Presença de Borboletas Ajuda a Avaliar Impactos Ambientais

Todo mundo sabe que a natureza é a principal responsável pela vida na Terra que conhecemos. Isso porque, tudo aquilo que vemos, ouvimos e sentimos tiveram como início a natureza: violões que foram fabricados a partir da madeira de árvores; os alimentos ingeridos, industriais ou orgânicos, tiveram compostos retirados da natureza, os carros que vimos pelas ruas tiveram suas matérias primas retirados do meio ambiente, enfim. A natureza é a responsável por tudo e por todos.

No entanto, os seres humanos não aprenderam ainda as regras do jogo da vida, por conta das incessantes explorações ambientais promovidas por grandes corporações ou grandes proprietários de Terra. O que se vê diante dessa negligência por parte dos humanos é vários desequilíbrios ambientais. Um dos mais recentes e impactantes foi o desastre em Mariana, Minas Gerais, onde uma barragem de sedimentos de propriedade da mineradora Vale e Samarco se rompeu, liberando milhares de metros cúbicos de lama e restos de mineração no Rio Doce, causando a sua “morte”. É considerado o maior desastre ambiental da história do Brasil, e os seus legados negativos ainda perdurarão por décadas.

As atenções são voltadas, também, para a floresta amazônica, que é considerado um dos maiores santuários de biodiversidade do mundo. Sofrendo com desmatamento constante, a área é sempre alvo de proteções governamentais a fim de preservar as espécies animais e vegetais, para não acabarem sendo ceifadas pela ganância e pelo autoritarismo.

Ultimamente, surgiram métodos utilizados pelos pesquisadores para medir o tamanho de um impacto ambiental em uma região, e iremos falar de uma delas no post de hoje. Aqui, você vai conferir como as borboletas podem ajudar os cientistas a determinarem o tamanho de um impacto ambiental que foi causado na natureza, além de algumas informações interessantes sobre ela. Vamos lá?

As Borboletas

As borboletas são pequenos insetos que trazem alegria e paz por ondem passam. Sempre dotadas de pelas cores e formatos, as borboletas são mais encontradas, geralmente, em florestas e ou bosques. No entanto, não são todas as espécies de borboletas “amigáveis” aos seres humanos, já que algumas são verdadeiros terrores a agricultores e outros que dependem da colheita para sobreviver: algumas larvas de borboleta são extremamente prejudiciais na colheita, por comerem as folhas das plantas, as deixando doentes, causando transtornos e prejuízos aos agricultores.

No entanto, ninguém pode negar que as borboletas em si exaltam beleza e leveza nos locais onde se encontra. Basta ver que, em uma cidade, onde o concreto está cada vez mais enraizado, tem a monotonia do cinza quebrado por conta das extravagantes cores que as borboletas apresentam, bem como seus movimentos de voo irregulares, que a deixam ainda mais encantadora.

As borboletas possuem dois pares de asas de tipo membranoso que são totalmente cobertas por escamas de formas e cores bastante variadas. Diferem-se das mariposas por conta de diferenças substanciais em seu formato de corpo.

Antes da borboleta se transformar em um inseto evoluído, a mesma passa por vários processos. Primeiramente, a borboleta mãe posta seus ovos em locais seguros, como folhas de árvores mais altas. Depois disso, os ovos “amadurecem” e culminam no nascimento da larva, que é a percursora do inseto. Conhecida popularmente como lagarta, a mesma começa o seu estágio de “engorda”, onde começa a comer muito, onde um grupo delas pode chegar a até mesmo destruir plantações inteiras nessa fase. Depois de saciar-se, a lagarta procura meios de construir o seu casulo, que será o seu “passaporte” para a vida adulta, que é se transformar em uma borboleta. Como lagarta, a borboleta pode permanecer de 1 a 8 meses nesse estado, variando de espécie para espécie. Logo depois, envolve-se em seu casulo e só sai dele quando o processo de transformação em uma borboleta estiver completo.

As borboletas, depois de adultas, tem um período de vida estimado entre um a três meses, podendo esse período variar para mais ou para menos, dependendo, novamente, da espécie. Para manter-se forte, as borboletas utilizam do néctar das flores para se alimentar. Desse modo, além de repor as energias, as borboletas contribuem para a polinização das plantas, assim como fazem as abelhas. Algumas espécies de borboletas são bem pequenas, chegando a pesar míseros 0.3 gramas. Outras, possuem largura de até 30 cm, contando da extremidade de uma asa até a outra.

As Borboletas e a Sua Importância no Meio Ambiente

Como já dito no início desse artigo, os pesquisadores estão cada vez mais buscando meios de interpretar os sinais da natureza em reação às ações humanas que vem cada vez mais causando impactos no meio ambiente. Descobriu-se que as borboletas são um importante método para que isso aconteça. Isso porque, alguns dizem que a presença de borboletas em certos locais pode indicar o grau de impacto ambiental provocado.

É sabido que todas as espécies geralmente procuram os locais que mais lhe propiciam recursos essenciais para sua sobrevivência. Tais recursos são, ainda, alvo de disputas entre as espécies, permanecendo aquela que mais conseguir se adaptar as condições do ambiente – isso é a seleção natural, proposta por Darwin- sendo que a outra espécie, menos preparada, sumiria aos poucos.

Por conta disso, os cientistas e pesquisadores começaram a estudar um grupo de espécies de borboletas que estão presentes na Floresta Amazônica, para tentar entender o impacto ambiental causado por lá.

Os pesquisadores perceberam, por meio desse método, que existem várias plantas que servem de alimentos às borboletas, e, que a falta deles acarretariam em uma debandada das espécies para outros lugares ou poderia culminar, também, em sua extinção.

Por isso, a investigação sobre as borboletas foi de extrema importância para o corpo de pesquisas, já que, com isso, é possível saber quantas espécies de plantas ainda estão sobrevivendo às investidas gananciosas dos homens.  Depois de estudar um grupo de borboletas da Amazônia, um grupo concluiu que o número de borboletas estava um pouco abaixo do normal. Ou seja, isso indica que algumas espécies que servem de alimento às borboletas não estão presentes no local. Apesar disso, não se pode saber ao certo se isso tem relação natural ou com a atividade humana no local.

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Categoria(s) do artigo:
Recursos Naturais

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