Plástico Politicamente Correto

Você volta do supermercado, desembrulha as compras e descarta o saco plástico. O ato é comum, então tem algo errado? Na verdade tem. Depois de jogar fora, 20 anos depois, o saco plástico ainda vai estar por lá, intacto. O produto é realmente resistente e causa um problema: mais lixo na terra. O que fazer então? Para dar uma solução a isso é que surgiu o plástico politicamente correto.

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Para resolver o problema da degradação do plástico e não tornar o cenário do filme da Disney Wall E totalmente possível, cientistas estão trabalhando no saco plástico politicamente correto. Ao invés de 100 anos, o produto levaria apenas 60 dias para se decompor. Redução drástica, hein?

O Plástico Politicamente Correto

O plástico politicamente correto, ou plástico biodegradável, ainda está saindo do forno, mas já é uma realidade porque já está em fase de produção. A proposta é que o produto possa se decompor e não mais 100 anos, mas poucos meses de vida. Para isso a composição do item muda drasticamente.

O plástico ecologicamente correto não mais precisará ser queimado ou deixado de lado, situação hoje do produto descartado. Ele irá se degradar apenas com a ação do sol, umidade do ar e chuvas. Não é nada a se estragar no seu caminho de casa, mas com uma vida útil de dois anos no máximo, tornando o produto ainda resistente e diminuindo as chances de acúmulo de lixo no mundo.

O novo plástico é diferente em sua composição. Ao invés de ser fabricado do etanol diretamente, ele é composto por uma resina obtida já da fermentação do açúcar, um subproduto do etanol. Isso forma ligas resistentes, mas facilmente degradáveis. Em dois anos, todo um saco plástico feito com este produto irá se decompor sem qualquer problema e sem deixar restos.

Outro composto a ser utilizado no plástico biodegradável seria o amido de milho, também de fácil de composição. Este já foi usado no Brasil pela Bungue Alimentos com tanta eficiência que as embalagens da fabricante podem ser jogadas na sessão de lixo orgânico.

O plástico ecologicamente correto pode ser jogado em um aterro sanitário sem qualquer problema. Isso porque, quando em contato com a terra e o sol, ele se decompõe e se transforma em CO2, água e húmus, substâncias positivas para o meio ambiente e sem causar danos. Pode até hidratar a terra!

Estamos Atrasados

Enquanto no Brasil as primeiras fábricas de plástico biodegradável ainda estão crescendo e as embalagens de pano são as melhores alternativas, o produto já é uma realidade nos Estados Unidos desde o começo dos anos 2000. Por lá se usa milho  omo a matéria-prima base para a fabricação do plástico ecologicamente correto, usado no dia a dia, embalagens de supermercados e em caixas e potes de produtos dos mais diversos setores e seguimentos.

Por terras estrangeiras os avanços são diversos. Há um plástico feito com extratos de plantas. Outro ainda é feito de restos de fraudas (por aqui já estamos começando a usar isso). No Brasil a evolução está crescendo e em breve vamos ter menos plástico comum e danoso ao meio ambiente no mercado.

O Problema “Plástico”

Quando se criou o plástico, um produto resistente, barato e prático para diversos fins, capaz de proteger alimentos e conter marcas de produtos, não se pensou em diversos pontos. O produto é formado por polímero com moléculas muito longas, o que deixa o item altamente resistente até mesmo para a degradação no solo, o que seria bom.

O problema é que usamos muito plástico ao longo da vida e alguns serão descartados. Seria perfeito poder ir até o supermercado e comprar apenas o líquido e levar a embalagem para casa. Mas não é o que acontece. Compramos seis refrigerantes e ficamos com seis embalagens em casa, tudo de plástico. Mais uma ida ao supermercado e mais plástico vindo e não há para onde descartar tudo. O resultado: montanhas de plástico em lixão sem ter o que fazer.

O uso de embalagens de plástica no mundo causou apenas acúmulo de sujeira sem a capacidade de se decompor. O cenário do filme Wall E, com um planeta cheio de lixo, poderia não ficar apenas no cinema se medidas não fossem tomadas nos últimos anos.

Empresas Tentam Diminuir o Uso de Plásticos

Plástico, papel e metal são produtos considerados um problema para o meio ambiente porque tem uma longa vida útil e perdem o uso quando danificados. A melhor solução encontrada, foi, portanto, reciclar os itens. Existem lixeiras coletoras em diversos pontos em vários países e muitas empresas se voltaram apenas a produzir itens com material reciclado.

Papel descartado de empresas começou a se tornar caderno, agenda e vendido como reciclado para uso em impressora comum. Já os metais podem ser reutilizados na fabricação de novas embalagens e voltam ao mercado com um custo mais baixo para as empresas. O plásticos está também sendo usado de diversas formas.

Uma das medidas implementadas bem bacanas foi a embalagem retornável. A Coca Cola criou embalagens de pet retornáveis. Já são vendidos telefones no mercado com este tipo e as empresas andam até criando arte em plásticos para os potinhos de margarina, por exemplo, ganharem novo uso na cozinha. Com o vidro o projeto já é bem usado e está bem avançado.

Uma medida simples que muitas redes de supermercados andam tomando é voltar ao saco de papel, mais facilmente reciclado. Há ainda o uso de sacolas de tecido, as ecobags, que também viraram moda em todo o mundo e são ótimas até mesmo para andar no dia a dia nas ruas.

Estima-se que hoje no mercado brasileiro cerca de 50% do plástico seja ecologicamente correto, ou seja, reciclado ou ainda de fácil decomposição. Esta medida terá um grande impacto positivo sobre o meio ambiente, aumentando as chances de sobrevivência da vida em diferentes ecossistemas e diminuindo a quantidade de lixo no solo e águas do planeta.

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