O Desafio da Produção e do Consumo Sustentável

Segundo dados que foram divulgados pela ONU, Organização das Nações Unidas, no ano de 2006, considerando a população mundial e que 50% dela está vivendo em cidades, o Planeta Terra é urbano. A maioria das pessoas vive com hábitos e estilo urbano.

Um pesquisa mais recente feita no Brasil, elevou ainda mais esse percentual de pessoas que vivem na cidade, em zonas urbanas, em território Brasileiro. Se no mundo o percentual é da metade da população, no Brasil ele sobe para 80%.

Esses pesquisas fizeram acender um alerta tanto nos estudiosos, mas em outros grupos, preocupados com o desenvolvimento sustentável, como gestores e aqueles que devem tomar decisões nas esfera públicas, ambientalistas, também na área de empresas privadas, além de formadores de opinião e cientistas do Brasil e do mundo. Esses números revelam que é necessário ter uma preocupação maior com o desenvolvimento sustentável e que não será fácil colocar as ideias em prática, sendo necessário aumentar as metas de sustentabilidade.

O Problema da Concentração Mundial nas Zonas Urbanas Se Agravará

Além de já ser um problema evidente, o fato das pessoas estarem se concentrando nas cidades, para o futuro, os estudiosos preveem um aumento desse comportamento. Sem falar que estima-se que a população total do planeta em 2030, chegará a 9 bilhões, o que significa que será necessário produzir ainda mais alimentos e os recursos naturais tendem a diminuir e muito e ainda teremos toda problemática com os bens de consumo.

Nesta questão, o que merece destaque é o chamado binômio rural urbano e o desenvolvimento da agricultura sustentável. São ideias que países produtores de alimento começam a pensar, que resultam em uma grande competitividade. Além disso, o desenvolvimento tecnológico verde será impulsionado em consequência das barreiras internacionais que são impostas no mercado.

O Aumento do Consumo Com o Passar dos Anos

Para se ter uma ideia dos problemas que serão gerados para se conseguir desenvolver a produção e o consumo sustentável, entre 1980 e 2000, o que foi consumido aumentou em 10 vezes, comparando com o período de 1960 a 1980. Esse aumento de consumo tão alto nos últimos 50 anos foi publicado em relatórios da ONU, entre os anos de 2008 e 2011.

O fim praticamente por completo do mundo socialista, as políticas econômicas para combater a pobreza são dois fatores da notar, que impulsionaram o consumo. Sem falar nas empresas que se espalharam por todo o mundo, como a Nestlé ou Coca-Cola e gigantes de varejo, como a rede de hipermercados Walmart.

Com todo esse aumento na cadeia global do consumo, o que vem se observando é que os governos não conseguem tomar medidas suficiente para manter a “segurança do consumo”. E ainda, acabam tendo problemas para garantir os direitos dos consumidores e se deparam com as estratégias capitalistas de comercialização, impulsionadas pelo uso do marketing. O consumo deixa de ser somente um tema da economia, como deveria ser e passa a ditar tendência de comportamento ético e de cultura.

A Agenda 21 Global

O mundo começou a falar sobre o tema, em 1992, e em 2002, o tema “consumo” foi amplamente avaliado, mas infelizmente, o argumento não avançou muito. Poucos países tiraram as ideias de fato do papel e as transformaram em ações. O Brasil, entrou no programa somente no ano de 2007 e o primeiro plano de ação saiu do papel 2 anos depois, vindo a ser publicado, ainda com um ano de atraso, em 2010.

Somente depois do Rio+20 é que o assunto entrou na pauta da prioridade do mundo todo. A conferência que o Brasil sediou em 2012, acabou mostrando que muita coisa que seria prioridade ainda não estava sendo pensada, mas serviu como um alerta mundial.

Enquanto se fala e pouco se faz, os estudos continuam apontando para o grande desafio, os indivíduos triplicaram os seus orçamento e estão cada vez mais gastando com bens de consumo. A classe média está cada vez “menos básica” e nessa “roda” de consumo sem limites, o tema de produção e sustentabilidade vai ficando deixando de lá.

Os bens que se destacam por impulsionar essa cadeia de consumo e em consequência de produção são: celulares, aparelhos de televisão estão no topo da lista, seguidos de, carros, motocicletas e bicicletas (chamados bens de mobilidade), bens de abastecimento, que são os alimentos processados, bens de entretenimento e educação, entram cursos, o principal deles, o de inglês e também pacotes de férias. E os chamados bens identitários, que são, marcas, grifes, produtos que dão “personalidade” ou diferenciam um indivíduo.

Explosão de Consumo no Brasil

O Brasil como economia emergência teve o seu momento de explosão de consumo, o mesmo aconteceu com outros países que estão no mesmo patamar, como a China. Isso aconteceu pelas políticas de inclusão social que foram se expandindo por aqui nos últimos 10 anos.

O poder de consumo do povo brasileiro, principalmente, das classes C, D e E aumentou muito. Porém, o que parece positivo tem o seu lado negativo. Os 19 milhões de brasileiros que chegaram a chamada “nova classe média” e com poder de compra maior, gerou maior consumo e maior descarte de resíduos, por exemplo. Se poupa menos energia e se gasta mais matéria-prima. Somado tudo isso, o meio ambiente sofre uma perda muito grande.

As mudanças de comportamentos e hábitos que foram geradas em uma parte da população deveria ser considerada pela classe política para gerenciar melhor a produção e o consumo sustentável. Porém, é como se a questão tivesse se tornado ainda mais complexa, na verdade se tornou.

A mudança de fato mesmo só pode ser conquistada com a ajuda dos consumidores, como medidas simples como evitar usar sacolas plásticas, consumir o necessário, consertar antes de jogar fora e comprar outra. Seria necessário, para começar, educar as pessoas a nova realidade, de que é necessário ajudar na preservação dos recursos naturais, consumindo de forma consciente, para não esgotarmos o que nos é necessário para sobreviver.

Segundo pesquisas feitas no Brasil, a população é a favor da economia de energia, de água e também apoia a reciclagem, somando 70% acima de 17 anos. Porém, pouco se vê na prática, neste sentindo.

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Categoria(s) do artigo:
Desenvolvimento Sustentável

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