Tudo Sobre o El Niño

Você já ouviu falar no fenômeno el Niño? Sabe o que é ou ainda tem dúvidas sobre o assunto? A seguir você descobrirá tudo sobre esse fenômeno da natureza. Confira!

O fenômeno chamado de El Niño provoca grandes alterações no clima porque se trata de um efeito que provoca mudanças de curta duração, que variam entre 12 a 18 meses, na forma como a temperatura é distribuída sobre as águas do Oceano Pacífico.

Chamado de evento ou fenômeno, eles criam o que os estudiosos chamam de Oscilação Sul, que na prática é uma mudança no sistema de flutuação das temperaturas do Oceano Pacífico. Em alguns casos, os eventos são chamados de OSEN, sigla que corresponde a Oscilação Sul – El Niño. São feitos estudos constantes, sem ainda chegar à uma conclusão, se esse fenômeno e de que forma desempenha alguma influência no aquecimento global.

Sobre o Reconhecimento do El Niño

Foram pescadores a costa do oeste da América do Sul que observam e reconheceram o El Niño. Eles observaram o evento através das temperaturas mais altas do mar que podiam constatar. Ainda, notaram que o fenômeno acontecia no fim do ano e foi por isso, que passou a ser chamado de El Niño, que traduzindo significa, “o menino” e faz referência a Jesus no período natalício.

Quando não se observa a presença do El Niño os  ventos alísios sopram em direção ao oeste, passando pelo Oceano Pacífico Tropical. Isso faz com que se observe no oceano um excesso de água fazendo que superfície fique mais ou menos meio metro mais alta do que nas costas do Equador e da Indonésia. Esse processo resulta no surgimentos de águas profundas na costa ocidental da América do Sul, que são cheias de nutrientes e muito frias, mas que servem para alimentar o ecossistema marinho. O resultado é uma grande quantidade de peixes. Para se ter uma ideia, todo esse processo já fez com que Chile e Peru chegassem a capturar mais de 12 milhões de toneladas de anchova em um único ano.

Porém, quando o fenômeno El Niño acontece, as coisas mudam. Normalmente, o evento acontece com intervalos entre 2 a 7 anos. Neste período, os ventos tenham menos força quando sopram em direção ao Oceano Pacífico. O resultado dessa característica é uma ressurgência de águas profundas bem menor do que quando é normal e mais, o acúmulo de água quente é muito maior na costa oeste da América do Sul. E toda aquela produção de peixe diminui drasticamente.

As Consequências da Passagem do El Niño

Além de interferirem diretamente na produção de peixes, o evento acaba provocando uma alteração significante no clima em toda a área do oceano Pacífico equatorial. A água mais quente acaba sendo acompanhada por massas de ar úmidas e quentes e o resultado são chuvas excepcionais que atingem o oeste da América do Sul. Enquanto a Indonésia e a Austrália acabam sofrendo com secas.

Não se sabe ao certo, mas existe um estudo sobre, que o evento tenha a deslocação de massas de ar que o acompanha a nível global, o que confirmado, seria uma evidência de que o El Niño modifica a temperatura no mundo topo.

Dados de pesquisas revelaram que durante a passagem do El Niño, por exemplo, os estados do centro dos Estados Unidos, tiveram um inverno com temperaturas mais altas do que o normal, enquanto no sul, aumentou-se as chuvas. Em compensação, Washington, Oregon e Colúmbia Britânica sofrem com um inverno mais seco.

O que também estaria diretamente ligado com o fenômeno El Niño seria as secas na África e os verões mais quentes nas cidades da Europa acostumadas com temperaturas mais amenas.

Sobre a Oscilação Sul – El Niño

Quando falamos em Oscilação Sul estamos falando da flutuação no nível do mar do Oceano Pacífico da pressão atmosférica. E isso se dá pelas alterações na circulação atmosférica. Exemplificando melhor, os ventos alíseos, naturalmente, fazem com que a água do oceano siga da região do Equador para Austrália e Indonésia, acompanhadas de massas de ar quentes. Quando se observam alterações no curso natural é que se diz que se vive o evento El Niño.

O uso da expressão OSEN se deu depois que foram iniciados estudos para tentar entender essas mudanças e preveni-las para evitar as mudanças radicais no clima. Na verdade, o termo significa que existem anomalias da circulação marinha e também do clima.

Para fazer essa verificação é dividido da seguinte forma: o Índice de Oscilação Sul verifica as oscilações no Sul. Se observa a diferença entre a pressão atmosférica que é medida em Darwin na Austrália e no Tahiti na Polinésia Francesa.

Quando se observa uma diferença muito grande entre as pressões, chamado de IOS, quer dizer que os ventos são bem mais fortes e neste caso, se faz uma associação não ao El Niño, mas o que os pesquisadores chamam de La Niña. Neste caso, se observa exatamente o inverno, a água do oceano fica com a temperatura bem inferior a daquela da média na costa ocidental da América do Sul.

Como já foi dito, esses fenômenos influenciam diretamente e de maneira muito evidente no clima. Provocam cheias, secas e com isso, atingem a economia dos países afetados, que sofrem com problemas na agricultura, entre outros. Por isso, os estudos sobre a Oscilação Sul e as mudanças do OSEN recebem muita atenção e dedicação de estudos, uma vez que podem influenciar a economia global.

No Brasil: os Efeitos do El Niño

O nosso país também sofre com os efeitos desse evento e o principal deles é a mudança no volume de chuvas, que varia em cada região brasileira. Já a temperatura tende a sumir em praticamente todo o país.

  • No Nordeste e no Norte brasileiro: as chuvas diminuem e a consequência é seca no sertão nordestino e queimadas na Amazônia.
  • Na Região Sudeste: a temperatura média aumenta.
  • Na Região Sul: se durante o verão as temperaturas sobem, durante o período da primavera elas descem.

A última atividade do El Niño foi observada em 2012 e os efeitos foram sentidos no mês de setembro.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Natureza

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *