O Que é a Conurbação das Cidades?

A conurbação vem do latim urbis que é cidade e significa basicamente a junção da malha urbana de duas ou mais cidades que acabam resultando no seu crescimento geográfico. Esse é o processo que geralmente dá origem as regiões metropolitanas, entretanto, deve ficar claro que nem toda região metropolitana é derivada de uma conurbação.

O processo que se chama de conurbação é aquele cujo crescimento acaba expandindo as cidades. Basicamente essas cidades que acabam se juntando tinham uma administração separada, mas em certo momento passam a se comportar como parte da metrópole. A integração é completa quando desaparecem de vez os limites físicos entre as cidades.

Como a Conurbação Afeta as Cidades

A estrutura político-administrativa e o espaço edificado passam a ser únicos para as suas cidades. Uma das características mais importantes a serem consideradas é a demanda de espaço, pois todas as cidades de uma maneira geral sofrem pressão por mais espaço. Com essa pressão aparece a incorporação de novos territórios e também o aumento demográfico naqueles que já estavam ocupados.

As cidades de uma maneira geral tendem sempre a crescer, nesse crescimento a sua periferia é ampliada num sentido horizontal e as áreas centrais são verticalizadas. Se não existe controle desse crescimento, como é o caso de boa parte das metrópoles do Terceiro Mundo, o aumento acaba criando uma deterioração que torna os serviços urbanos mais precários além de uma segurança mais falha que acaba gerando mais problemas sociais.

Como Começou o Processo de Conurbação

Esse processo de conurbação teve seu início em países capitalistas e dentre as primeiras cidades a apresentar o fenômeno estão Londres, Paris, Tóquio e Nova York. Para se ter uma ideia antes da Segunda Guerra Mundial já existia esse processo de conurbação nessas cidades.

No Brasil o início do fenômeno se deu a partir da década de 50 quando se observou um grande crescimento industrial. Com a industrialização os até então grandes centros urbanos acabaram envelhecendo e isso criou a demanda de mais serviços que fossem adequados a nova realidade do país. Devido a isso os grandes centros acabaram sendo expandidos em busca de mais áreas de crescimento.

Falta de Limites

Um dos pontos principais de toda e qualquer conurbação é o fato de que os limites municipais quase não ser percebidos e dessa forma não existe uma identificação precisa de onde começa uma cidade e termina outra. O mais curioso é que mesmo com esse processo não são determinadas a falta de zonas rurais, em meio a esses espaços urbanos podem existir pequenas propriedades cuja função esteja voltada para a produção hortifrutigranjeira.

O Brasil tem diversos exemplos de conurbações como a capital do Estado de São Paulo com seus municípios vizinhos como São Caetano, São Bernardo, Santo André, Guarulhos e Diadema. O crescimento da capital paulista aconteceu de tal forma que acabou entrando em choque com os municípios vizinhos e com isso foi criada a malha urbana que passou a ser chamada de Grande São Paulo.

Diferença Entre Cidade e Espaço Urbano

Quando entendemos o fenômeno de conurbação compreendemos que existe uma diferença entre espaço urbano e cidade. Por exemplo, em municípios que são conurbados podemos observar que cidades diferentes juntas formam um espaço urbano que é integrado de forma econômica, social e em estrutura com um fluxo intenso de mercadorias, capitais e também de pessoas.

Certamente que a conurbação não é o único, mas é o principal elemento de criação de regiões metropolitanas. Esse fenômeno acontece especialmente a partir de grandes cidades e a sua junção pode ser chamada de “áreas de entorno” ou “cidades-satélites”. Essas regiões acopladas a metrópole criam essas regiões metropolitanas.

Conurbações em Fronteiras de Países

As conurbações vão acontecendo de uma maneira natural e isso faz com que não exista controle nem mesmo em fronteiras de países diferentes. Um exemplo dessa situação é a conurbação que existe entre as cidades de Santana do Livramento (Rio Grande do Sul, Brasil) e Rivera (Uruguai).

O local passou a ser chamado de “Fronteira da Paz” e nessa conurbação vivem mais de 170.000 habitantes de maneira integrada. Para se ter uma ideia é comum que os habitantes da região utilizem serviços públicos de educação e saúde da outra cidade. O comércio se desenvolveu de tal forma que algumas coisas são privilegiadas no lado brasileiro e outras no lado uruguaio.

Além disso, é bastante comum que sejam celebrados casamentos entre pessoas dos dois países. Existe uma divisão entre as cidades que é feita por meio de linhas imaginárias que são traçadas ao longo da malha viária, mas como se trata de um divisão que não é física é comum que os turistas se surpreendam atravessando uma rua e chegando a outro país sem nem saber.

O Fluxo Pendular nas Conurbações

As cidades que vivem o processo de conurbação em geral adotam o chamado fluxo pendular que é um fluxo de passageiros que podem estar no transporte público ou veículos particulares. Basicamente o fluxo pendular entende que existem picos de intensidade, ou seja, no período da manhã ou fim de tarde o fluxo será mais intenso num determinado sentido. Geralmente esse sistema é mais observado em relação às chamadas cidades dormitórios.

Apesar de poderem ser entendidas como migrações pendulares na verdade não o são uma vez que as pessoas retornam ao seu ponto de origem. O fluxo em direção a uma cidade não se dá com o objetivo de uma mudança e sim em realizar alguma atividade por lá e retornar a sua casa. Exatamente por isso o termo correto é “movimento pendular de população”.

Migrações Pendulares – Definição

As verdadeiras migrações pendulares são aquelas que possuem um caráter permanente como, por exemplo, o deslocamento de bóias-fria ou aquelas viagens de pessoas que moram numa cidade e trabalham em outra. Deslocamentos para fins de semana e férias também podem ser considerados como movimentos pendulares. O fator determinante para uma conurbação é o congestionamento nas estradas que saem de uma metrópole nos fins de semana ou então em vésperas de feriados.

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