Pragas Quarentenárias: Ausentes e Presentes

O Que São Pragas Quarentenárias?

As pragas que recebem a denominação de quarentenárias são aquelas de natureza vegetal e/ou animal que mesmo estando sob controle constante representam uma ameaça concreta a economia agrícola do país ou de uma região importadora. Em geral esses organismos são exóticos ao país ou região.

Esses seres podem ser transportados de um lugar para outro com ajuda do homem ou então por meios de transporte através de plantas, animais, sementes ou frutos infestados. As pragas quarentenárias podem ser divididas em duas categorias que são:

  • A1 – As pragas que são exóticas e não se encontram presentes no país ou região.
  • A2 – Pragas que estão presentes no país e que representam uma ameaça real para a economia, porém, que se encontram controladas.

Algumas Pragas Quarentenárias

Dentre as pragas da fruticultura que são consideradas como quarentenárias estão moscas-das-frutas como Anastrepha suspensa (mosca-das-frutas do Caribe), D. tryoni (mosca-de-queensland), Anastrepha ludens (moca-das-frutas mexicana), Bactrocera carambolae (moca-da-carambola), Ceratitis rosa (mosca-das-frutas-de-natal) entre outras.

A mosca-negra-dos-citros (Aleurocanthus woglumi) assim como cochonilha rosada (Maconellicoccus hirsutus) e o gorgulho da manga (Sternochetus mangiferae) também podem ser mencionados como pragas quarentenárias. A inserção dessas pragas que fazem parte do grupo A1 (ausentes) pode ser desastroso para a economia agrícola, porém, alguns cuidados podem ser cuidados.

Prevenção

Nesse caso o melhor a fazer é sempre ter cuidados preventivos, ou seja, evitar que essas pragas quarentenárias entrem no país. A região do Vale do São Francisco é uma das que mais tem cuidados em relação a evitar que essas pragas cheguem ao país. Também se tem algumas medidas de cuidados para evitar a entrada de pragas que fazem parte do grupo A2 (existentes, mas sob controle) tanto na região do Vale do São Francisco como em alguns estados do país que tem o registro da sua existência.

Lista de Pragas

Para que o controle possa ser feito de maneira eficiente em todo o país o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) atualiza constantemente a lista de pragas quarentenárias através de publicação no Diário Oficial da União. É usando essa lista de base que são utilizadas medidas de controle de plantas bem como dos seus produtos como frutos e raízes.

Com isso se evita que as pragas cheguem ao país ou se estiverem no grupo A2 podem ser controladas. O grande objetivo é evitar a proliferação dessas pragas que podem afetar tão negativamente a economia do país. Assim como os grupos de pragas a lista do Mapa é dividida em duas partes.

Uma delas lista as pragas que são exóticas e não estão presentes (A1)  e as pragas que estão presentes no país ou região, mas sob controle (A2). Com essa lista é possível fazer um controle mais assertivo de mercadorias que entram e saem do país pelas suas fronteiras, portos e aeroportos.

Regra

As normais internacionais dizem que um país pode impedir uma mercadoria de entrar em seu território se ela estiver infestada pela praga quarentenária. Cada caso é um caso, mas existe a possibilidade de impedir que a mercadoria seja comercializada no país.

Controle – Mudando de Lista

Sempre que a lista do Mapa é atualizada algumas pragas saem ou entram na lista de quarentenárias ausentes. Um exemplo recente disso é o do ácaro Raoiella assim como a praga Maconellicoccus hirsutus (cochonilha-rosada) além da lagarta Helicoverpa armigera que do grupo A1 passaram a fazer parte do grupo A2.

A identificação da lagarta foi feita no oeste do estado da Bahia, local em que chegou a causar um prejuízo de mais de R$ 2 bilhões. O problema foi ainda maior porque a praga se espalhou pelo país e o governo chegou a declarar estado de emergência em pelo menos 6 estados.

A partir do momento que uma praga é identificada numa região do país sai da lista das pragas quarentenárias ausentes para a lista das pragas presentes. Com essas informações é possível estabelecer o transporte regular de vegetais e seus produtos de um estado para outro. Utilizando essa base de dados Departamento de Sanidade Vegetal, do Mapa estabelece o controle, erradicação e monitoramento das plantas bem como dos seus produtos.

Pragas Que Destroem Plantas

Além das pragas quarentenárias é importante se preocupar com as pragas que estão instaladas e fora de controle. Conheça algumas dessas pragas que são responsáveis por destruir as plantações.

Helicoverpa armigera

A Helicoverpa armigera é uma espécie de lagarta que foi identificada no país no começo de 2014 e que acabou se espalhando por vários estados. Dentre as plantas preferidas dessa devoradora está o botão de algodão. Essa praga pode afetar bastante negativamente as lavouras.

Euschistus heros

O Euschistus heros é um percevejo-marrom que é conhecido dos agricultores por atacar as vagens de soja na região norte do estado do Paraná até chegar a região central do país. Um dos problemas de identificar essa praga é o fato de que ele pode ficar escondido por cinco meses sem se alimentar sob as folhas mortas somente esperando pela próxima colheita.

Pseudoplusia includens

Conhecida como falsa-medideira a lagarta cujo nome científico é Pseudoplusia includens ataca em especial a soja. Uma espécie que se alimenta principalmente das plantas na sua época reprodutiva e que consegue desenvolver bastante resistência a agrotóxicos.

Rhynchophorus palmarum

O Rhynchophorus palmarum é conhecido popularmente como bicudo ou broca-do-olho-do-coqueiro. Pode chegar a medir 6 cm e tem como principal foco de ataque os coqueiros e palmeiras. O que atrai essa praga é o cheiro de fermentação das plantas quando elas estão doentes ou feridas, ele aproveita para botar os seus ovos.

As larvas do bicudo então passam a se alimentar das partes suculentas das plantas e assim escavam as galerias do caule e acabam por devorar o palmito que se encontra na parte de mais central do tronco. Uma das principais formas de controlar os bicudos é usar iscas vegetais contaminadas por fungos. As iscas são embebidas em hormônios que chamam esses insetos e quando eles ingerem os fungos acabam ficando doentes e vão transmitindo o fungo entre eles.

Larvas de Besouro

Também conhecidas como corós essas larvas se alimentam das sementes e raízes de plantas como o milho e o trigo bem como outras partes dos vegetais causando grande prejuízo. A melhor forma de combater esse inseto é através do uso de inseticidas na semente das plantas.

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Categoria(s) do artigo:
Natureza

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