Queda No Desmatamento na Amazônia

O ano de 2013 foi para se comemorar, mas não com uma grande festa, uma vez que os resultados são significantes, mas não são ainda suficientes. Estamos nos referindo ao ano em que a Amazônia registrou o menor índice da taxa de desmatamento. Os dados relativos a pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais são referentes aos meses entre agosto de 2011 e julho 2012.

Segundo a pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais a queda no período citado anteriormente no que diz respeito ao desmatamento na Amazônia foi de 27%, mais baixa quando comparada ao período da pesquisa anterior.

E para reforçar e dar continuidade a esse controle do desmatamento na Amazônia, em 2012, o governo ainda anunciou e realizou no ano seguinte, a compra de mais equipamentos eletrônicos para ajudar na luta contra o desmatamento. Essas máquinas ajudam as equipes que ficam responsáveis pela fiscalização, uma vez que a área é muito grande e complicada de controlar, com elas, faz uma grande diferença.

Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites

Existe um projeto de monitoramento da floresta amazônica que é feito com a ajuda de satélites. Como foi dito anteriormente, os fiscais precisam de todo ajuda da tecnologia para seguir monitorando uma área tão extensa e difícil de ser controlada.

Segundo os dados desse monitoramento feito através de satélites a área de desflorestamento no período de 2011 a 2012 foi de 4.656 quilômetros quadrados, no ano anterior a está última verificação a área era de 6.418 quilômetros quadrados.

Esse monitoramento com a ajuda de satélites começou a ser feito na floresta Amazônica no ano de 1998 pelo INPE. A pesquisa considera uma área desmatada quando não existe mais nada da cobertura florestal, isto é, quando em determinado espaço houve total remoção da vegetação a corte raso. Vale ressaltar que a margem de erro é de 10% e que os últimos dados foram divulgados no meio do ano de 2013.

Uma Grande Diferença com os Resultados de 2004

Se compararmos os últimos dados divulgados pelo INPE com aqueles de 2004, vamos ver que a queda no desmatamento é ainda bem mais significativa. Esse ano deve ser levado em consideração, 2004, porque foi a partir desse momento que deu-se início ao Plano de Prevenção e Controle de Desmatamento da Amazônia. Considerando esse período, a queda de desmatamento na Amazônia chegou a 83%.

A pesquisa é feita considerando cada um dos estados que estão dentro do projeto Amazônia Legal. Vale ressaltar, que considerando cada um deles, em Tocantins não teve queda e sim, crescimento de 33%, no Acre 10% e no Amazonas, 29%.

O Desafio de Controlar o Desmatamento na Floresta Amazônica

Segundo o governo a queda no desmatamento na Amazônia tem razões bem fáceis de serem explicadas. A principal delas foi a implantação do Plano de Prevenção e Controle de Desmatamento da Amazônia. E foi graças a esse projeto que foi possível chegar a dados tão significativos e positivos.

A principal aliada ao combate ao desmatamento é sem dúvida a modernização das tecnologias, e não só, também conta as mudanças de estratégias que foram tomadas. Segundo o governo, é bom sim, comemorar a vitória da diminuição do desmatamento, mas na prática, significa que o trabalho redobra para seguir fiscalizando.

Devido a queda no desmatamento na Amazônia se observa também que a mitigação das mudanças climáticas avançam. Segundo pesquisa realizada pelo Prodes, levando em consideração o que o Brasil prometeu atingir de desmatamento até o ano de 2020, esse número já atingiu quase 80%. O que significa que estamos em 2014 e até 2020, para manter o compromisso nacional de redução de percentual de 36,1% a 38,9% de emissão de gases, o desmatamento não poderá superar esses 20% que faltam. Esse acordo e esses dados são baseadas na Política Nacional Sobre Mudança do Clima.

Inovação Para Combater o Desmatamento na Amazônia

Como já foi dito anteriormente, o Governo acredita que somente com tecnologia moderna é que será possível atingir a meta da Política Nacional Sobre Mudança do Clima e por isso, os ministérios da Tecnologia e Inovação e do Meio Ambiente estão trabalhando juntos. Eles estão trabalhando em um projeto para desenvolver um equipamento que ajudará a melhorar a fiscalização na Amazônia.

Os fiscais que fazem o controle contarão com meios eletrônicos para demarcar e coordenar exatamente as áreas onde for observado qualquer tipo de irregularidade. Com isso o auto de infração chegará bem mais rápido ao proprietário daquela área. Em 2013, o equipamento passou por fase de teste e agora está em funcionamento.

O projeto para acompanhar e tornar mais eficiente a fiscalização da Amazônia custou aos cofres públicos exatos 15 milhões de reais. Porém, segundo o Governo, uma das principais vantagens de usar esse tipo de equipamento é o fato de que com ele ficará bem mais complicado um proprietário questionar e conseguir anular multas que lhe foram aplicadas. A explicação é que com esse aparelho  é praticamente impossível que aconteçam erros de coordenadas e mais ainda, que o fiscal acabe sendo corrompido pelo proprietário quando este está sendo multado. É  um modo de com a tecnologia dar mais transparência e eficiência ao trabalho de combate ao desmatamento na Amazônia.

Porém, o governo ressalto que o principal objetivo é acabar com o desmatamento através de práticas e educação e não ter que ficar buscando dar multas e mais multas, porque significa que uma área foi “exterminada”.

Os Efeitos Diretos e Indiretos do Desmatamento

O desmatamento provoca uma série de impactos, que no final, acabam interagindo entre si e o pior, reforçando o efeito negativo. Vale ressaltar que é muito comum que ao falar de florestas pensemos imediatamente em várias árvores, mas que ela é um ecossistema completo, e nele estão várias espécies.

Então, quando se desmata, isto é, retira toda a cobertura vegetal de uma parte se vê diminuir também a biodiversidade, que estava bem naquele lugar desmatado. E não se iluda achando que quando o desmatamento não é por completo o efeito negativo é inexistente. Ele pode ser em menor proporção, mas assim mesmo é significativo para a biodiversidade.

Em consequência, vão-se as plantas e alguns animais também sofrem porque perdem, muitas vezes, a sua fonte de alimentação ou o refúgio natural.

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Categoria(s) do artigo:
Ecologia

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