Predatismo: Como Esse Mecanismo Funciona?

O predatismo ou predação é uma relação ecológica interespecífica desarmônica em que uma espécie animal (predadora ou caçadora), decorrente ao instinto de sobrevivência, captura e mata outra espécie de nível trófico inferior (presa), para se alimentar dela.

Esse tipo de relação ocorre principalmente em seres carnívoros (leão, lobo, tigre, homem), contudo também entre os herbívoros. Neste caso, com denominação de herbivorismo, bem caracterizado pelo ataque de formigas, gafanhotos ou lagartas a uma lavoura, destruindo velozmente uma cultura.

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Dessa forma, o ato predatório do ponto de vista particular, favorece a espécie predadora, enquanto as presas são desfavorecidas. E do ponto de vista ecológico, o predatismo representa um mecanismo que regula a densidade populacional mediante uma cadeia alimentar, controlando a quantidade de indivíduos de uma determinada comunidade.

Contudo, evolutivamente surgiram adaptações desenvolvidas pelas presas utilizadas como defesa à predação, por exemplo, o mimetismo, a camuflagem e o aposematismo (que são cores de advertência), formas que permitem às presas escaparem de um ataque e assim prolongar a existência de seu genótipo.

Um interessante aspecto de predação ocorre quanto à inversão trófica, relacionada ao hábito de alguns organismos em princípios produtores (autotróficos), alimentando-se de organismos consumidores. Um caso particular envolvendo plantas carnívoras, com adaptações e reações metabólicas enzimáticas capazes de degradar pequenos insetos.

A espécie predadora  em busca de alimentos para sobrevivência caça outras espécies (presas), que geralmente estão situadas em um nível trófico inferior ao do predador.

Os predadores necessitam de capturar alimentos saciáveis e por isso se adaptam a reconhecer presas evitando espécies não comestíveis. Sabem reconhecer espécies venenosas ou não palatáveis devido à lembrança das reações adversas de suas caçadas anteriores.

As interações entre presas e predadores são muito complexas e sofrem mudanças no tempo evolutivo. Os predadores evoluem em suas várias habilidades de capturar e consumir presas. Da mesma forma as presas evoluem em suas várias formas de defesas (camuflagem, mimetismo, por exemplo).

Os predadores possuem fortes influências sobre a abundância de espécies em vários níveis tróficos e exercem um importante papel no equilíbrio entre estas. Se os predadores carnívoros não existissem, os animais herbívoros, por exemplo, se multiplicariam cada vez mais o que resultaria no declínio de material vegetal disponível.

Algumas espécies para tentarem sobreviver e diminuir as chances de serem capturados, encontrados ou ingeridos aos ataques de predadores, adaptaram recursos de defesas como:

Mimetismo: Através do mimetismo alguns animais conseguem se tornar similares a outros animais, com a intenção de aparentar uma espécie que na verdade não é, obtendo assim uma grande chance de sobrevivência. Como exemplo pode-se citar a serpente falsa-coral que com o mimetismo se assemelha a cobra coral verdadeira que é bastante venenosa e assim não é importunada por alguns predadores.

Camuflagem: Com a camuflagem alguns animais conseguem se tornar parecidos com o meio em que vivem. Como exemplo pode-se citar o inseto bicho-pau que tem aparência de um graveto e vive em galhos de árvores semelhantes a sua forma, conseguindo disfarçar o predador.

 Aposematismo: Alguns animais através do aposematismo adquirem cores vivas e acentuadas pelo corpo, causando um sinal de advertência aos predadores que reconhecem como presas perigosas ou impalatável evitando assim atacá-las. Como exemplo as rãs que com cores fortes chamam a atenção do predador de que é portadora de toxinas.

Tanatose: Alguns animais para disfarçarem seus predadores têm a capacidade de se fingir de morto. É muito comum este tipo de comportamento em anfíbios anuros, principalmente os pertencentes da subfamília Phyllomedusinae (Hylidae).

Em um ecossistema os organismos estão constantemente interagindo entre si, ou seja, a existência de uma determinada espécie implica em prejuízo ou benefício de alguma outra; embora essas interações mesmo quando negativas, façam parte do equilíbrio natural.

Relações harmônicas

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As relações harmônicas são aquelas em que pelo menos um dos organismos é beneficiado, sem é claro prejudicar o outro. Podem ser entre a mesma espécie, ou espécies diferentes.

As primeiras são:

COLÔNIAS – nas colônias, os indivíduos são ligados fisicamente, ou seja, vários indivíduos formando o conjunto que é a colônia. Neste tipo de relação pode ocorrer a divisão de trabalho ou não entre as partes. A caravela (celenterado) é um caso em que ocorre a divisão de trabalho. Recifes de coral, agrupamentos de bactérias, e o “bolor” do pão, correspondem ao caso em que não ocorre a divisão de trabalho.

SOCIEDADE – nas sociedades, os indivíduos não são unidos fisicamente entre si. São caracterizadas pela divisão de trabalho, como no caso dos cupins, formigas e abelhas.

1- MUTUALISMO – nesta interação, as duas espécies envolvidas são beneficiadas e a associação é obrigatória para a sobrevivência de ambas. Um dos casos mais interessantes é o da associação entre algas e fungos, formando os liquens. Os fungos abrigam as algas, e são alimentados pelas mesmas.

2- COMENSALISMO – No comensalismo, apenas uma das espécies se beneficia, sem, no entanto, prejudicar ou beneficiar a outra espécie envolvida. O urubu em relação ao homem é um bom exemplo, pois o primeiro alimenta-se dos restos deixados pelo segundo.

3- INQUILINISMO – Assim com no caso do comensalismo, também no inquilinismo, apenas uma espécie beneficia-se, sem no entanto prejudicar a outra. As bromélias (gravatás) e as orquídeas são um bom exemplo desta relação.

Relações desarmônicas

Relações Desarmônicas

Relações Desarmônicas

As relações desarmônicas, nas quais uma espécie, necessariamente é sempre prejudicada pela ação de outra, são as seguintes:

1 . CANIBALISMO – O canibalismo é uma relação entre indivíduos da mesma espécie. No canibalismo, um animal mata outro da sua própria espécie para se alimentar. A aranha viúva-negra e a fêmea do louva-a-deus são exemplos de canibalismo. Em ambos os casos, as fêmeas devoram os machos após a cópula (ato sexual).

2. PARASITISMO – O parasitismo é uma relação entre indivíduos de espécies diferentes, onde uma espécie beneficia-se prejudicando outra. No parasitismo a espécie beneficiada é chamada parasita, enquanto a prejudicada chama-se hospedeiro. Os parasitas podem viver sobre (ectoparasitas) ou dentro (endoparasitas) do corpo do hospedeiro.

http://www.youtube.com/watch?v=xQQe_ME_P_I

3. PREDATISMO – O predatismo é uma relação entre indivíduos de espécies diferentes. No predatismo, um animal mata o outro de espécie diferente para alimentar-se. É o caso das aves de rapina, das onças e do próprio homem. Animais que se alimentam de plantas também são predadores, como é o caso do gafanhoto, do boi, etc.

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Categoria(s) do artigo:
Recursos Naturais

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