Desertificação no Brasil: Características Gerais

No processo de desertificação que consiste na degradação de zonas áridas, semiáridas e sub-úmidas em decorrência de fatores climáticos e da ação humana que afeta 44 milhões de brasileiros, cerca de 20% da população vive em nove estados do nordeste brasileiro.

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O mesmo fenômeno também está presente em algumas das cidades do norte do Estado de Minas Gerais (Sudeste) e nordeste do Espírito Santo (Sudeste), de acordo com dados fornecidos pelo Ministério do Meio Ambiente.

Na cidade nordestina de Fortaleza, a Primeira Conferência Nacional de Combate à Desertificação tem ações discutidas e planejamento de iniciativas para evitar a degradação e empobrecimento do solo, o que tornaria a região desértica e imprópria para viver nos próximos anos. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) aponta que o semiárido tende a ficar mais quente e seco devido às mudanças no clima.

Agenda 21: Desertificação no Brasil

A Agenda 21 e da Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação define a desertificação como a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e sub-úmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas.

Esse entendimento, além de marcar o espaço geográfico a ser levado em consideração, desfaz com a visão climática da questão e prova que a desertificação tem sua origem em complexas interações de fatores físicos, biológicos, políticos, eventos sociais, culturais e economia. No entanto, é necessário reconhecer que existem causas mais graves em geral.

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Em termos do mundo, as regiões semiáridas representam 1/3 da superfície do planeta, onde vive 1/5 da população e mais do que 01 milhão de pessoas. O semiárido do Brasil está registrado como uma das zonas fisiográficas da região Nordeste.

A organização do processo econômico, de modo histórico, tem base em pecuária extensiva e agricultura sobre a existência de alguns produtos de maior importância no mercado, como o caso do algodão que foi sempre baseado em estrutura agrária dominada por concentrações de terra.

Difusão da Seca no Sertão!

Desertificação no Brasil: Características Gerais

Desertificação no Brasil: Características Gerais

No processo de desertificação mais difundido do semiárido nordestino esse padrão foi construído em proporções alarmantes, agravada e reafirmado pela ocorrência de secas periódicas e as peculiaridades devido aos sistemas de produção que surgem a partir deste processo contrário às boas maneiras corretas de uso dos recursos naturais, em opção, para onde e como se desenvolver as atividades agrícolas.

Desertificação pode parecer semelhante ao deserto, mas há diferença fundamental entre os dois: Enquanto os desertos possuem formações maravilhosas da natureza, a desertificação é um processo de degradação em que as terras percorrem depois de serem afetados pela mudança climática, as atividades humanas e as forças naturais, até se tornarem desertas.

Embora a influência das alterações climáticas na desertificação não foi compreendida de modo geral, de acordo com GREENFACTS, se sabe que as temperaturas mais elevadas são resultantes de aumento dos níveis de dióxido de carbono que trazem impacto negativo através do aumento da perda de água do solo e pluviosidade reduzida em zonas árida.

Desertificação no Brasil

Desertificação no Brasil

A desertificação contribui para as alterações climáticas, liberando para a atmosfera o carbono armazenado em vegetação e solos de sequeiros. De fato o fenômeno toma seu pedágio em todo o mundo e destroem colheitas, elevando o preço da comida restante e em algumas áreas os animais contando com alto número de mortes animais. As pessoas também são expulsas das casas por causa do aumento de deserto.

No Brasil, a desertificação aumentou na Caatinga, nas zonas de secas no Nordeste e Norte do estado de Minas Gerais, bem como nos estados que não sofreram de secas ou ameaças de deserto, como no Rio Grande do Sul. O rio Amazonas sofre secas e com a maré uma alta quantidade de peixes morre.

Brasil: Ameaça de Virar Deserto

O Brasil está no topo da lista das nações que estão ameaçadas por conta das ameaças de desertificação. Conforme estudo de Ministério do Meio Ambiente, existe quase quinze por cento do território nacional vulneráveis de se tornarem áreas semiáridas. No Brasil existem mais de vinte milhões que sofrem por causa da problemática que chama a atenção do mundo inteiro, o equivalente a dezoito mil quilômetros.

Conforme definição da UNCCD (Convenção das Nações Unidas de Combate a Desertificação) o território nacional possui diversos polígonos de secas que se apresentam de modo claro na parte norte de Minas Gerais e região Nordeste.

Vale destacar áreas como Gilbués (Piauí), Irauçuba (Ceará), Seridó (Piauí), Cabrobó (Pernambuco). O Rio Grande do Norte tem quase metade do território atingindo, espaço que abrange 158 dos 157 municípios que existem no local – Gilbués consiste no maior núcleo de desertificação do continente latino-americano.

Por meio do Ministério do Meio Ambiente o governo federal lançou o PANBRASIL (Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca), em 2004. O projeto traz propostas para que estimular o desenvolvimento sustentável em regiões para que aconteça melhor distribuição social e ecologia adaptada via crescimento do trabalho na terra, conservação, reabilitação e gestão sustentada de recursos naturais.

Na prática o Programa segue as diretrizes da Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (UNESCO, 2001). ao afirmar que “a diversidade cultural é tão necessária para a humanidade como a biodiversidade para a natureza” ao se tornar “uma das raízes do desenvolvimento entendido não somente em termos de crescimento econômico, mas também como um meio para alcançar emocional intelectual, existência satisfatória, moral e espiritual”. Nesta visão, a diversidade cultural é a quarta área política do desenvolvimento sustentável.

Desafios no Caminho

O Brasil precisa passar por inúmeros problemas pela frente no sentido de conquistar resultados significativos não apenas no desenvolvimento da economia sustentável e ecológica em termos de sustentabilidade. Além da baixa qualidade no manejo e mau uso do solo, ainda existem as questões das modificações de clima que refletem de maneira direta no território nacional.

De acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) aconteceu registro de aumento na temperatura na região do Pantanal equivalente a dois graus na primeira década do século XXI.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Recursos Naturais

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