As Árvores Que Crescem Mais Rápido

Pau de Barsa

Os reflorestamentos muitas vezes não são bem vistos pela demora do retorno do dinheiro investido, por este motivo, muitos produtores não veem vantagem neste tipo de empreendimento. Porém, os avanços da silvicultura através da descoberta de novas tecnologias podem reverter esse quadro do reflorestamento no Brasil. A melhoria da produtividade pode tornar esta atividade cada vez mais rentável e lucrativa, principalmente pela silvicultura de espécies nativas de rápido crescimento.

Árvore Pau de Barsa

Árvore Pau de Barsa

Um exemplo que merece destaque é o pau de balsa (Ochroma Pyramidale) uma árvore com ocorrência natural desde o sul do México até a Bolívia e na Amazônia brasileira e que cresce em altitudes que variam de 0 até 1000m. É uma das árvores com o ciclo de corte mais rápido, em torno de cinco a sete anos, sendo uma das conhecidas com maior incremento anual no mundo.

O seu valor comercial possui ótimas cotações podendo chegar a $ 500,00 dólares o metro cúbico, porém, devido ás características tecnológicas como a baixa densidade e consequente leveza, é muito utilizada para fabricação de aeromodelos e pranchas de surf, e neste caso, aproximadamente em apenas um ano e meio o seu valor atinge 1500,00 dólares.

Características Silviculturais:

Depois de plantada a muda, em alguns meses atinge 2,4 m de altura, em 2 anos mais de 6m, aos 3 anos nossas arvores iniciais chegarão a 45cm de DAP em 5 anos já esta com cerca de 20m de altura e mais de 50cm de diâmetro, e quando atingem a maturidade podem medir 30m de altura e mais de 70cm de diâmetro. A maturidade é atingida por cerca dos 7 anos de idade.

Pau de Barsa

Pau de Barsa

 

A produção, já no terceiro ano, pode chegar a 100m³/há e em alguns lugares podendo chegar ate 150m³/ha. Já no quinto ano estima-se que pode passar dos 220m³/ha. Em reflorestamentos homogêneos possui um alto índice de sobrevivência, com fustes retos e sem galhos podendo chegar ate 96%.

Os reflorestamentos com esta espécie ainda estão em fases iniciais, porém o atrativo do seu rápido crescimento pode despertar o interesse dos produtores em cultivar esta maravilhosa árvore. Em virtude das características silviculturais dessa espécie, o Brasil pode se tornar um celeiro de exportação desta madeira, pois os retornos são excelentes e superam a atratividade de essências florestais exóticas reflorestadas no momento.

Ficus Benjamina

O ficus é uma árvore muito popular, utilizada principalmente na decoração de ambientes internos. Com caule acinzentado, raízes aéreas e ramos pêndulos, ela tem crescimento rápido e, em condições naturais, chega a 30 metros de altura. Suas folhas são pequenas, brilhantes e perenes, de coloração verde ou variegada de branco ou amarelo. Elas têm formato elíptico com a ponta acuminada e apresentam leves ondulações nas bordas. As flores discretas e brancas não têm valor ornamental. Os frutos pequenos e vermelhos são decorativos e atraem passarinhos. Suas raízes agressivas e superficiais chamam a atenção, e não raramente racham vasos e pavimentos.

O ficus é uma árvore belíssima, largamente utilizada no paisagismo. Recomenda-se o plantio isolado desta figueira em jardins extensos e fazendas, onde o aspecto escultural do caule tem destaque especial. Plantada em vasos, também pode ser conduzida como arvoreta ou arbusto. Seu caule flexível permite que se realize trançamentos quando jovem, o que lhe dá um charme todo especial. Além disso, é muito visada em trabalhos topiários, adquirindo belas formas arredondadas e compactas. Suas características a tornam bastante apropriada também para a arte do bonsai.

Bambu

Falando em crescimento acelerado, o bambu é o campeão. O recorde pertence a uma espécie gigantesca, a Phyllostachys edulis. No Japão, em 1956, cientistas atestaram que essa planta pode crescer até 1,21 metro em um único dia. Outra espécie, o Bambusa arundinacea, aumentou 91,3 cm em apenas 24 horas”, afirma o agrônomo Anísio Azzini, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). O segredo é que o bambu, ao contrário da maioria dos vegetais, não cresce apenas nas pontas.

