Regata Ecológica: Limpeza da Baía de Guanabara

Todos os dias acompanhamos através dos noticiários da TV ou pela internet como os mares e tios estão sendo constantemente poluídos pelo lixo que os homens jogam nas águas. Uma forma de tentar ajudar o meio ambiente é através da Regata Ecológica promovida pela Marinha na Baía de Guanabara.

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O evento que já é tradicional ao mesmo tempo que nos faz perceber como todos podem contribuir para a recuperação e limpeza das águas também nos deixa alarmados pelo fato de perceber o quanto de lixo está presente nessas águas. Muito mais do que organizar eventos para limpar os rios é importante que as pessoas deixem de depositar lixo nesses rios.

A Regata Ecológica de 2013

Regata Ecológica

Regata Ecológica

No dia 22 de maio de 2013 às 13h30, 20 embarcações da Marinha participaram da 14ª Regata Ecológica da Escola Naval. Basicamente se trata de uma gincana que reúne aspirantes da Marinha e estudantes de universidades como a UFF, Uerj, UFRJ, Gama Filho, Veiga de Almeida e Faculdades Integradas Maria Thereza, todos os cursos com foco no meio ambiente, estudos do mar e biologia.

A equipe vencedora da competição é aquela que consegue recolher a maior quantidade de lixo da Baía de Guanabara. Em média nesse evento é feito o recolhimento de meia tonelada de detritos. Além disso, há ainda o prêmio especial para a equipe que encontrar o lixo mais exótico. Em algumas edições já foram encontrados dentre esses lixos exóticos sofás, banco de carro e até cabeceira de cama.

Objetivos da Regata Ecológica

Objetivos da Regata Ecológica

Objetivos da Regata Ecológica

O evento conhecido como Regata Ecológica foi criado em 1998 pela Marinha do Brasil com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de uma consciência ecológica dos futuros oficiais da Marinha.

No começo a competição era interna as seis companhias em que os aspirantes são divididos nos quatro anos escolares que compõem o Corpo de Aspirantes da Escola Naval. Porém, com o passar do tempo e com a observação da quantidade de lixo que estava presente na Baía de Guanabara percebeu-se que era importante contar com o engajamento de outros setores da sociedade.

Sendo assim começou a parceria com universidades e projetos ecológicos do Rio de Janeiro. No ano de 2013 o convite de participação foi estendido aos integrantes de iate clubes do entorno da Baía de Guanabara. Dentre os detritos mais comuns que foram avistados nas águas da Baía destacam-se as garrafas PET, pneus e sacolas plásticas.

A Regata Ecológica na Prática

Na edição de 2013 foram recolhidos cerca de 220 kg de lixo das águas da Baía de Guanabara dentre os quais se encontravam bolsas, sapatos, bonecas, brinquedos, pedaços de isopor, madeira, partes de computadores, garrafas de plástico entre outros inúmeros detritos.

Ao todo 250 pessoas participaram da competição que contou com 20 embarcações incluindo alunos da Escola Naval e cinco universidades. Além de recolher esses detritos da água a Regata Ecológica tem como objetivo ajudar a levar o conhecimento ecológico para os alunos e para a população que vive no entorno da região.

Além de recolher o lixo é essencial conscientizar as pessoas que de que não devem jogá-lo na Baía de Guanabara. A regata surgiu com o objetivo de preservar o meio ambiente e tem feito através de ações práticas e educacionais. Infelizmente ao longo das 14 edições realizadas é possível observar que com a maior população que reside na região também aumentou a quantidade de lixo.

Dessa forma se mostra ainda mais eminente trabalhar na conscientização das populações que moram às margens de rios e riachos que não devem jogar lixo no espelho d’água principalmente num momento em que o Rio de Janeiro espera pelos Jogos Olímpicos de 2016 que terão regatas importantes realizadas na Baía de Guanabara.

Denúncias de Crimes Ecológicos

Também participam dessa regata ecológica entidades de defesa do meio ambiente com o objetivo de denunciar possíveis crimes ecológicos. Vale destacar que a principal fonte de poluição da Baía de Guanabara é o esgoto doméstico que afeta principalmente a parte mais funda da Baía, ou seja, a mais interna.

Para se ter uma ideia a parte interna da Baía de Guanabara está tão assoreada que já se torna possível caminhar com a água pelas canelas. Mesmo com toda essa poluição ainda é possível identificar a presença de animais silvestres como jacaré, lontra, boto e capivara nessa região.

Alguns peixes maiores como o melro e o robalo são mais difíceis de encontrar nessa região e a garoupa está subsistindo principalmente próxima às pedras. Dentre os projetos que são desenvolvidos pela Guardiões do Mar se destaca o Uçá que tem como principal objetivo preservar o caranguejo que dá nome ao projeto.

O caranguejo Uçá era abundante na Baía de Guanabara, porém, atualmente só é encontrado em poucas áreas de preservação como a Área de Proteção Ambiental de Guapi-Mirim.. Essa baía recebe 35 rios e esses banhos 16 municípios localizados no entorno da Baía, uma região em que vivem 11 milhões de pessoas.

A História da Baía de Guanabara

A Baía de Guanabara era habitada pelos índios Termiminós e foi descoberta pela expedição portuguesa de 1501 que tem o comando atribuído a Gaspar de Lemos no dia 1° de janeiro de 1502. Uma curiosidade é que os portugueses confundiram a baía com a foz de um grande rio que chamaram de Rio de Janeiro, pelo fato de ter sido descoberto em janeiro.

Porém, os índios que habitavam a região já tinham dominado o local como Iguaá-Mbara (iguaá = enseada do rio, e mbará = mar), ou então guana (“seio”) bara (“mar”) que pode ser identificado como “mar do seio” fazendo uma referência ao seu formato arredondado e também a fartura que a pesca proporcionava.

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Havia ainda outro nome indígena kûárana pará (“mar do que se assemelha a enseada”) uma referência ao fato de que a baía possuía uma entrada não tão estreita como tem hoje, pois o conjunto de morros Pão de Açúcar, Urca e Cara de Cão formavam uma ilha conhecida como Ilha da Trindade e não uma península como nos dias de hoje, devido um aterramento realizado no século XVI.

A Baía de Guanabara é um dos pontos turísticos da cidade maravilhosa que chama atenção desde sempre e que precisa de mais atenção quanto a sua conservação.

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Categoria(s) do artigo:
Gestão Ambiental

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