Fossas Oceânicas ou Abissais

O oceano pode ser considerado um outro sistema dentro do planeta terra, com sua conformação, relevo, forma de vida e espécies totalmente distintas e muitas ainda desconhecidas. O homem cada dia faz novas pesquisas e novas descobertas a respeito do incrível mundo oceânico, mas ainda há muito a ser descoberto. Há poucas décadas ele é capaz de chegar, através de sondas especiais as chamadas fossas oceânicas, ou ainda abissais, onde existem formas de vida e espécies animais ainda desconhecidos, outros recém-descobertos que são muito interessantes. Neste artigo vamos saber um pouco mais sobre os abissais ou fossas oceânicas, suas formações e sobre as espécies de vida encontrada nessas profundezas do oceano.

O que são Fossas Oceânicas ou Abissais

São denominadas fossas oceânicas ou ainda de abissais aquelas regiões dos oceanos de maior profundidade. São regiões onde a luz do sol não chega, ou seja, há a ausência absoluta de luz, e uma pressão atmosférica muito elevada, sendo impossível para o homem chegar até lá, mesmo usando batiscafo, sendo também impossível a permanência inclusive da grande maioria dos animais marinhos conhecidos. Enfim, as fossas oceânicas são chamadas de zonas “negras” pela ausência de luz, a vegetação é quase inexistente, as temperaturas são muito baixas e as formas de vida que existem nessas regiões são exclusivas e adaptadas a essas condições, tendo muitas vezes formas bizarras.

Formação das Fossas Oceânicas e Profundidade

As fossas oceânicas se formaram a milhões de anos pelo movimento das placas tectônicas, que ao se chocarem parte de uma placa entrou embaixo de outra, formando regiões longínquas e estreitas de maior profundidade, no limites entre algumas placas tectônicas. A fossa das Marianas no oceano Pacífico tem 11,5 mil metros de profundidade, e é o mais profundo abissal conhecido.
Depois a fossa de Porto Rico no Oceano Atlântico com profundidade de 8,6 mil metros; a Fossa Java no Oceano Indico com profundidade de 7,7 mil metros; a fossa Sandwich do Sul no Oceano Antártico com profundidade de 7, 2 mil metros; e a fossa Litke Deep localizada no Oceano Ártico com profundidade de 5,4 mil metros. Estas são as fossas oceânicas mais profundas, mas ao todo existem cerca de 20 abissais em todo o planeta.

Profundidade

Formas de Vida nas Fossas Oceânicas ou Abissais

Em virtude da grande profundidade as fossas oceânicas possuem características muito especificas, como ausência total de luz, alta pressão atmosférica, inexistência quase completa de vegetais e baixas temperaturas, que limitam as formas de vida, mas não eliminam.
Essas regiões são habitadas por animais chamados de abissais e bactérias heterotróficas. Os animais são na sua maioria necrófagos, pois se alimentam dos restos de outros seres vivos que se depositam no fundo do oceano ou se comem uns aos outros. No mais profundo oceano vivem esponjas marinhas, anêmonas além de uma diversidade de peixes cegos, sendo que alguns possuem filamentos fluorescentes. São espécies na sua maioria com aparência muito estranhas, alguns até assustadores, como o tubarão fantasma, o peixe víbora ou o peixe pelicano.
O homem conhece ainda muito pouco dessas regiões porque somente há poucas décadas conseguiu construir sondas capazes de suportar a pressão atmosférica dessas regiões, portanto a vida nas regiões abissais ainda guarda muitos segredos para o ser humano.

Espécie Estranha

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Categoria(s) do artigo:
Natureza

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Comentários

  • Mais uma vez chego a uma sala desta imensa universidade chamada Internet e a encontro vazia. Imagens deslumbrantes, nunca vistas. Inquietantes, amedrontadoras, instigantes…Tudo que imagino ao gosto das pessoas jovens. E cadê essa turma? Temos o Universo ao alcance dos dedos e parecem desinteressados! Faço uma analogia com o assunto em epígrafe: são regiões escuras, povoada apenas por alguns monstros, longe do sol e das praias, onde as multidões se aglomeram…Realmente, acabo por compreender o profundo silêncio deste abismo. São poucos – ou nenhum? – que por aqui se aventuram.

    Dario Antonio Rodrigues Coelho Neto 12 de maio de 2012 19:56

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