Ele estica também entre um gomo e outro. Existe uma razão especial para isso: toda planta possui na ponta do caule um tecido responsável por seu crescimento, chamado meristema apical. O bambu leva vantagem porque além desse tecido, ele possui outro, o meristema intercalar, que produz novas células para o aumento dos gomos. “Por isso, a distância entre eles vai aumentando até ficarem maduros”, diz o agrônomo Lázaro Peres, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP.

Vegetais que não têm meristema intercalar também esticam entre os gomos – só que muito mais devagar, porque apenas as células antigas crescem. Há milênios, esse material dá forma a casas tradicionais em países como o Japão e a China. Nos últimos anos, pesquisas na construção civil avalizaram sua resistência e durabilidade. Arquitetos do mundo todo redescobriram o bambu e passaram a usá-lo em modernas obras públicas. A necessidade de repensar o consumo de materiais na construção para torná-la mais sustentável do ponto de vista ambiental atrai olhares para a exploração de novas alternativas. E o caso do bambu, visto como a promessa para este século.

Cedro

O cedro é uma espécie que se comporta como secundária inicial ou secundária tardia. Ocorre tanto na floresta primária, principalmente nas bordas da mata ou clareiras, como na floresta secundária, porém nunca em formações puras, possivelmente pelos ataques severos da broca do cedro e pela necessidade de luz para desenvolver-se, dependendo, portanto, da formação de clareiras.

As principais regiões fitoecológicas de ocorrência são Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica e Floresta Amazônica), Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária), Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Estacional Decidual. Entretanto, também ocorre, de modo mais restrito, nos encraves de vegetação no Nordeste brasileiro (Ferreira & Batista, 1990), nos campos da Serra da Mantiqueira, no Cerradão (Nave et al., 1997) e nas matas de galerias – em ambientes mais secos – nessas fitofisionomias do bioma Cerrado. Cedrela fissilis é uma espécie florestal heliófila na fase adulta, medianamente tolerante a tolerante às baixas temperaturas, sendo que árvores adultas em florestas naturais toleram até – 10,4°C.

O hábito dessa espécie é muito variável devido ao ataque da broca do cedro, mas, quando não atacado, apresenta ramificação leve e fuste reto. Como a desrama natural é ineficiente, necessita de podas de galhos e de condução frequentes e periódicas e, quando se tratar de indivíduos atacados pela broca do cedro, deve-se proceder com podas corretivas anuais durante os três primeiros. O plantio puro a pleno sol, como exposto anteriormente, é impraticável devido os ataques da broca do cedro. A isso soma-se que as maiores produtividades são verificadas em condições mais sombreadas. Assim, são mais vantajosos os plantios mistos, porém evitando-se ultrapassar a densidade de 100 indivíduos por hectare.

Em cultivos consorciados, o plantio pode ser feito em linhas e, em vegetação matricial arbórea, o plantio pode ser feito em faixas abertas nas capoeiras. O cedro é uma espécie de crescimento relativamente rápido, podendo se comportar como espécie secundária inicial ou tardia e regenerando-se preferencialmente, em clareiras ou bordas de mata, conforme anteriormente destacado.

Os plantios puros de cedro, entretanto, são praticamente inviáveis devido ao ataque da broca do cedro, que torna o crescimento da espécie extremamente variável e, na maioria das vezes, o incremento médio anual é tão baixo (inferior a 4 m³/ha/ano) que inviabiliza o plantio comercial.

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Categoria(s) do artigo:
Flora

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Comentários

  • como faço para conseguir mudas desse bambu original do japao phyllostachys edulis qual o minimo que voces vendem. grato se for atendido

    hilario romao stein 11 de novembro de 2013 22:53
  • quero receber inf: sobre esssas mudas de maior crecimento pois penso em uma silvicultura o meu muito obrigado

    nivaldo francisco dos santos 15 de dezembro de 2013 9:26
  • Boa tarde! O pau de barsa é aconselhável para se formar um bosque? ou qual seria ideal?

    Roberto 22 de fevereiro de 2019 19:48

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