chamado Welwitschia mirabilise é encontrado no deserto de Naukluft, na Namíbia. Nesse deserto existem vários exemplares desse arbusto antigo cujas idades variam. O que Rachel fotografou tem uma idade estimada em 2 mil anos e fazem parte da família das coníferas.

Uma curiosidade a respeito dessas plantas é que elas vivem somente num clima específico ao longo da costa da Angola e Namíbia. Isso porque nesse lugar as névoas do litoral se encontram com as do deserto. Com o passar do tempo as folhas da welwitschia evoluíram com o objetivo de capturar a umidade do mar.

As folhas da planta ficaram com um visual gasto que lhes rendeu a descrição de parecer uma planta-polvo. As raízes dessa planta também são muito longas para que possam capturar águas profundas do subsolo. Essas raízes também ajudam a fixar melhor a welwitschia evitando assim que o vento arranque-a do solo.

Organismo: Yucca de Mojave

Encontrado em: Califórnia

O mais curioso sobre a Yucca de Mojave é que num primeiro olhar parece que são várias plantas juntas, mas na verdade cada círculo é um único organismo. O segredo dessa aparência é o fato de que ela se clona através do envio de rizomas subterrâneos que brotam em talos e que são iguais em termos genéticos.

Os círculos podem ter até seis metros de diâmetro e no seu centro ficam os talos velhos. O Yucca de Mojave fotografado por Sussman tem mais de mais de 12 mil anos, os biólogos estimam a idade observando os anéis formados pela planta. A maior parte dos espécimes tem apenas cinco caules enquanto as mais antigas podem chegar a ter 10 ou mais caules.

Essa planta é conhecida como punhal espanhol, para ver um espécime dela é necessário ir ao deserto de Mojave, na Califórnia, Estados Unidos, pois é o único lugar em que ela existe. Por ano essa planta cresce cerca de um centímetro.

Organismo: Pinheiro Bristlecone

Encontrado em: Montanhas Brancas da Califórnia

Pinheiro Bristlecone

Pinheiro Bristlecone

O Pinheiro Bristlecone que foi registrado pelas lentes de Sussman é chamado de The Old Man (o velho homem) e tem uma idade de 4.676 anos. Uma planta que não precisa de muita água. Esses espécimes são encontrados nas Montanhas Brancas da Califórnia, uma região em que a média de precipitação anual é menor do que 30 cm.

Para sua nutrição esses pinheiros ficam fixos numa dolomita que é uma forma de calcário que tem uma pequena quantidade de nutrientes. Essa árvore é pequena pelo fato de usar pouca energia para crescer uma vez que tem uma dieta escassa. O espécime mais alto tem apenas 18 metros o que é pouco haja vista a sua idade.

Como tem uma dieta muito restrita essa planta busca economizar energia desligando dessa forma os processos que entende não serem essenciais para a sua sobrevivência, isso é o que confere uma aparência um pouco morta para a planta. Muitas vezes apenas um ramo do pinheiro parece ter vida.

Organismo: Grama Posidonia oceanica

Encontrado em: Mares do Mediterrâneo

Grama Posidonia Oceânica

Grama Posidonia Oceânica

A grama Posidonia oceanica foi a primeira a se fixar nos mares do Mediterrâneo e isso tem mais de 100 mil anos. Para se ter uma ideia nessa época os nossos ancestrais ainda estavam descobrindo como usar pigmentos para fazer pinturas na África do Sul. Para ver esses espécimes antigos é necessário conferir o espaço entre as ilhas de Formentera e Ibiza. Os exemplares mais velhos são protegidos pela UNESCO. A grama está fixa a profundidades de 1 a 35 metros, ela é estabilizada pelas raízes. Outro nome pelo qual essa planta é conhecida é Grama de Netuno.

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Categoria(s) do artigo:
Ecologia

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