Usinas Nucleares Desativadas em Fukushima

De acordo com a companhia elétrica Tepco e informações do governo japonês a usina de Fukushima será desativada no ano de 2040. A planta é composta por seis reatores de água fervente que geram energia.  Representa uma das quinze maiores estruturas nucleares do mundo.

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A usina sofreu grandes danos do terremoto de 9,0 graus e posterior tsunami que atingiu o Japão em 11 de março de 2011. O incidente danificou alguns reatores e os tornou indisponíveis.

Terremoto e tsunami desativaram o sistema de refrigeração do reator, levando à libertação de radioatividade e provocando zona de evacuação de 30 km em torno da usina. Em 20 de abril de 2011, as autoridades japonesas declararam 20 km da zona de evacuação de uma área, penetrável apenas sob a supervisão do governo.

Os reatores da planta surgiram em linha de 1970 a 1979. Entre os anos de 2002 e 2005 os reatores estavam entre aqueles fechados por um tempo para verificações de segurança devido ao escândalo de falsificação de dados.

Em 28 de fevereiro de 2011 a TEPCO apresentou um relatório que admitir ter inspeções falsas e registros de reparação. O documento revelou que empresa falhou ao inspecionar mais de trinta componentes técnicos dos seis reatores, incluindo placas de energia para as válvulas de controle de temperatura, bem como componentes de sistemas de arrefecimento, caso da água dos motores da bomba e geradores ao diesel de energia de emergência.

Em de 2008, a AIEA advertiu o Japão que a Fukushima foi construída com diretrizes de segurança desatualizadas e poderia ser “problema sério” durante um grande terremoto. O alerta levou à construção do centro de resposta de emergência em 2010, usado na resposta ao acidente nuclear de 2011.

No dia 05 de abril de 201, o vice-presidente da TEPCO, Takashi Fujimoto, anunciou que a empresa cancelou planos para construir novos reatores. Em 20 de maio, Conselho de Administração da empresa afirmou não tomar decisão sobre outras unidades até existir investigação detalhada.

Avisos e Críticas

Em 1990, a Comissão Reguladora Nuclear dos Estados Unidos (NRC, sigla em inglês) classificou a falha dos geradores de energia elétrica de emergência e o sistema de refrigeração de plantas em regiões ativas de forma sísmica.

O cineasta Adam Curtis mencionou os riscos do tipo de reatores de água fervente dos sistemas como os de Fukushima I e afirmou que os riscos eram conhecidos desde 1971, em série de documentários da BBC, no ano de 1992. Fukushima tinha sido advertido que seu paredão foi insuficiente para resistir a tsunamis poderosos.

Incidentes e Acidentes de Fukushima

Em 1978, barras de combustível caíram no reator número 3, fazendo acontecer reação nuclear. Demorou cerca de sete horas e meia para trazer as hastes de volta em posições adequadas.

No dia 25 de fevereiro de 2009 aconteceu desligamento manual iniciado durante o meio de uma operação de inicialização. A causa era um alarme de alta pressão causada por fechamento da válvula de derivação da turbina.

O reator foi de doze por cento à potência máxima, quando o alarme ocorreu às 04h03 devido ao aumento de pressão para 1.029,8PSI, excedendo o limite regulador de 1.002,2PSI, reduzida para zero por cento de energia.

Mais tarde, às 08h49, as lâminas de controle foram inseridas por completo, constituindo desligamento manual do reator. A inspeção concluiu problemas nas válvulas de desvio fechada e como ligação de fluido por má condução.

Em 26 de março de 2009 a unidade “3” teve problemas com excesso de inserção de lâminas de controle durante a queda. Os trabalhos de reparação estavam sendo feitos em equipamentos que regulam a pressão motriz para as lâminas de controle. Quando a válvula foi aberta em 2h23 disparou o controle. No exame posterior se verificou que várias das hastes tinham sido introduzidas de modo errado e contraindicado conforme a opinião de especialistas.

No dia 09 de abril de 2013 a água radioativa vazou das unidades de armazenamento, causando contaminação do solo e da água nas proximidades. Autoridades controlaram o vazamento na área designada, mesmo com os problemas para armazenar o conteúdo radioativo.

Desastre de 2011

Três dos reatores superaquecidos causaram colapsos que conduziram às explosões e lançaram grandes quantidades de radioativas de material no ar. Em 11 de Março de 2011, um terremoto classificado como 9,0 M W na escala de magnitude momento ocorreu às 14h46, hora padrão do Japão, ao largo da costa nordeste, um dos terremotos mais poderosos da história.

As unidades 4, 5 e 6 foram desligadas antes do terremoto da manutenção planejada. Fecharam os reatores de modo automático após o terremoto. O calor de decaimento restante do combustível foi resfriado com potências de emergência nos geradores.

Geradores de emergência têm deficiências necessárias para resfriar os reatores. Ao longo de três semanas, não havia provas de parciais dos vazamentos nucleares nas unidades 1, 2 e 3. Explosões visíveis, suspeitas de serem causadas por gás hidrogênio estavam nas unidades 1 e 3.

Suspeita de explosão na unidade 2 pode ter danificado o vaso de contenção. Radiação libera gases que geram preocupação sobre o abastecimento de alimentos, de água e tratamento de trabalhadores nucleares.

Em 03 de abril de 2011, dois corpos foram encontrados na sala da turbina, no porão, eram funcionários que estavam realizando manutenção na hora do tsunami.

Informações das Usinas

Os reatores para Unidades 1, 2 e 6 foram fornecidos por General Electric. Unidades 3 e 5 por Toshiba e Unidade 4 por Hitachi. Projeto arquitetônico ficou por conta da Ebasco.

Toda a construção foi feita por Kajima. Desde setembro de 2010 a Unidade 3 tem sido alimentada por uma pequena fração (6%) de plutônio contendo óxido misto (MOX), em vez do urânio de baixo enriquecimento (LEU), utilizado nos outros reatores. A estrutura de contenção foi aumentada de volume por engenheiros japoneses.

Unidade 1 é de água fervente (BWR-3), construída em julho de 1967. Ela iniciou a produção elétrica comercial em 26 de março de 1971 e estava prevista para encerramento no início de 2011, mas os reguladores japoneses concederam prorrogação de dez anos para a continuidade da operação.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

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