Coexistência de Espécies de Animais

As relações naturais deve sempre ser um assunto discutido quando falamos em ecossistema ou diversos tipos de seres que ocupam o mesmo espaço. Então nada melhor do que entender de fato o que significa coexistir na natureza, o que é relacionado quando falamos em coexistência entre as espécies. Saber a relação que existe na natureza e a importância que ela ocupa no processo de sobrevivência de cada espécie é muito importante para evitar que exista um desequilíbrio ambiental mais grave.

Esse assunto não é discutido somente nesses últimos tempos, onde a preocupação com o nosso meio tem aumentado cada vez mais. A relação de coexistência entre espécies já vem sendo discutida à algumas dezenas de anos e diversos estudos já foram feitos sobre o assunto. Para ajudar você nesse entendimento, selecionamos alguns fatores que são de extrema importância nesse conceito e vamos explicar como eles ocorrem.

Definição Gramatical de Coexistência

Quando falamos em coexistir, você sabe de fato o que essa palavra significa? Bem, “coexistência” é uma palavra formada pela junção de um prefixo, no caso o “CO” com a palavra “EXISTÊNCIA”.  A palavra “existência” significa ser algo materialmente, filosoficamente ou mentalmente, é algo real mesmo que não seja palpável. Já o prefixo “co” tem origem latina e implica “companhia”, “contiguidade”.

Chegamos a conclusão então que coexistência significa basicamente “existir em companhia de”. Se consultarmos o dicionário, vamos encontrar o seguinte significado para coexistência.

“s.f. Característica, propriedade ou condição de coexistente; que existe de maneira simultânea. Que convive harmoniosamente ou de maneira pacifica.” (Priberam da Língua Portuguesa)

Porque Entender Sobre a Coexistência de Espécies

Claro que o fator “Ecossistema” conta muito, mas entender sobre como funciona a coexistência de espécies em um determinado meio vai fazer com que você passe a entender melhor a relação que existe entre alguns animais e principalmente, o motivo de outras espécies não conseguirem manter uma relação mais “amigável”, existindo sempre uma briga por espaço e alimento.

Se pararmos para observar a natureza, vamos ver que alguns fatores são determinantes para que seres vivos coexistam entre si. Como a natureza está em constante mudança, essas classes também vão mudando e fazer um acompanhamento faz com que seja evitado um desequilíbrio ambiental.

Biodiversidade Afetada

Um dos maiores problemas ao se falar em coexistência de espécies hoje em dia, está relacionado à biodiversidade que tem sido prejudicada devido a coexistência exagerada de espécies em um mesmo meio. Isso já havia sido discutido anteriormente com a “Teoria das Espécies” de Darwin e a “Teoria dos Nichos”, da ecologia. Segundo essas duas teorias, sempre existirá um princípio de seleção natural em um meio, ou seja, sempre existirá um nível da cadeia alimentar o que nos leva a entender que em um nicho ecológico sempre existirá a presa e o predador.

Com isso, podemos concluir que duas espécies com o mesmo nicho não podem coexistir no mesmo meio porque isso vai acabar causando um desequilíbrio ambiental quanto à busca de alimento. Tendo duas espécies de características alimentares iguais faz com que elas briguem por espaço e dessa forma a teoria da coexistência deixa de existir. Essa é a preocupação dos ambientalistas já que é exatamente o que vem acontecendo na natureza.

Princípio da Exclusão Competitiva

Não tem como discutir sobre coexistência entre as espécies e não citar esse princípio. Ele também é conhecido como Princípio de Gause, pois foi através de experimentos feitos por este que conclusões de fato foram formadas. Então vamos entender o que é exatamente esse princípio e como ele aconteceu.

O Princípio da Exclusão Competitiva diz que duas espécies com as mesmas características biológicas e que competem pelos mesmos recursos não conseguem coexistir de um modo amigável e estável em um mesmo meio, principalmente com fatores ecológicos constantes. Caso isso venha acontecer, sempre uma das duas espécies irá se sobrepor à outra podendo existir um desvio comportamental, troca de nicho ecológico, mudanças na evolução ou até mesmo a extinção da espécie mais fraca.

As competições sempre ocorrem por alimento, fêmeas, território de sobrevivência, entre outros tipos de nichos. O desequilíbrio acontecendo justamente devido as disputas pelas fêmeas, faz com que a distribuição das espécies envolvidas seja feita de forma desigual, já que são os animais do sexo feminino que ajudam no aumento da espécie.

Em 1964 esse princípio foi contestado por MacArthur e Levins que através de um cálculo matemático comprovaram que é possível sim a existência de mais de uma espécie com as mesmas características biológicas em um meio, mas isso só seria possível se existisse um número maior de recursos nesse mesmo ambiente. Valor suficiente para que as duas espécies não precisassem disputar espaço nesse meio.

Predação

 Para que a teoria de MacArthur e Levins esteja correta, entender um pouco mais sobre predadores e saber quais os principais tipos faz muita diferença e podemos chegar a conclusão que de fato, se existir esse tipo de equilíbrio talvez o problema da biodiversidade afetada seja resolvido.

Predação é um tipo de relação ecológica que existe entre espécies onde um ser vivo utiliza outro como forma de alimento. Aos seres capturados chamamos de presas. Segundo a biologia, a maioria dos predadores são animais e carnívoros, que precisam capturar bichos menores e mais fracos para se alimentarem. Podemos ter como dois grandes exemplos o tubarão e o leão. Geralmente os predadores se alimentam de espécies de animais diferentes da sua, mas pode ocorrer aquele que come também a carne de seus semelhantes e nesse caso, conhecemos esse processo como canibalismo.

Na natureza vamos encontrar alguns tipos de predadores diferentes, são eles:

  • Predadores Monófagos – são os predadores que consomem apenas um tipo de presa.
  • Predadores Oligófagos – são os predadores que consomem poucos tipos de presas.
  • Predadores Polífagos – são os predadores que consomem diversos tipos de presas.

Partindo então dessas três teorias, vamos concluir que o princípio defendido por MacArthur e Levins pode ocorrer dependendo do tipo de predadores que ocupam o mesmo ambiente. Predadores monófagos com tipos de presas diferentes, por exemplo, conseguem conviver no mesmo meio sem que se tornem ameaça existencial entre eles.

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Categoria(s) do artigo:
Fauna

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